Leitores - 21/11/2012

quarta-feira, 21 de novembro de 2012
De cabeça erguidaA cada dia fico mais convencido de que o ministro Joaquim Barbosa, futuro presidente do STF, é digno de ocupar o cargo da mais alta instância do Poder Judiciário do Brasil. E as páginas dos jornais e das redes sociais, onde vem sendo tratado quase como herói nacional. Fica latente que quando defende algo, quase sempre com extrema veemência, logo torna-se sinônimo de dor de cabeça para muita gente. Inclusive para os próprios pares, coisa que o ministro parece nem ligar. Como guardião da Magna Carta e, em particular, ao atuar na Ação Penal 470, o chamado “mensalão”, o ministro tem feito seu papel ad litteram, levando os réus, detratores do país, ladrões do dinheiro público e algozes da população mais sofrida, a sofrer penas à altura dos crimes praticados. Como devem fazer, em casos assim, todos os tribunais e juízes que pretendem um país mais justo onde a impunidade, por exemplo, passe bem ao largo e as celas sirvam para abrigar qualquer um. Seja ex-ministro, ex-deputado, ex-guerrilheiro ou ladrão de galinha.João Direnna - QuissamãVamos enganar os turistas?Essa semana, as imagens de Nova Friburgo nos telejornais e nas redes sociais mereceram até reportagem de uma emissora de televisão local. Apelos para os internautas não postarem imagens da cidade submersa com “chuvinhas” ou “chuvonas”, que podem, afinal, afugentar os turistas. Melhor mesmo é enganá-los, não só com a evidente fragilidade da cidade às chuvas normais desta época do ano, que alagam as ruas do centro e outros pontos, haja vista que os administradores públicos não fizeram uma coisa básica, que é a limpeza dos bueiros, mas também pela falta de cuidado com os pontos turísticos da cidade. No Cônego, o Pavilhão das Artes é ignorado pelas Secretarias de Olaria, de Serviços Públicos e de Turismo. O prédio, com a pintura mofada e pichada, dá um péssimo aspecto ao lugar, a rua mais esburacada do que o solo lunar, não viu o asfalto da véspera das eleições—deu azar ficará para o próximo pleito—e a capina, essa era realizada regularmente pelos equinos que circulavam pelo bairro, que se pudessem reivindicar direitos trabalhistas dariam um grande prejuízo ao tesouro municipal, afinal, fizeram durante um longo tempo o trabalho dos funcionários da PMNF e sem concurso. Isso sem falar no depósito de materiais e entulho a céu aberto, às margens do córrego que fica atrás do prédio, patrocinado pelos próprios funcionários da Prefeitura, que tem um escritório no local. Vamos convidar os turistas para ver o quê?Rita Louback de Souza Desgoverno e badernocraciaVamos lá, Voz da Serra, espero que desta vez publiquem o que abaixo segue: observando tudo o que está acontecendo no país em geral, como omissão em Nova Friburgo e em incontáveis cidades, crimes horrendos pelo resto do país, etc, posso dizer que estamos vivendo num grande desgoverno, onde não existem autoridades, apenas criminosos, os quais estão dominando tudo. Desde que me conheço por gente, se é que nós humanos somos gente, vejo o Brasil como um grande caos. E chego mais uma vez à triste conclusão: Estamos no meio de uma badernocracia—Uma grande, infinita e terrível badernocracia. E o pior é que nem a troca de políticos não faz com se veja luz no horizonte. Será que está tudo perdido mesmo? Será que as novas gerações terão vergonha, dignidade e respeito, se o exemplo atual é exatamente o oposto? Quem viver, verá!Semiramis DellingMais sobre o rúgbiApós ler as duas notas na coluna do Massimo em 14 e 16/17 de novembro não consegui ficar calada e gostaria de apresentar o rugby ao grande público, que geralmente tem uma opinião totalmente equivocada a respeito do nosso esporte, mas primeiramente prestar alguns esclarecimentos:1) Na audiência pública das emendas participativas, organizada pelo Deputado Federal Glauber Braga, o “rugby e jiu-jítsu” era um de 30 (trinta) projetos. 