Leitores - 21 de dezembro 2011

sexta-feira, 06 de abril de 2012
Política Nacional: quem tem, tem medo... Uma das vantagens do parlamentarismo é fazer os detentores de cargo público serem OBRIGADOS a responder requerimentos de informação. Para se ter uma ideia, no Reino Unido, o primeiro-ministro tem que ir à câmara de deputados iniciar a resposta aos requerimentos de informação, urgente e pessoalmente. Antes era todas as semanas. Agora quinzenalmente. Mas, por aqui, nossos políticos (em todas as instâncias) se lixam para tais solicitações, deixando sem explicação os colegas e o povo, como aconteceu, por exemplo, com o pedido do deputado Garotinho (PR-RJ) que queria conhecer mais detalhes sobre as viagens internacionais do governador de seu estado, Sérgio Cabral. A própria assembleia legislativa do Estado do Rio dificultou, nesses últimos anos, o encaminhamento dos requerimentos, não enviando vários e aceitando respostas que driblam o conteúdo. Mas, agir assim é crime de responsabilidade, segundo as leis brasileiras. Além de ser vergonhoso, pois fica claro ser uma blindagem, um corporativismo barato que, muitas vezes, esconde algo no mínimo nefasto, esta atitude contradiz a máxima “quem não deve, não teme” e reforça a “quem tem, tem medo”. João Direnna - Jornalista e psicólogo - Quissamã - RJ www.dirennajornalista.blogspot.com Vargem Grande Estive lendo por vários dias reclamações sobre os buracos, entulhos, mato, animais soltos, etc, no bairro Sítio São Luiz. A Vargem Grande, também no Cônego, está nas mesmas condições ou até pior. A Rua Aurora Silveira, na parte onde no passado existia asfalto, hoje há apenas buraco e lama. Animal solto é coisa quase que, digamos, “obrigatória”; o dia que não tem até me espanto. Sem dizer que as ruas agora são continuidade das oficinas, ferro-velho... A obra de contenção, que aparentemente iria começar (na esquina da Aurora Silveira com a Tupiniquim), acho que se limitou à instalação das placas. O que se vê é apenas muita lama a cada chuva. De uma coisa eu tenho certeza: ano que vem nós seremos lembrados pelos políticos para pedir voto e pela Prefeitura, que vai entregar todos o carnês do IPTU. Silvia Emerich Maltrato aos animais Que bom que existem pessoas preocupadas com esses seres tão indefesos. Todos os dias nos jornais falam sobre essa covardia. Que se punam mesmo aqueles que não socorrem os animais feridos. E tão difícil para o homem entender que o animal também sente dor? Que esperam que alguém os curem e que alguém os socorram? Amo cachorro e cavalo e me dói muito ver esses animais serem abandonados como se eles não sentissem fome, sede e falta de amor. Quem não ama os animais não tem o amor de Deus. Porque Deus é amor e amor de Deus não exclui os animais. Os animais são criação de Deus. Que os covardes tenham compaixão por esses animais que só nos dão amor e lealdade. Deuzamar Pereira Pão e circo para o povo! Vergonhosa a situação do trecho que liga Olaria ao Centro e vice-versa. Buracos imensos, asfalto de má qualidade e irregular, serviço de recapeamento porco! Um verdadeiro suplício para quem precisa ir e voltar todos os dias por este caminho. Fugir dos buracos, além de ser desgastante para o motorista e para o carro, põe em risco os pedestres que nunca sabem por onde os veículos irão passar, para não caírem em verdadeiras crateras! Sinceramente, estou começando a desacreditar nesta cidade, em seus governantes e em nosso povo, que assiste passivamente NOSSA FRIBURGO ser desmatelada aos poucos, por políticos corruptos, pessoas que só querem saber se irá ter carnaval em janeiro ou no meio do ano. Vendo isso tudo me vem a cabeça aquela frase dita na Roma antiga: “Panis et circenses” (PÃO E CIRCO PARA O POVO !) Tendo isso, o que mais precisam? Tendo isso, eles não querem mais nada. Não têm perspectiva, não têm objetivos grandiosos. Querem só comer e se divertir. Esta foi uma política criada pelos antigos romanos, que previa o provimento de comida e diversão ao povo, com o objetivo de diminuir a insatisfação popular contra os governantes. Alguém aí vê algo parecido acontecendo em Friburgo? Pois eu vejo! Adriana Boy Buracos! Sr. secretário Rafael Rodrigues, penso que seja de sua vontade dar uma solução para o Bairro Cônego, quanto aos buracos. Sei que o município esta passando por um momento difícil e se reestruturando para que possa atender a população, mas penso que com um pouco de vontade e atitude, algumas soluções possam ser tomadas, até mesmo que não creio que um município que aprova para seus gastos cerca de 400 milhões para o ano que vem não tenha dinheiro para colocar 1500 metros de asfalto. Quanto à licitação, é simples, faz o chamado