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Leitores - 24 de maio 2011
domingo, 31 de julho de 2011
Os blocos da corrupção
Antonio Palocci, entre outros trocados, acumulou 7 milhões e pouco em quatro anos e comprou um apartamento e um escritório. Para mim, diante da movimentação financeira que a maioria dos políticos nos mostra sem nenhum constrangimento, isto é coisa pouca. Isto porque os políticos estão se lixando para a opinião pública. Antigamente eles pensavam na família, nos eleitores que nele votaram, enfim, ainda restava um pouco de vergonha. Hoje em dia eles formaram um bloco dentro do Congresso Nacional, que recebe apoio logístico de outro bloco que se movimenta na base do governo, e assim formaram uma fraternidade de corruptos de dar água na boca a qualquer cartel de corrupção do primeiro mundo. Diariamente o cidadão toma conhecimento pelas manchetes dos jornais e telejornais desta vitória constante da roubalheira sobre a honestidade. E o pior não é isto. O pior é que o cidadão comum constata que a impunidade impera no Brasil. Quando a Polícia investiga, descobre a roubalheira toda e um juiz manda prender, descobrimos que existe um terceiro bloco que manda soltar os acusados de colarinho branco. Nenhum dos ladrões é preso. A maioria dos políticos nem é investigado porque não interessa aos comparsas. A rodovia da corrupção deve estar sempre livre. O cidadão comum no início se revolta, mas depois de perceber que a ilegalidade nunca é punida, e só traz benefícios financeiros, começa também a engatinhar no promissor terreno da marginalidade. Nos dias de hoje a corrupção se tornou uma epidemia aqui no Brasil. E ninguém pesquisa uma vacina para acabar com essa doença.
Wilson Gordon Parker
O poder do Dinheiro
Quem não gosta de dinheiro? Mentirosos são todos aqueles que dizem que não gostam de dinheiro. Mas o fato de gostar de dinheiro não é nenhum sacrilégio, e sim os meios e as artimanhas que se usam para obtê-lo. Ai sim que mora o X da questão. Dizem que o dinheiro foi feito para todos, mas nem todos foram feitos para ter dinheiro. Meia-verdade, meia-mentira. Todos deveriam ter o suficiente para manter a si, e sua família; deveria ser um direito fundamental. Mas, neste mundo de desigualdades, é pedir e sonhar demais. Todos aqueles que têm demais, ou já nasceram com ele, herdaram, exploraram ou surrupiaram de alguém. Salvo muitíssimas raras exceções. O dinheiro enebria, envaidece, e leva muitos à excederem em luxúrias, para poderem se equipararem a outros. A maioria dos seres humanos, principalmente os de posses, não se sentem felizes pelo o fato de terem dinheiro, e sim pelo o fato dos outros não terem. Para ele poder se impor, subjugar, e se sentir superior à todos aqueles que não têm. E muitos aceitam a canga, principalmente os sem personalidade. Mas tem certas coisas que o dinheiro não compra! Saúde, amizades sinceras, dignidade, e o melhor de tudo: andar de cabeça erguida, e poder conversar olhando nos olhos das pessoas.
Luiz Carlos Quintieri
Resposta à carta do Sr. José Simões
Sou motorista e moradora de Nova Friburgo e venho aqui dizer que o Sr. deveria ficar mais tempo na cidade e ver que o esforço do Cel. Celso Novaes está sendo muito grande com tão poucas condições de trabalho...Muito esforço e nenhuma educação e respeito por parte dos motoristas... Os agentes que trabalham na Autran são poucos... Quem tem que se mexer é a Prefeitura... Não vejo interesse da parte da mesma em ajudar... Acho o Cel. Novaes muito corajoso em aceitar este cargo em que ocupa... Outros já estiveram em seu lugar, e nada, mas nada mesmo foi feito. Aqui não temos muitas opções de transporte; poucos ônibus, passagem cara... táxi nem pensar... Uma ciclovia também ajudaria... mas cadê a vontade política? Infelizmente não existe.
Abraços
Rita Rossi
Faz de contas...
Se por um lado temos uma classe política que só pensa no poder, com raríssimas exceções comprometidos com as questões coletivas, por outro lado, eles acabam sendo os bodes expiatórios de uma população que exige os direitos, mas não cumpre com os deveres. Não respeitam o trânsito, entopem os bueiros jogando lixo, pedem fichas para consulta médica com cabos eleitorais, desrespeitando quem enfrenta as filas, imploram por cestas básicas sem precisarem, constroem em áreas de riscos sem nenhum critério, etc.
Quando o governo federal nos últimos anos implantou diversos programas sociais com vistas à erradicação da pobreza, como o Bolsa Família por exemplo, a proposta não era dar o peixe, mas ensinar a pescar — não é o vemos hoje. Eu, pessoalmente, que atuo na área social, vejo que pouca coisa avançou na proposta original do governo, vejo as camadas mais pobres da sociedade reféns dos programas assistenciais do governo, pouco foi feito para ensinar a pescar, haja vista a carência de mão de obra qualificada em áreas técnicas para atender a demanda das empresas.
Na área de educação, foram criados mecanismos para inserção dos mais humildes nas universidades, no entanto, na educação básica pouco se avançou, basta ver os números que colocam o país em uma posição lastimável em relação a outros menos expressivos no cenário internacional. As CPIs na maioria das vezes não dão em nada, a corrupção continua em todas as esferas, com os corruptos ocupando cargos no primeiro escalão. Enquanto se discutia o aumento irrisório do salário mínimo, os deputados no apagar das luzes aprovaram um aumento exorbitante. As drogas invadindo todas as cidades do país e nenhuma ação concreta nas fronteiras. O SUS no papel é lindo, mas na prática vemos uma saúde mercantilista, onde a doença é a matéria-prima e o doente é o produto. O PAC está empacado. A carga tributária nem se fala. E vai por aí...
Só teremos o país que merecemos quando os governantes passarem a ter um olhar especial para educação básica em nosso país, potencializando os valores morais e de cidadania, reforçando os direitos e os deveres dos cidadãos já na educação infantil. Caso contrário, continuaremos vivendo num país de faz de contas.
Flavio Mello

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