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Leitores - 22 de setembro 2011
sexta-feira, 06 de abril de 2012
Prezadas autoridades do trânsito
Noto que é uma prática corriqueira e oficiosa o estacionamento em passeio público neste município, e, de tão comum, parece-me que virou regra e o povo de Nova Friburgo convive com este abuso, desviando-se dos carros que atrapalham a circulação de pedestres.
Eu gostaria de ouvir como o poder público entende isso. Tirei estas fotografias na manhã do dia 18/09/2011 apenas como ilustração de algo que se vê todos os dias em vários pontos da cidade (notem, em uma das fotos, a polícia passando ao lado de um veículo em infração e nada fazendo).
Coloco abaixo o trecho do Código Nacional de Trânsito que versa a este respeito:
O Código de Trânsito Brasileiro prevê em seu artigo 181, incisos IV e VIII, algumas infrações pelo estacionamento de veículo em local proibido. Vejamos:
Art.181. Estacionar o veículo: (...)
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Código: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; (...)
VIII - no PASSEIO ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim público: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo.
Nota-se que, pelo CTB, estacionar em local proibido é uma infração média, onde o motorista recebe quatro pontos na carteira, multa R$ 85,13 e remoção do veículo. No caso de estacionar em cima da calçada, além do veículo ser removido, de acordo com a medida administrativa, a infração gera o pagamento da multa de R$ 127,39 e a perda de cinco pontos na carteira de habilitação.
O veículo estacionado na calçada pela falta de consciência do motorista representa uma afronta à segurança do pedestre, que perde a calçada para caminhar e fica vulnerável com a entrada e saída dos carros parados no recuo.
Agradeço a atenção e peço que, se possível, expliquem-me esta prática frente à legislação vigente e a capacidade de fiscalização e resolução de temas como este.
Fábio Robles (hoje cidadão friburguense)
Choro de governador
O Estado do Rio de Janeiro está, literalmente, abandonado. E prestes a enfrentar uma grande crise financeira. Já não bastam as balas cruzando os céus até encontrar inocentes, matá-los e dilacerar suas famílias e a corrupção que contribui com os baixos índices de avaliação escolar, com as filas intermináveis nos hospitais para marcar consultas que não têm previsão de alta e os transportes cada vez mais caóticos, o governo parece querer deixar para trás os municípios produtores de petróleo no que concerne às emendas que pretendem redistribuir os royalties do petróleo, deixando-os à míngua. Todos se lembram, - ou deveriam lembrar -, quando, no ano passado, às vésperas das eleições, o governador Sérgio Cabral, em mais um de seus surtos de histrionismo e já pensando na reeleição, chorou frente às câmeras , incorporando uma pretensa defesa pelo Estado e seus membros, muitos dos quais dependentes diretos do benefício legal e que vem produzindo mais qualidade de vida a sua população, dizendo que todos ‘quebrariam’ caso as atuais receitas fossem prejudicadas. É bom destacar que, neste processo de pedir votos, o governador proferia discursos voltados a defender o interesse de todos com uma atuação política forte junto aos aliados, deputados, senadores, ministros e aos ‘amigos’, presidente Lula e a então candidata Dilma Rousseff. Passada a eleição e o famoso interstício do Congresso durante a campanha, período em que só promessas acontecem, Lula veta as emendas Ibsen e Simon, ao estilo ‘o último a sair apague a luz’, Cabral é reeleito e, agora, a maioria dos governadores e municípios brasileiros exige que o Congresso vote a favor da redistribuição dos royalties do petróleo das camadas pré e pós-sal com o apoio da presidente de uma República quase fatricida, possivelmente, entupida de mandados de segurança caso se concretize. E é neste cenário que o Rio de Janeiro, com seu governador falastrão, começa a afundar, levando consigo tudo que foi feito pelos municípios, que poderão a voltar a viver com o pires na mão.
João Direnna - psicólogo e jornalista
(joao_direnna@hotmail.com)
Mais impostos?
Na última quinta-feira (15/09/2011), a diretora-gerente do FMI, Christiane Lagarde, solicitou com veemência que as economias mais avançadas do mundo tomem ações mais ousadas para sairmos todos deste marasmo de crescimento fraco (quando não recessão), porque a crise econômica mundial está em sua pior fase e nenhuma nação do planeta está imune a todo esse cataclisma financeiro que atormenta a vida de bilhões de pessoas.