2) A verba de R$ 4.000.000,00 será distribuída de acordo com as necessidades dos projetos e nenhum dos três relativos ao esporte vai utilizar R$ 1.000.000,00, ficando a maior parte da verba para a reforma do Laje. 3) Muitos projetos votados que ganharam em outras audiências e eram consideradas prioridade nunca saíram do papel por falta de apresentação de projetos.4) No Raul Sertã equipamentos (2 aparelhos de raio-X fixos etc. etc. comprados aguardam paralisados nos corredores do hospital (Prioridade!).5) 3 ambulâncias e 2 veículos de apoio foram comprados mas ainda não foram colocados à disposição das comunidades (Prioridade!).Agora sobre o Rugby, que é o segundo mais praticado esporte no mundo, depois do futebol. É jogado em 120 países, com clubes registrados em 13 estados brasileiros. É um esporte viril, de contato, bruto para alguns, mas extremamente leal. Existem mais regras no rugby do que no futebol, das quais muitas para garantir a integridade física dos atletas.A seleção brasileira feminina de rugby é hexacampeã sul-americana. E as “meninas e meninos’’ do Brasil cantam o hino nacional de coração pelo amor à camisa, ao contrário da seleção de futebol.Rugby é um esporte que não tem a violência gratuita do futebol nem jogador fazendo “firula”  ou agredindo o árbitro que, aliás, só conversa com os capitães e trata os jogadores de “Senhores” e usa “por favor”. Jogadores de rugby que realmente vivem o esporte viram amigos pelo resto da vida e são todos “gentlemen”. Mas o mais importante neste esporte são os seus valores: respeito, lealdade, humildade, amizade e união, e comprometimento.Respeito pelos companheiros, pelos adversários, árbitros, técnicos e pelos símbolos (o hino do país, a camisa, o campo de jogo, o terceiro tempo, por exemplo).Lealdade para com os companheiros e rivais dentro e fora de campo.Humildade para aprender e melhorar, reconhecer o erro, para ser disciplinado e se esforçar cada dia um pouco mais para sobrepor as adversidades.Amizade e união entre os praticantes.Comprometimento de todos os jogadores, técnicos, diretores, auxiliares e torcedores que apoiam o time.Tomo a liberdade de sugerir ao colunista, e a quem se interessar, assistir ao filme “Invictus”, que conta como Nelson Mandela, quando foi eleito Presidente da África do Sul, conseguiu unir o povo sul-africano dividido pelo apartheit, através do rugby. Um outro filme, “Forever Strong” relata como delinquentes juvenis podem ser recuperados através deste esporte.As escolinhas de rugby, além de tirar as crianças dos “caminhos errados”, formam cidadãos responsavéis e isto—para mim e para o futuro deste país—é uma prioridade sim, entre tantas outras mais.Respeito a opinião do colunista e o convido para ver as instalações extremamente precárias da nossa escolhinha (que é gratuita para quem quiser participar) no Santa Luzia em Vargem Grande/Cônego aos sábados às 10 da manhã.Uta Blunck Barbosa Cortez -Friburgo Rugby Football ClubRJ-116Há, próximo à rodoviária de integração, um trecho na pista de rolamento que está cedendo e provavelmente causando transtorno para os motoristas e também para os moradores próximos ao local, pois os carros maiores, quando passam sobre o local, causam barulhos e nos imóveis consegue-se sentir o abalo que ocasiona quando os mesmos passam sobre o local. Solicito através do jornal, que possa ser levado ao conhecimento do poder público e que seja feito o devido reparo no local. Desde já agradecido e no aguardo de atenção. Aedson AlvesJustiça para quem produz e gasta corretamenteOutro dia me ocorreu uma dúvida: será que se os estados e municípios brasileiros beneficiados com royalties pagos pela exploração de petróleo (podendo ser aplicado a qualquer outro recurso natural) tivessem criado um fundo soberano para o benefício das futuras gerações e a manutenção de programas sociais desenvolvidos, além de distribuído parte entre sua própria população, como se faz no Alasca, por exemplo, teríamos, agora, que enfrentar uma dura batalha fratricida entre os entes federados após a aprovação do projeto de redistribuição? Será que se os recursos tivessem sido melhor empregados (sem os inúmeros desvios de finalidade) haveria necessidade de a presidente da República estar enfrentando, agora, o desgaste de um embate com o Congresso Nacional ou o STF? Será que tais medidas não poderiam ter diminuído impactos e gerado algo mais justo que justificasse o pagamento a quem sofre os impactos? Com a palavra o ex-senador Aloizio Mercadante, senadores Vital do Rêgo, Wellington Dias e Pedro Simon, deputados Humberto Souto (PPS-MG) e Marcelo Castro (PMDB-PI) e ex-deputado Ibsen Pinheiro, autores ou coautores das polêmicas emendas sobre os recursos da exploração do petróleo no mar, inclusive fora da camada do pré-sal, a serem repartidos entre todos os estados e municípios. João Direnna - Quissamã
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