Leitores - 23/06/2012

sexta-feira, 29 de junho de 2012
Granja do Céu: perigo iminente Sou moradora da localidade da Granja do Céu, no Cônego, atingida, em 29 de janeiro deste ano, por deslizamento de encosta, que gerou a interdição de residências e a interrupção de passagem de pedestres e veículos, por certo período. Este fato foi noticiado na edição de 02/02/12, do A Voz da Serra. A Defesa Civil, no Relatório de vistoria nº 101/12, datado de 01 de fevereiro, relatou que, após as chuvas de 29/01/12, houve a abertura de fendas de alto risco na via e fissuras com a largura de 70 cm e profundidade de 90 cm. Diz, ainda, que o tráfego de veículos leves e pesados aumenta o grau de risco, havendo a possibilidade de que haja mais rompimentos e agravamento dos riscos. Concluiu o referido laudo que a rua necessitava de melhoria na pavimentação, remoção e/ou fragmentação dos blocos que estão aumentando o risco, contenção do processo erosivo com sistemas de drenagem compatível com a direção do fluxo de águas pluviais, para a mitigação dos riscos, dependendo do período de chuvas, salientou que a movimentação de terra não era aconselhável em períodos de instabilidade do maciço. Aponta a necessidade de implantação de muro de contenção e pede a paralisação de transporte (leves e pesados), em períodos de elevado índice pluviométrico. Em 05/03/12, o A Voz da Serra noticia que os deslizamentos continuam a ocorrer, mesmo sem chuvas. A Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, tentando cumprir as recomendações da Defesa Civil, iniciou a retirada de terra no local e os trabalhos precisaram ser interrompidos porque a remoção gerava novos deslizamentos, inclusive sem chuvas! Segundo noticiado naquela edição, um geólogo esteve no local para a realização de um estudo sobre a terra e afirmou que há fendas por toda a elevação. Minha residência está situada imediatamente ao lado da área de risco e de lá pude observar cada constante movimentação de terra, os trabalhos da Prefeitura, os deslizamentos constantes, além do sofrimento dos moradores que necessitam passar pelo local para chegarem às suas residências e o faziam a pé, pois o trânsito de veículos estava interrompido. Vale narrar que, embora, até hoje, esteja afixada no local uma placa com a advertência: “Via interditada para veículos e pedestres/Perigo iminente de deslizamento!/ Defesa Civil/PMNF”, o trânsito de automóveis pequenos nunca foi interrompido, do mesmo modo que o transporte de material de construção e gás para abastecimento das residências e obras situadas acima do local de risco. Na manhã da segunda feira, dia 11/06/12, fui surpreendida com a subida de um ônibus, que desceu lotado de crianças e trabalhadores que comemoravam o fato com alarde e alegria. O transporte público de pessoas foi restaurado com veículos de grande porte—coletivos de tamanho normal e micro-ônibus. Tomada de preocupação e curiosidade, já que tinha ciência do laudo anterior, entrei em contato com o Sr. Rafael Guimarães Rodrigues, secretário especial de ação integrada do Cônego, Cascatinha e Olaria, a quem não posso deixar de enaltecer o interesse, a eficiência e a transparência em sua atuação, e fui informada da existência de um novo laudo da Defesa Civil, que em 04/06/12 afirma que o escorregamento do talude está estabilizado, recomendando a liberação da via para o tráfego de micro-ônibus somente durante o dia e não em dias de chuva, com a necessidade de raspar o leito da via para melhorar o piso e evitar o balanço do coletivo ao passar pelo trecho acidentado. Por certo que diante do que presencio diariamente e do conteúdo do laudo, fui tomada de uma característica, que tenho como qualidade pessoal, a indignação. Vejamos. A placa de advertência continua no local, não foi possível concluir as recomendações do primeiro laudo de remoção e/ou fragmentação dos blocos que estão aumentando o risco, muito menos foi implantado de muro de contenção. Desde o segundo laudo, nenhuma raspagem do leito da via para melhorar o piso e evitar o balanço do coletivo ao passar pelo trecho acidentado foi realizada. O que se vê no local é o mesmo quadro de janeiro a março de 2012, portanto, de risco e instabilidade do maciço, com pequenos deslizamentos constantes, mesmo sem chuvas. A passagem reservada para os veículos, inclusive de transporte coletivo, não garante