Colunas
Leitores - 23 de setembro 2011
sexta-feira, 06 de abril de 2012
Antes e depois
Na sexta-feira assisti pasmado a morte de uma araucária quando passava pela Rua Monte Alverne, esquina com Avenida D.Pedro II, no Parque Imperial. Era uma árvore magnífica, que para mim era uma referência. Uma árvore que não oferecia nenhuma ameaça,na posição em que estava sequer ameaçava cair sobre a casa, pela sua posição não oferecia perigo. Não entendo como um órgão como a Defesa Civil autoriza o corte de uma árvore saudável, linda, era uma araucária poderosa... Disseram-me, os que cometiam este delito, que o corte foi autorizado. Senti uma revolta tão grande que imediatamente me dirigi ao posto da Polícia Florestal para que fosse dado o fragrante ou a confirmação da autorização daquele corte. Não consegui, embora fosse bem atendido pelo cabo que estava no posto policial. Disse-me ele que não poderia atender-me naquele momento, porque a equipe havia saído para atender uma ocorrência. Não entendo por que uma região como a nossa não dispõe de um efetivo mais numeroso deste destacamento, que atende a oito municípios, um absurdo, uma vergonha, assim não dá!
Comentando com algumas pessoas na rua, a fim de descarregar minha indignação e minha revolta com aquele crime, alguns me disseram que depois da catástrofe de janeiro a nossa Defesa Civil está fornecendo autorizações de cortes de árvores sem que se faça uma análise, uma confirmação da real necessidade para se efetuar cortes de árvores. Não sei se esta informação procede, mas entendo que este seria o único motivo, a única razão pela qual um corte como este seria permitido... Meu Deus do céu, logo agora que nossa cidade precisa tanto de árvores, de plantas, por que se comete um crime desta envergadura? Vocês precisavam ver a arrogância da dona da casa e dos indivíduos que efetuavam o corte quando, revoltado, lhes perguntei se tinham autorização para derrubar a araucária... Quando tivemos aquela tragédia de janeiro predominava e ouvia-se o barulho dos trovões. Atualmente, nesta região do Parque Imperial, o que se ouve diariamente, a todo momento é o barulho irritante, covarde, repugnante das motosserras... É o que mais se ouve por aqui! Que tristeza, que ignorância, que burrice!
Envio as fotos desta araucária. Gostava tanto desta árvore que tenho várias fotos dela, era linda, devia ter uns 12 metros, uma copa frondosa, um caule vigoroso, era majestosa... Agora jaz na horizontal, seu tronco e galhos estão empilhados, cortados em miúdos, viraram lenha...Meu Deus, como pode o ser humano cometer tanta covardia, como falta sensibilidade e carinho nessa gente! Se realmente a Defesa Civil autorizou este corte gostaria de saber os motivos, a razão desta infeliz decisão.A VOZ DA SERRA, por favor, não deixe de publicar esta carta, este grito de alerta, para que possamos acabar com este tipo de coisa nesta cidade. Mataram uma araucária, uma araucária, não façam mais isso, por favor.
Para que tenhamos uma ideia da grandeza, da magnitude desta magnífica espécie, envio-lhes a última foto que tirei dela, depois como ela ficou, a que foi reduzida. Vejam se não é uma tristeza! Por favor, publiquem estas fotos e este texto para que todos nós tenhamos noção das barbáries que estão sendo cometidas em nossa cidade. Como se não bastasse o que as queimadas, também criminosas, estão nos causando!
