Leitores - 2 de setembro 2011

sexta-feira, 06 de abril de 2012
Isso é poda? Meu caro VOZ DA SERRA, às vezes quero me calar, mas me calar como? A cada dia vejo coisas na minha cidade que me estarrece, parece que andamos na contra mão do bom senso e da moralidade, visto o que vemos acontecer na minha cidade em face do descaso do poder público, o que estão fazendo com nossa cidade é covardia, é crime... Hoje todos lamentam a carência, a ausência de vegetação nas ruas e encostas. Podemos afirmar que muitas encostas desabaram por falta de árvores, por falta de vegetação, que se arrasta desde e principalmente de 2007 para cá. Apesar do aviso da natureza, apesar do alerta, nada foi feito e já sabemos no que deu. E quando vejo as mesmas pessoas que faziam parte daquele governo municipal falando em obras e hoje dirigindo órgãos vitais do governo estadual, aí é que minha descrença e a minha revolta aumentam... Estamos mesmo entregues à própria má sorte. Observem estas fotos que enviei para o jornal, são da Rua Ariosto Bento de Mello, no centro da cidade. Esta matança de árvores, que a prefeitura chama de poda, é absurda, e dizem que farão em todas as árvores da rua. Não sei qual o pretexto que estão usando para esta covardia que chamam de poda... O principal motivo que usam para estes cortes absurdos é fiação elétrica, mas nem fiação existe nesta rua... Será que é para impedir que os passarinhos não durmam nestas árvores para não sujarem a calçada? Será para deixar que o sol bata nos apartamentos? Será que atrapalham a visão dos apartamentos? Não creio, gente... Logo agora que só se fala em reflorestamento na cidade, logo agora que se incentiva o plantio de árvores, a prefeitura faz isso? Será que não existe nada mais importante para se fazer? Será que não existem ruas precisando de limpeza? Não dá para entender tal procedimento... Lamento muito esta atitude... Poderia alguém me dizer que riscos estas árvores oferecem? Pelo amor de Deus! FOTOS 01/02 - Árvores que sofreram esta PODA... Ou seria DECAPITAÇÃO? MORTE?... Pra mim, desnecessário! Alguém discorda de mim? Abraços! Jorge Plácido Ornelas de Souza Abi-Râmia responde leitor Certamente, o eleitor Alisson Caetano não teve a oportunidade de acompanhar o meu trabalho. Desde a campanha eleitoral de 2008, alertei o então candidato HBM no sentido de mudar o discurso, ao invés do modelo hospitalocêntrico preconizado, um amplo programa atendendo à atenção básica e os ambulatórios. Fiz incontáveis reuniões, apresentando soluções claras e responsáveis para a saúde de Nova Friburgo, nunca discutidas e totalmente ignoradas na sequência do governo. Outrossim, já esclareci, inúmeras vezes porque não aceitei ser o secretário no governo Dermeval, pois teria que aceitar indicações do prefeito em cargos de confiança, tais como na estrutura financeira, diretor do HMRS, diretor da Policlínica Centro, coordenador da Estratégia de Saúde da Família e coordenador da odontologia, razões para o pedido de demissão do secretário de saúde. Finalmente, o eleitor reclamante não comparece às sessões da Câmara e não assiste a TV Câmara, pois se o fizesse teria uma visão clara das minhas propostas, que se atendidas fariam uma metamorfose na saúde de Nova Friburgo. Vou continuar defendendo, com todas as minhas forças, a população de Nova Friburgo, que no campo da saúde encontra-se vilipendiada, em força a caoticidade reinante. Vereador Renato Abi-Râmia Corrupção, uma mania nacional A absolvição da deputada federal Jaqueline Roriz apenas ratificou que há um forte corporativismo no Congresso e a corrupção vem se tornando “mania nacional”, tornando-se, logo, página virada. A sucessão de escândalos e seus resultados, quase sempre uma grande pizza e a aparição de outros ainda maiores, têm induzido a população ao erro—principalmente a mais jovem—e à ideia de que o poder pode tudo. Que nada nem ninguém que o dinheiro não compre. Em votação secreta, o plenário da Câmara dos Deputados absolveu, por 265 votos a 166 e 20 abstenções, a parlamentar do processo que pedia cassação de seu mandato. Para quem não se lembra, ela apareceu em toda a mídia recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa. Para justificar a atitude aos seus colegas, tão culpados e coniventes com a apropriação indébita e o assalto à mão armada, Jaqueline Roriz alegou que “não se encontrava no exercício de qualquer mandato, especialmente de deputada federal” quando ocorreram os fatos, em 2006. Estes são os maus exemplos e indícios de que o caminho tomado pela classe política brasileira quando absolve pessoas assim, em votação secreta, é tortuoso e incentiva à proliferação de mentes e mãos sujas, responsáveis pelos serviços públicos de péssima quando, por exemplo, matam brasileiros e brasileiras nas ruas durante assaltos, nas filas do atendimento médico, nos bondinhos, nos parques de diversão, na desobediência as leis Seca e do desarmamento, bem como a educação que visa a quantidade à qualidade e os transportes cada vez mais caóticos e caros. Mas tudo isto parece não preocupar esta gente, uma das—senão a maior—estirpes da grande corrupção que insisto em chamar de “mania nacional”. João Direnna psicólogo e jornalista As chuvas estão vindo, e o governador... Foi na Espanha se encontrar com o Papa, levando consigo uma numerosa comitiva, todos alegres e despreocupados, também não é para menos! Viajando de primeira classe e hospedando-se em hotéis cinco estrelas, tudo isso bancado por nós. As chuvas estão chegando e a população angustiada com as incertezas do clima. Se não podemos contar com o governador, bem que ele poderia ter pedido ao Papa que orasse por nós. Mas, convenhamos, seria inoportuno tratar desses assuntos numa festividade. Desmancha-prazeres o governador não é. Ricardo Posenatto
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