às empresas, em Friburgo temos empresa que trabalha com asfalto, pois, o que falta para fazer a chamada autorização? Maycon B. de Almeida Para que serve o pedágio da Rota 116? Utilizo-me deste espaço democrático do jornal para relatar um episódio e também fazer um questionamento à concessionária Rota 116 que nos cobra pedágio e, portanto, deveria garantir a prestação de serviços em toda a extensão de sua área de concessão. E reforço: em toda a extensão. Isso porque ao retornar de uma viagem a Cordeiro recentemente deparei-me num trecho da rodovia na altura de Conselheiro Paulino, em Nova Friburgo, com cavalos soltos que colocavam em risco a segurança tanto dos motoristas como dos pedestres. Já havia passado pelo pedágio de Furnas e lembrei-me, então, de acionar o serviço de emergência da Rota 116 pelo 0800, pois, acreditava que estava circulando por um trecho sob a concessão da empresa e que ela teria meios para retirar os animais de grande porte da pista. Para meu espanto, fui informada pelo atendente que a Rota 116 nada poderia fazer em relação a minha queixa, pois os cavalos estavam perambulando por um trecho de perímetro urbano que não é de administração da Rota 116 e sim da Prefeitura de Nova Friburgo. Pasma, tentei falar com a PM e o Corpo de Bombeiros que me empurraram para a Guarda Municipal da Prefeitura... Enfim, ninguém se responsabilizou pela retirada dos cavalos. O ideal é que fosse feita uma divulgação sobre as responsabilidades e obrigações de cada órgão, inclusive com horários e telefones para contato. Mas, voltando ao tema principal, o que mais me indignou ainda mais foi o fato da Rota 116 se redimir e um dos seus funcionários sustentar por telefone que o eixo Conselheiro Paulino a Theodoro de Oliveira, um trecho superior a 20 quilômetros, é totalmente desprovido de qualquer serviço da concessionária por tratar-se de um perímetro urbano, de responsabilidade, então, da Prefeitura. Ou seja, é a parte que a estrada adentra bairros e o próprio Centro de Nova Friburgo. Porém, acredito que a cidade não tem culpa de ter crescido com a RJ-116 em seu meio e se a rodovia foi privatizada, por que a concessionária não administra esse trecho? Fiquei tão revoltada que cheguei a dizer ao atendente que, sendo assim, é melhor ao passarmos pelo pedágio de Furnas darmos um voo rasante até Theodoro de Oliveira, pois nesse trecho não temos a segurança e o conforto tão propalados pela concessionária e só depois, então, seguir viagem. Sendo assim, nesses 20 e poucos quilômetros de descobertura da Rota 116 ficamos ao Deus dará. O pedágio pago em Furnas só nos dá a garantia de serviços de uma estrada sob concessão num pequeno trecho até o trevo de Conselheiro Paulino e depois já na serra. Que concessão é essa? Aliás, creio que seja na rodovia RJ-116, que se paga tantos pedágios em intervalos tão pequenos. Em 140 quilômetros de Itaboraí a Macuco são quatro cobranças em ambos os sentidos. Quem vai para Macuco, por exemplo, paga o último pedágio em Cordeiro para desfrutar do trecho privatizado por pouco mais de 15 quilômetros. Afinal, não existe uma lei que determina que os intervalos entre as praças de pedágio de rodovias devem ser de 100 quilômetros entre uma e outra? Ligia Lacerda Lixo Sentada em frente ao computador resolvi escrever novamente sobre o lixo em nossas ruas. Nós sabemos que nesta época do ano chove muito (eu costumo dizer que é a nossa neve), só que este ano estamos mais apavorados em função do que aconteceu em janeiro. Gostaria de dizer que quando começa a chover eu fico preocupada com o lixo no centro da cidade, para ser mais clara, Alberto Braune até no final. Ando por essa rua todos os dias e continuo a observar que o lixo é colocado fora da hora do recolhimento. Fico assustada pois, quando chove, o lixo vai todo para o final da rua e aí para o trânsito, inunda tudo, é a mesma história de sempre. Nós temos que entender que não podemos contar com o poder público pelo menos para fiscalizar. Outro dia estava chovendo muito e tinha lixo nas portas do comércio e eu pensei: essa seria uma boa hora para a fiscalização chegar e multar pois, talvez doendo no bolso as pessoas se conscientizem. Eu fico triste de ter que escrever essas linhas mas, fazer o quê, é um modo que vejo para alertar as pessoas. Só espero que juntos podemos encontrar uma solução para um de nossos problemas que é o lixo. Deus abençoe a todos. Desejo que com o nascimento do menino Jesus possamos renovar nossa fé em uma Nova Friburgo melhor. Feliz Natal e que o ano que vem tenhamos paz, amor, paciência, solidariedade e acima de tudo amar ao próximo como a ti mesmo. Rutiléa Lugon Manhães A realidade do futebol