Jorge Plácido Ornelas de Souza
SWIAN ZANONI
Neste momento triste de minha vida e na vida de muitos friburguenses, quero dizer a todos, eu, como um amigo muito próximo de Swian Zanoni, que acompanhei ele em muitos momentos de sua vida, tô praticamente sem acreditar ainda em tudo que aconteceu e como aconteceu! É muito triste ver um amigo próximo partir dessa maneira. Viajou praticamente o mundo todo para ter esse final em casa. É inacreditável, mas Deus sabe de todas as coisas. Tá sendo muito difícil acreditar nesta cruel realidade. A única coisa que eu fico pensando agora é na vida do seu pai, Pedro Gomes, e de sua mãe, dona Vera, que o acompanharam durante toda a sua vida. Em todas as corridas estava lá seu pai, que também era seu mecânico, e sua mãe sempre filmando suas corridas, cada ultrapassagem, cada salto. Swian sempre foi uma pessoa humilde. Por onde passava deixava um sorriso no rosto de cada um, de fãs, de amigos, de crianças etc.
Lá se foi não só um amigo, foi um irmão. Mas tenho certeza de que neste momento Swian Zanoni está em um lugar muito melhor que todos nós.
Como ele costumava dizer, valeu brabeira!
Sentiremos muito sua falta.
Dimy Cortez Lage
Bondinho de Santa Teresa
Até que enfim o MPE tomou uma atitude e vai investigar a responsabilidade do secretário Julio Lopes na tragédia anunciada nos trilhos de Santa Teresa. Porém, esta atitude é tardia se formos analisar as implicações deste senhor em vários incidentes previsíveis, nas várias modalidades de transporte de massa privatizados no Estado. Só para refrescar, as barcas S/A e os trens da Super Via já avisavam que algo de terrível estava por vir. Infelizmente desta vez tivemos vítimas fatais. Mas nos exemplos citados foram vários os fatos que demonstravam a omissão do Estado na fiscalização do contrato de concessão destes transportes. A atenção da mídia estava voltada para os trens e barcas por serem mais evidentes, devido ao número de usuários, os quais, sempre que algo de anormal acontecia, tratavam logo de denunciar na imprensa.
A pergunta que fica no ar em todos os casos é por que após vários acidentes, que evidenciavam claramente a omissão das concessionárias na manutenção dos transporte, todas tiveram seus contratos renovados?
Quem não lembra as borrachadas e chicoteadas dos seguranças nos usuários, motivo mais do que suficiente para romper o contrato? Ou faz parte do contrato bater no usuário?
Então fica claro o conluio entre Estado e empresas.
Alexandre Andrade
Enfermagem no CTI
A matéria exibida no domingo (18/9), durante o programa Fantástico, que retratou erros cometidos por profissionais de enfermagem, não deveria ser interpretada como um ataque à profissão, mas sim, uma forma de trazer à tona questões que necessitam da atenção do poder público já há muito tempo. Não é a enfermagem a vilã da crise na saúde pública do nosso país, mas, infelizmente, é a única profissão que permanece 24 horas na assistência, convivendo com as péssimas condições oferecidas à população e que também nelas são obrigadas a atuar, tais como: falta de piso salarial; excessiva carga horária de trabalho; baixos salários, que acabam por obrigar, muitas vezes, esses profissionais a exercer dupla e até tripla jornada de trabalho; falta de material de proteção para exercício da profissão; falta de local apropriado para o descanso; falta de dimensionamento de profissionais nas unidades de saúde, causando sobrecarga e até comprometimento à assistência necessária. O Fantástico desperdiçou a grande oportunidade de fazer uma reportagem mais completa, denunciando o cotidiano de trabalho da enfermagem e o que existe de projetos e propostas que podem mudar essa realidade, a reportagem deixou a desejar no momento em que não aprofundou outras questões que foram apontadas, uma delas talvez a mais importante, a necessidade da diminuição da carga horária para 30 horas semanais, projeto de lei que necessita ser aprovado no Congresso Nacional com a máxima urgência, faltando esclarecer que a fiscalização dessas escolas é de inteira responsabilidade das Secretarias de Estado, de Educação e do Ministério da Educação.
Adriana Boy

A Voz dos Leitores
A Voz dos Leitores
A coluna que é feita por você, leitor. Um espaço democrático onde o cidadão pode expressar, através de textos e fotos, sua opinião sobre os mais variados assuntos relacionados à cidade. Envie sua contribuição para leitores@avozdaserra.com.br
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário