Leitores - 22 de novembro 2011

Agradecimento Gostaria de fazer um agradecimento à empresa Silthur, pela rapidez e organização com que retirou toneladas de entulho do Campo do Nova Friburgo F.C. Foram dois meses para retirar todo o entulho que ali foi depositado após a tragédia de janeiro. Nos dá um certo alívio ver que alguma coisa está sendo feita para melhorar nosso distrito. Nota 10 para Silthur. Agora, devo dizer que a empresa Brumar merece nota 0 pela lerdeza e desorganização para finalizar uma pequena obra de pavimentação e reforma da Praça de Conselheiro e de reestruturação do trecho próximo ao Campo do Nova Friburgo F.C. Já se passam cinco meses e nada de conclusão. São cinco meses andando na contramão. Na lama e na poeira. Nota zero. Núbia Lamblet Anticorrupção em Copa Se os maus políticos (infelizmente, hoje, a maioria) soubessem a força que tem uma rede social, quando propaga informações sobre algum de seus “desvios”, o pé no freio em suas ambições seria usado e a lembrança do caldo de galinha e da prudência faria parte de seu cotidiano. A cada dia me convenço mais do poder da internet, haja vista o feedback sobre comentários feitos em blogs, veículos de comunicação ortodoxos ou através de e-mails que chegam ao conhecimento de uma legião de anônimos, cujos resultados tornam-se imediatos e efetivos. Para ratificar esta tendência, a onda das agendas anticorrupção passa a mobilizar a sociedade para eventos que pedem, entre outros, a aplicação imediata e integral da Lei da Ficha Limpa, o voto aberto no Congresso, o limite à imunidade parlamentar, o aumento das penas e agilização dos processos de corrupção na Justiça, e pretendem, pelo menos, chamar atenção para o grande mal do país que vem contribuindo para serviços públicos de baixíssima qualidade. Prova disso é a manifestação que acontece neste domingo, 20 de novembro, às 15 horas, no Posto 4, em Copacabana, e que promete a adesão de milhares de pessoas à causa. Organizada pelo Movimento 31 de Julho, ela tem o apoio das entidades Rio de Paz, Meu Rio, Contas Abertas e Projeto Segurança de Ipanema e, por isto mesmo, não pode deixar de contar com o apoio daqueles que querem “varrer” (ou diminuir bastante) a corrupção entranhada em nossas vidas. João Direnna - Quissamã - RJ joao_direnna@hotmail.com Sons nos carros Sempre me preocupei muito e agora quero ratificar o que escreveu Zuenir Ventura sobre o barulho infernal dos sons colocados nos carros de nossa cidade, da falta de educação do povo e o segundo artigo, de hoje, no Editorial, falando sobre o abandono de nossas ruas e calçadas. Sugiro que a PMNF avise por carta e dê um prazo de 2 meses para cada residência ou comércio conserte suas calçadas, sob pena de que a própria PM as conserte (depois de recuperar tanto dinheiro desviado) e coloque os valores para pagamento junto com o IPTU do ano próximo. Isso tudo com aviso prévio e de preferência com A.R. Só na minha família 3 pessoas tropeçaram nos buracos, ocasionando fraturas e muitos machucados, tendo que se dirigir aos Hospitais. Conheço outras 10 que já caíram também ou torceram os pés. A Voz da Serra é um veículo importante para ajudar a consertar isto, denunciando sempre que tiver oportunidade. Mª Elizabeth Corga Esclarecimento Em esclarecimento ao indignado email do leitor Jorge Plácido Ornelas de Souza, publicado em AVS no dia 16/11/2011, onde diz: “o pior é quando você vê que a compras de radares de precisão foram adiadas, só no ano que vem, talvez no segundo semestre; radares que salvariam vidas...”, confesso que inicialmente também não entendi essa demora que vem sendo promovida pela Secretaria do Ambiente. Fui esclarecer o assunto apenas recentemente, numa apresentação da COPPE/UFRJ, onde nos foi explicado que os radares são feitos sob encomenda e levam pelo menos 8 meses para serem produzidos após o pedido! Some-se a isso a nossa já conhecida burocracia de licitações (feitas para evitar corrupção), e leva-se ao menos um ano para ter um equipamento desses instalado. Por outro lado, o Município de Angra dos Reis, que tem uma das mais antigas Secretarias de Defesa Civil do Estado, licitou recentemente o seu próprio radar meteorológico. Para isso é necessário que os municípios tratem a Defesa Civil como prioridade estratégica, com orçamentos decentes, equipamentos e pessoal especializado. Roberto Robadey Jr - Cel BM Assessor do Secretário de Estado da Defesa Civil Serrasons Olá... Por que ninguém, nenhuma mídia publicou algo sobre o que aconteceu em Lumiar? Pelo menos sobre a parte que deu certo... Houve o show do Lulu Santos... Na sexta e no sábado, Iran Bz, Nó Cego e Alceu Valença... foram grandes shows... Isso talvez mostre a capacidade de Lumiar em receber eventos futuros... e de grande porte... Só que com produtores mais sérios, né?! Rs!! Abraço a todos!!! Iran Bz Desmatamento Achei oportuno e parabenizo a Prefeitura de Nova Friburgo por responder a carta do leitor Jorge Plácido que tanto contribui com suas opiniões. Aproveitando que (atualmente) a prefeitura começou a responder as reclamações, gostaria que alguém me respondesse se é lícito o desmatamento que vem ocorrendo (também) no Parque Imperial. É de meu conhecimento que cortar eucaliptos é permitido. Mas minha pergunta é a seguinte: Não haverá um critério para tal corte? O que estão fazendo aqui é um total desrespeito. Estão cortando eucaliptos e derrubando as árvores de Mata Atlântica que estão abaixo. Há um mês atearam fogo e agora estão cortando, sem dó, sem piedade e sem critérios. Senhores, há que haver fiscalização. Isso é um assassinato. Isso é mais uma vergonha para Nova Friburgo! Angela Assunção Brasil, paraíso do ferro-velho mundial O Brasil é o paraíso do ferro-velho mundial. A empresa Transocean que faz a perfuração no poço da Chevron na Bacia de Campos é a mesma que provocou um grande vazamento de petróleo no Golfo do México. Antes de vir parar aqui no Brasil a plataforma onde está a sonda servia de hotel em alto-mar, pois já era considerada sucata. Veio para o Brasil em 2009. E ninguém sabia de nada, nem viu nada. Brasil, o grande depósito de máquinas velhas e usadas do mundo. E ninguém controla a entrada deste lixo. É inacreditável. Wilson Gordon Parker Recortes e lembranças Hoje farei uma síntese de tudo o que vi, ouvi e fotografei após a tragédia climática que nos atingiu. Recortes verdadeiros dos depoimentos que ouvi de moradores que conviveram com a noite de 11/01/2011. São fatos e contra fatos não existem argumentos... Imagine você na sua casa, junto a sua família, felizes e seguros... Felizes sim... seguros, nem tanto! Todos em casa enquanto lá fora a chuva caía. Era madrugada, a noite estava escura. Porém, na sua casa, na sua rua, havia luz, estava tudo claro... Você comentava com sua esposa que chovia demais. Devido à claridade, graças ao conforto, nada ou pouco se ouvia... Todos estavam bem, graças a Deus, dizia você... De repente faltou luz, escureceu tudo. Ainda bem que tenho velas, diziam uns... Graças a Deus tenho lanternas, falavam outros... Tenho iluminação de emergência, minha casa e meu quintal estão iluminados, comentavam outros... Com dificuldade conseguiam ver a chuva cair e os rios encherem... Aí percebem que com a falta da energia e o silêncio que a acompanha, você começa a ouvir melhor, sua audição fica mais aguçada... Faça esta experiência, fechem os olhos, percebam que ouve ruídos que com eles abertos você  não ouvia... Mas todos ainda estavam bem, graças a Deus... No entanto agora ouvia-se pedidos de socorro, gritos que antes não se ouvia... Ouvia-se barulho de árvores se contorcendo, sendo trituradas. Barulhos estranhos que pareciam o fim do mundo. Tremia tudo, era a mais completa escuridão, não se enxergava poucos metros a frente... Era apavorante... você ouvia o barulho da água cortado por pedidos de socorro... buzinas de carros... O que se via de vez em quando eram cenas apocalípticas... Frações de segundos, quando os seguidos relâmpagos clareavam a noite, como imensas lâmpadas estroboscópicas, em ritmo frenético... Tudo ia bem, até que você sente sua casa tremer, começa a cair, ouve gritos de seus familiares e você nada pode fazer, fica impotente, paralisado... Meu Deus, que situação... Isto não é fantasia, não é sonho, é o que algumas pessoas passaram e sobreviveram para contar... E às vezes lamentam por não terem morrido, tal o tamanho da desgraça, quem passou por momentos assim jamais esquece, ficam marcados para o resto de suas vidas... Durante minhas andanças no pós-tragédia, enquanto ouvia relatos deste tipo e fotografava os locais, muitas vezes chorei... Chegava a achar que aquilo ali não era minha cidade, parecia um terremoto tamanha era a destruição... Como este povo sofreu e ainda sofre... Como pode existir pessoas que se aproveitam de tamanha infelicidade, para se enriquecer e desviar verbas; falta-lhes coração, respeito e dignidade... Minha gente, se vocês ouvissem o que ouvi, por certo chorariam com eu chorei e ainda choro... Quantos do meu povo ainda estão sem casas, acho que todos... Quantos ainda estão sem ajuda, seja material ou espiritual, quantos... Acho que todos nós, friburguenses que somos, temos que nos solidarizar com este povo. Uma palavra, um gesto, um sorriso, ajudam muito... O que esta gente passou foi terrível... e muito deles querem apenas ser ouvidos, querem respeito, querem dignidade, querem carinho, precisam de ajuda, não querem e nem precisam de esmolas... E seriam muito bom que todos entendêssemos, colocássemos nossas barbas de molho e sabermos que não estamos livres de passar nas próximas chuvas o que eles passaram em janeiro... Pois fracos e frágeis somos, alguém duvida? Senti-me na obrigação de escrever tudo isso, por que apesar dos pesares, parece que ainda existem autoridades que ainda não entenderam, ainda não tem noção do que aqui aconteceu, não tem noção do que este povo passou... Eta coração duro! Em tempo: “Apesar de o ano de 2011 ser considerado o ano de conservação das matas e florestas, o que mais se faz em Nova Friburgo atualmente é cortar árvores... Araucárias (cujo corte é proibido por lei). É o que mais se vê.” No bairro onde moro, ouve-se muito durante o dia ronco de motosserras... Isso é ruim, parece que houve um relaxamento para se conceder autorização para o corte  de árvores... Gente, gente, a natureza já nos mostrou do que é capaz... Aprendam a amá-la e respeitá-la!... Deus nos proteja... Amém! Jorge Plácido Ornelas de Souza