segurança. Pelo que consta do laudo, as medidas de melhoria na pista deveriam anteceder a restauração da passagem de micro-ônibus. Não foi o que ocorreu. Devo informar que o transporte coletivo e a passagem de outros veículos não foram interrompidos, no período noturno, nem muito menos com as chuvas da noite de ontem, 20/12/2012, sendo visível o encharcamento da encosta, que está instável, situada acima de casa interditada que voltou a ser ocupada e de outras residências onde é possível verificar a realização de obras de ampliação, além da construção de novas moradias. Diante destes fatos e da sensação de insegurança, venho expressar meu receio de que interesses eleitoreiros e financeiros estejam se sobrepondo à segurança e integridade daquelas pessoas. As ações (ou omissões) não me parecem nada congruentes com as informações prestadas nos laudos. As chuvas vêm e vão. As obras necessárias para a eliminação dos riscos não foram realizadas. Não há valor maior que vidas humanas. Já perdemos muitas e não temos o direito de silenciar diante do risco de perdemos outras. Estou cansada de ver citada esta frase do ilustre Rui Barbosa, que parece ser um sentimento latente e tão atual, inscrito dentro de cada friburguense, após o ocorrido em janeiro de 2011: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. Simone Gomes de Souza Cidadã Friburguense Uma dúvida Quero deixar bem claro que não sou contra, a agricultura merece e precisa de muito investimento, afinal, é a base de sustentação, precisamos nos alimentar e bem... Mas estranho que numa cidade cujas ruas estão acabando, outras já acabaram e o poder público sempre usa o motivo de que faltam máquinas para  efetuar consertos, que a usina de asfalto, velha, obsoleta, não tenha condições de funcionar, está sempre quebrando, parece movida à manivela. Já passou da hora de investir em equipamentos novos, modernos, me parece que mantém esta estrutura para poder justificar a não realização das obras essenciais em todas as  nossas ruas, principalmente da periferia, onde o povo mais sofreu e ainda sofre com o abandono e o descaso... Mas não temos máquinas não temos asfalto... a usina quebrou, o que fazer? No entanto, vejo estacionados em frente à prefeitura e na antiga rodoviária, tratores e caminhões para uso da secretaria de agricultura, caminhões tipo baú podem ter uso mútuo, tudo bem... mas gostaria de saber de que forma este maquinário poderá ser usado na lavoura. Como o lavrador, como o agricultor poderá se beneficiar desta modernidade, destas máquinas... Deverá se cadastrar? Como ele terá que proceder para que estas máquinas trabalhem pra ele? Ou será que terá que ter um "QI" na prefeitura? Algum amigo ou político para interceder a seu favor? Sinceramente, acho que os agricultores deveriam ter outra forma de ajuda,de acordo com sua necessidade... Agora, comprar tratores específicos para a lavoura, acho precipitação, tenho medo que estas máquinas não sejam usadas de maneira correta e justa... por isso, minha contestação, que fique bem claro que não sou e jamais seria contra a modernização da agricultura... apenas questiono se serão usadas de forma racional... espero que sim... mas que o agricultor merece respeito merece, principalmente o pequeno, depois de terem passado por tudo o que passaram... só quem andou por esta cidade no pós-tragédia é que viu o estrago! Eu vi! Vi a luta e o desespero destas pessoas. Jorge Plácido Ornelas de Souza Iluminação pública É com satisfação que venho acompanhando na estrada Mury-Lumiar o trabalho que a Energisa vem fazendo de substituição dos postes antigos por novos e mais altos. Provavelmente colocarão novos cabos de energia e consequentemente teremos um melhor serviço para nossa região. Não sei se cabe à Energisa ou à PMNF, porém, gostaria que aproveitassem essa oportunidade para instalarem novos pontos de iluminação pública na RJ-142, contribuindo assim para maior segurança de pedestres e motoristas que por ali trafegam. Guilherme Zebendo Otários e ignorantes Conhecem aquele ditado que diz que “o maior erro do malandro é achar que todo mundo é otário”? Estou convencido de que nossos políticos têm a certeza de que apenas eles pensam e que todos os demais cidadãos são otários e ignorantes. Nossos vereadores invocaram o princípio da anterioridade eleitoral para adiar para 2017 a redução do número