brasileiro A cúpula que domina o futebol brasileiro é mais nefasta que a turma que comanda o jogo do bicho, caça-níqueis e derivativos. Ricardo Teixeira domina o futebol brasileiro, escorado no silêncio do sócio financeiro, que não fala nada e finge que está tudo bem. Enquanto a audiência da “jogatina futebolística” estiver compensando o silêncio, assim continuará sendo. E o acusado de tantas ilegalidades continua gritando em alto e bom som: “Enquanto não sair no JN eu estou me lixando”. A omissão com o sentido de acobertar é a coisa mais repugnante que existe. As negociatas tomam conta dos subterrâneos do futebol. Os chefões de tudo isto montaram uma farsa ridícula ao colocarem o Ronaldo Fenômeno no lugar do Ricardo Teixeira, para “tomar conta” do tal Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014. Como o “Fenômeno” não quer deixar de ser iluminado pelas luzes da ribalta do mundo do futebol, ele aceitou. Um triste espetáculo proporcionado por um cara que teve uma carreira tão brilhante. Imaginem de quanto será o tamanho da corrupção nas obras realizadas a toque de caixa para a Copa de 2014? Esta roubalheira toda deverá entrar para a história como o maior caso de corrupção em massa que já aconteceu no planeta. O futebol brasileiro parou na falta de compostura da maioria dos seus cartolas. Os técnicos de futebol que temos, com raras exceções, só se preocupam com o prestígio pessoal e manter o emprego. Por não terem nenhum interesse em evoluir são verdadeiros espantalhos que só servem para ser o bode expiatório das derrotas, e demitidos. O futebol apático e sem criatividade que o Santos apresentou contra o Barcelona é o retrato fiel de tudo o que acontece no mundo do futebol aqui no Brasil. O time do Santos, diante da incrível estatística de 28% de posse de bola contra 72% de posse de bola do Barcelona, mostrou ao Brasil o lado terrível da estagnação em que se atolou o nosso futebol, invadido pela mesmice e pela degradação moral da maioria dos seus dirigentes, cujo único interesse consiste em ganhar dinheiro a qualquer preço. Santos x Barcelona fizeram um jogo inusitado, onde somente um time jogou: o Barcelona. Esta é a realidade do futebol brasileiro, nua e crua. Wilson Gordon Parker Santa Martha nos proteja A Rua Santa Martha foi manchete no jornal! Quem diria! Aquela rua pacata para onde me mudei ainda nos primórdios da minha adolescência, dando agora o que falar! Se estivesse ainda aqui neste plano terrestre, meu pai, o Ary de Souza, ficaria surpreso com a enorme foto estampada na primeira página do Jornal A Voz da Serra. Curioso como era e estudioso do progresso, certamente diria: “A nossa rua cresceu e não se parece mais com aquela rua modesta, de poucas casas, sem rede de esgoto, sem água encanada, sem iluminação pública! Benza Deus pelas transformações!”. Justamente por essas mudanças, pela rapidez do desenvolvimento, a Rua Santa Martha é hoje o que podemos chamar de paraíso urbano: perto do centro da cidade e ótima vizinhança com as ruas Epitácio Pessoa, Gonçalo Ribeiro e Antônio Malheiros. Os moradores, pessoas do bem e do trabalho, contribuem para que o local seja aprazível para se morar. Tem tudo perto: escolas, igrejas, mercados, padarias, restaurantes, farmácias, lojas e tudo o mais para facilitar a vida de todos. Por essas e outras tantas boas razões, não é exagero algum intitular de “paraíso” a nossa rua. Entretanto, estamos inquietos, em estado de alerta por conta do “gigante bloco rochoso” que ameaça a nossa segurança. Na importante reportagem feita no A Voz da Serra, no dia nove de novembro, a manchete destacou: “MP requer providências para evitar desmoronamento de bloco gigante sobre centenas de casas”. A matéria, esclarecedora do assunto, divulgou que o Ministério Público dava prazo de 45 dias para a conclusão das providências para solucionar o problema, “sob pena de multa diária de R$ 5 mil, em caso de descumprimento da ação”. A mídia em geral deu boa cobertura para o caso e, pela internet, fomos noticiados no mundo inteiro. A InterTV veio filmar e entrevistar os moradores, na manhã de 17 de novembro, dando a mesma dimensão ao fato. Porém, com toda a assistência dos meios de comunicação, até o presente momento, estamos à mercê da sorte. As chuvas, eficientes que são, já chegaram! Já estamos há exatos 45 dias desde a ação enviada à 2ª Vara Cível, pelo MPRJ, em 04/11. Se a cobrança da multa entrou em vigência, há de sair muito caro o descaso com as providências. Não queremos ouvir: “em caso de risco, abandonem o local”!—Queremos uma ação mais efetiva e concreta por parte das autoridades. Elisabeth Souza Cruz
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