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Leitores - 20 de dezembro 2011
sexta-feira, 06 de abril de 2012
Bairros Cônego e Cascatinha abandonados!
Passamos por vários administradores dos nossos bairros (Cônego e Cascatinha), mas nunca ficamos tão órfãos quanto agora. Nossos bairros estão abandonados à própria sorte, as ruas não recebem mais capinas (apenas as principais), os ratos estão se proliferando em grande massa, os bueiros estão obstruídos, buracos por toda a parte, etc, etc, etc... Passamos por vários administradores, como o Sr. Denilson Breder (que nem da localidade era), pelo Sr. Gustavo Barroso, e ambos fizeram um excelente trabalho, claro que dentro das possibilidades que lhes eram abertas. Mas senhores, não podemos mais ficar assim, precisamos que tomem medidas urgentes com relação aos serviços prestados aos nossos bairro, em particular os já citados.
Atenciosamente,
Paulo Sergio da Silva
Parque fluvial e a Estrada do Contorno
Para refrescar a memória dos mais antigos e informar aos nascidos após a década de 1960, que não tiveram conhecimento dos fatos que aconteceram naquela época, digo que do Córrego Dantas até Alto de Vieira era uma região preservada com pequenas propriedades rurais, com grande diversidade de flora e fauna, córregos de águas limpas com muitos peixes, onde crianças, nós, pescávamos.
O acesso a Teresópolis era feito por uma estrada de chão que passava pela Lagoinha, onde está localizada a Fabrica de Filó.
Com a abertura e asfaltamento da rodovia Friburgo-Teresópolis (RJ-130) na década de 60, veio a especulação imobiliária e a explosão demográfica inevitáveis.
Curioso é que agora querem, após a catástrofe de janeiro, penalizar os moradores dessa área, legítimos proprietários, com a demarcação dos seus imóveis e indenizações irrisórias, causando um caos social sem precedentes na história de Nova Friburgo com a alegação da necessidade de transformar o Córrego Dantas em parque fluvial.
Contudo, os arautos da ecologia parecem não se importar com um crime ecológico que está prestes a ser cometido com a possível concretização de uma pista para trânsito pesado pelo parque fluvial natural que corta o Vale do Stucky e o Colonial 61, a suposta Estrada do Contorno, que muito pouco mudará o caótico trânsito de Nova Friburgo.
Se houvesse interesse sério em ecologia, antes de fazer projeto topográfico, gastando rios de dinheiro com medições, uma comissão de ambientalistas idôneos deveria fazer um levantamento do que existe nesta região ainda preservada, saber que animais vivem ali, como por exemplo: sagui-da-serra e sagui-da-serra-escuro, veado-mateiro, tamanduá-mirim, quati, coelho-tapiti, lontra, irara, surucuá-do-peito-amarelo, caxinguelê (nosso esquilo), macaco-prego, jaguatirica e gato-do-mato, jacu, inhambu, araponga, entre tantos outros, sem contar a flora.
Essa estrada terá efeitos catastróficos em todos os aspectos, porque no futuro vai acontecer o mesmo que está acontecendo na região do Córrego Dantas, e daqui a alguns anos, outros ecologistas das areias de Copacabana, que desconhecem nossa história, vão querer voltar o Vale do Stucky e o Colonial 61, já detonados, a um parque fluvial, a exemplo do que querem fazer hoje com o nosso querido Córrego Dantas, mas aí já será tarde, porque nessa política de interesses econômicos, o carro está sempre na frente dos bois.
Luiz Gonzaga Breder
Espetáculo de horror
Há exatos 50 anos, Niterói se tornou, literalmente, palco de um dos mais trágicos acontecimentos que este país já teve. Uma semana antes do Natal, um incêndio criminoso, na estreia do Gran Circus Norte-Americano, deixou quase 500 mortos, a maioria mutilada, pisoteada ou carbonizada. Apontado como responsável pelo espetáculo de horror, Adilson Marcelino Alves, o Dequinha, de 22 anos, era um dos 50 contratados para a montagem do circo e, segundo reportagens da época, teria se desentendido com um dos colegas e sido posto para fora. A sede de vingança, a mais repugnante, contra inocentes, o fez voltar ao lugar para “assistir” o circo pegar fogo. Aquele louco marcou para sempre a história de Niterói e de milhares de pessoas que, como eu, o destino permitiu escapar e até hoje sofrem por um ato extremo provocado por total falta de equilíbrio. Sendo assim, apesar das profundas marcas, não se pode deixar passar em branco aquele trágico 17 de dezembro de 1961.
João Direnna
Jornalista e psicólogo (e sobrevivente)
Alô, Energisa!
Há muito que os moradores de Benfica, entre os distritos de Lumiar e São Pedro da Serra, vêm sendo negligenciados pela Energisa. Prova disso é que na última semana, especificamente nos dias 16 e 18, a localidade ficou sem energia elétrica durante todo o dia, acarretando prejuízos aos moradores, bares e restaurante que se localizam em Benfica.
Tanto no dia 16 como no dia 18, a rede foi afetada aparentemente pelo mesmo motivo: basta soprar um vento mais forte que se ouve explosões na rede e a comunidade permanece horas a fio sem luz, o que leva a crer na falta de manutenção adequada, pois se a mesma rede havia sido reparada no dia 16, como justificar que no dia 18 problema idêntico tenha voltado a se repetir?
Incrível que, em ambos os dias, diversos moradores tenham ligado para a empresa e reclamado e, no entanto, ouviram a mesma ladainha dos atendentes: “Em até 12 horas após esta ligação uma equipe irá ao local”... Como assim, “após esta ligação”, se desde às 8h os moradores estavam ligando para a empresa, e os atendentes diziam que não haviam recebido ainda nenhuma reclamação? Isto acabou por significar que passamos ambos os dias sem energia elétrica, ou seja: é visível o quão precário e ineficiente é este atendimento da Energisa ao consumidor...
Também em Benfica, no Sítio Bela Vista, alguns postes permanecem sem iluminação, mesmo após sucessivas queixas de moradores à concessionária. Eu mesma reclamei em vão algumas vezes, as duas últimas sob os números de protocolos 1708473 e 1741231. Mas, de novo, nós, moradores, ficamos apenas na promessa! A última informação que obtive da Energisa a este respeito foi um prazo de três dias úteis para a devida reposição das lâmpadas nos postes de iluminação pública, mas hoje faz 15 dias e nada foi feito. A cobrança, porém, não falha.
Até quando ficaremos à mercê de um serviço tão caro quanto ruim?
Lauriene das Graças Ouverney Klein

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