E na manhã de sexta-feira, 16, ouço atônito o pronunciamento do nosso ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, elevando o IPI de carros importados em 30%, alegando o fortalecimento da indústria nacional e a proteção do trabalho do operário brasileiro. Um disparate e um verdadeiro tiro no pé!
Pelo andar da carruagem e pela capacidade de raciocínio da dupla Mantega-Mercadante, é possível que tenhamos mui breve a volta de reserva de mercado, em pleno século XXI. Misericórdia!
O Sérgio Habib, presidente da JAC Motors no Brasil, já declarou que este aumento de imposto inviabiliza seu projeto (em andamento) de montar fábrica desta marca chinesa em território brasileiro. Um investimento de US$ 600 milhões e que geraria alguns milhares de empregos, se volatiliza integralmente pela decisão tacanha, imatura e protecionista da dobradinha Mantega-Mercadante.
Empresários de montadoras brasileiras comentavam que a medida é muito bem vinda e que alavancará suas vendas (a preços exorbitantes) e protegerá o trabalho de muitos brasileiros. Uma ova!
São os mesmos empresários que participam de reuniões de qualidade total e que falam em superar a satisfação de seus clientes. Os mesmos que falam em criatividade, tecnologia de ponta, respeito ao consumidor.
Falácia pura!
Na minha humilde opinião um acinte ao cidadão brasileiro que paga preços no mínimo dobrados, por qualquer carro produzido no Brasil e vale recordar aquela frase que só vale para quem não possui nenhuma dignidade:
“Quando a farinha é pouca, meu angu primeiro.”
Em resumo, nossos empresários do ramo automobilístico mudam a retórica conforme a dança que se executa. Lastimável e vergonhoso!
E nossos políticos, cada vez mais retrógrados! Uma pena de dar dó!
Se possível, tenha um ótimo dia!
João Antonio Pagliosa
Eng. agrônomo pela UFRRJ em 1972
Servo útil de Deus a partir de 2007
joaoantoniopagliosa@gmail.com
Buraqueira
Concordo com o Sr. Roberto Loureiro sobre a buraqueira na subida das Braunes. O problema existe nos acessos pela Ypu e no da R. Monte Líbano. São dezenas de buracos que põem em risco a segurança de qualquer veículo, porque, muitas vezes, são necessários desvios pela contramão para fugir do problema.
O pior é que isso vem de antes mesmo da tragédia de janeiro e até hoje nada foi feito.
Vamos esperar pelas próximas chuvas?
Ronaldo Volle
Alegria de pobre dura pouco
“Alegria de pobre dura pouco”. Acho que esse antigo ditado popular nunca se aplicou tão bem para definir o fim do estado de alegria consumista que o brasileiro estava sentindo ao poder comprar carros populares fabricados no exterior, equipados com ar-condicionado e outros penduricalhos, muito mais barato do que os fabricados aqui no Brasil. Mas a alegria durou pouco. Os quatro fabricantes de automóveis que fazem parte da panelinha do setor automobilístico nacional há bastante tempo, sempre vendendo essas carroças populares ao preço de carros de primeira linha, sem nenhum penduricalho, resolveram aparecer nos bastidores e acabar com a alegria do povo. Os carros importados, que possuem menos de 65% de peças nacionais, terão o seu IPI elevado em 30%. Alegria de consumidor brasileiro dura muito pouco. Ao invés das montadoras apelidadas de “nacionais”, que brincam de ser brasileiras, baixarem os custos de fabricação, reverem as suas planilhas de despesas e remeterem menos lucro para as suas matrizes no exterior, resolveram usar o caminho mais fácil e habitual, isto é, fazer lobby para que o governo brasileiro imponha uma taxa exorbitante aos fabricantes estrangeiros que vendem os carros bem mais baratos que os montados aqui no Brasil. Esse monstrengo tributário é o retrato fiel do que as nossas autoridades entendem por reforma industrial. Isto é Brasil!
Wilson Gordon Parker
A Voz dos Leitores
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