de vereadores. Entretanto, esconderam do povo outras minúcias jurídicas. Acompanho a corrente que acredita que só haveria uma guerra judicial se os partidos ou seus filiados a provocassem, já que o judiciário só se manifesta quando provocado por aquele que detenha legitimidade para tal. Muito resumidamente, para se ter tal legitimidade é necessário ser filiado a partido político para ser candidato a candidato. Logo, só teria legitimidade aquele cidadão que, filiado a algum partido político, deixasse de ser candidato a vereador em virtude da redução. Ora, se os partidos impõem alianças, votos e atitudes, o que os impede de impor aos seus filiados candidatos a candidato o dever de absterem-se de provocar o judiciário em respeito à soberana vontade do povo, verdadeiro detentor do poder. Nossos políticos se esquecem de que são meros representantes do povo. Espero que o povo se lembre disso na eleição. Eu não me esquecerei, especialmente daqueles que mudaram seus votos na última hora, depois de alardearem a todo o mundo que votariam pela redução. Claudio Fonseca Perdemos o prazo Nova Friburgo esteve tão ocupada nos dois últimos anos que perdeu o prazo; estivemos ocupados em saber quem é o Prefeito de Nova Friburgo, quantos vereadores estarão na Câmara no próximo Mandato Legislativo, onde está o dinheiro que veio para ajudar as vítimas da tragédia de 11/01/11, quantos presidentes passaram pela Fundação Municipal de Saúde, quantos Secretários estiveram à frente da Secretaria Municipal de Assistência, Desenvolvimento Social e Trabalho, vai ou não acontecer carnaval aqui, enfim, entre tantos outros assuntos perdemos o prazo de formamos e criarmos um grande movimento para mostrar que apesar de tudo Nova Friburgo pode ser autossustentável, tem todas as características para a tão falada e anunciada ao quatro cantos do mundo sustentabilidade sustentável, que pena, perdemos, a Rio+20 já terminou, agora nos resta a esperança de que na Rio C+40 possamos participar e divulgar o lado bom de Nova Friburgo. Porém nem tudo está perdido, se a população no geral não esteve presente uma parte da Sociedade Organizada de Nova Friburgo lá está é a Fundação Natureza com Laura Mury, Patrícia Blaycere e Iran Silva. Às três os nossos parabéns, temos certeza de que Nova Friburgo está bem representada. Ilma Santos Leitores On-Line: canal de diálogo Gostaria de agradecer a resposta formulada pela Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, na edição do dia 19 de junho, em que o Secretário de Meio Ambiente, Eduardo De Vries, informa os telefones da empresa responsável pela captura de animais soltos em vias públicas. Meu último comentário a respeito do assunto foi publicado no dia 13 de junho e, no dia 15 de junho, o Jornal A Voz da Serra, como sempre, fez uma excelente reportagem, com informações relevantes e necessárias, a fim de esclarecer a população sobre esse assunto que vem incomodando a todos. Parabéns, mais uma vez, ao jornal pela iniciativa. Fiquei feliz em saber que o Secretário de Meio Ambiente, diretamente envolvido no assunto, tem estado antenado com os comentários dos leitores e dando uma satisfação à sociedade. No dia 21/06/2012, por volta das 15h tentei o primeiro contato com a empresa Ricardo Almeida, que é a responsável pela captura dos animais. Por que a tentativa de contato? Porque no bairro onde moro—Cônego—encontramos cavalos soltos todos os dias, inclusive, quando saímos eu, meu esposo e meu filho, pela manhã encontramos um cavalo próximo à Via Expressa. Esse foi o motivo da tentativa de contato. Digo tentativa por que frustrei-me ao ouvir o toque do telefone por muito tempo, sem que houvesse alguém, do outro lado da linha, que o atendesse. Estou falando do 2519-4510, divulgado, tanto pelo jornal, quanto pelo Secretário de Meio Ambiente. Mais frustrada ainda fiquei ao tentar o outro número, o celular 9829-8637 que, da mesma forma, me retornou a mensagem da caixa-postal. Como foi a primeira tentativa e, como sempre digo aqui nesse espaço, sou uma pessoa otimista, tenho certeza que, em algum momento, algum funcionário da empresa Ricardo de Almeida irá me atender. Novamente reforço minha teoria de que a coluna está sendo um excelente canal de diálogo entre os leitores e os órgãos da Administração Pública. Amanda Fagundes
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