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Leitores - 2 de março 2011
domingo, 31 de julho de 2011
Irregularidade
Que tal implementar um espaço para o leitor denunciar as irregularidades que encontra pelas ruas da cidade. O Globo tem o “Ilegal. E daí?”, que é bem bacana e funcional. Pensando nisso, tirei essa foto no sábado passado, quando me surpreendi com a quantidade de gente que agora frequenta o Cônego, aliás, Baixo Cônego, como é conhecido, onde a diversão implica também em irregularidades. Mesas tomando toda a calçada impedindo pessoas de circularem e o flagrante de um carro na contramão da rua Deolinda Thurler. Vamos estimular o lazer, a diversão, a gastronomia de Nova Friburgo de forma civilizada, sem desrespeitar as leis e as pessoas.
Abraços,
Angela Curio
Em resposta: Donativos
Ilmª Srª Eliana Boy:
As doações recebidas no município de Nova Friburgo estão sendo direcionadas ao Polo de Recebimento Oficial Ypú/SADST. Outros pontos, diante da grandeza do desastre, acabaram recebendo doações objetivando ao atendimento às famílias que tanto necessitam desta ajuda. Sabemos que no Campo do Friburgo , em suas arquibancadas, acabou armazenando roupas e sapatos e que, de certa forma, inúmeras pessoas retiram estas doações. A Secretária de Assistência Social, diante de tamanha complexidade de demandas, e sempre atuando com muita responsabilidade, procurou nos pontos oficiais ter a responsabilidade e o compromisso tanto de receber e de distribuir donativos organizadamente, para tanto inclusive, todas as doações recebidas e saídas estão planilhadas em sistema informatizado. Quanto aos demais espaços não oficiais, estamos recolhendo de maneira organizada e armazenando em locais oficiais. Quanto às roupas, todas as peças que foram recolhidas foram ensacadas e estão armazenadas em um ponto específico, tendo uma equipe de triagem separando-as e, em parceria com outros segmentos voluntarios, disponibilizamos em C. Paulino um ginásio e montamos um enorme bazar gratuito para que a população possa ir ao local e retirar as peças.
Quanto aos demais donativos, já disponibilizamos além dos abrigos, os Centros de Referências para que as demandas possam ser atendidas com o intuito de atender os territórios de nossa cidade. Outros esclarecimentos, disponibilizo o telefone da SADST 2522 5278 para dirimir dúvidas. CARLOS MADURO - SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (Em resposta ao email recebido, agradecendo o alerta e a preocupação, esclarecendo as medidas tomadas em respeito as doações).
Carlos Maduro
Trânsito
Antes a desculpa do transito era a Av. do Contorno, pois havia muito caminhão na cidade. E agora é o que? Pois desde o dia 12/01/2011, com a queda da ponte de Bom Jardim, os caminhões não trafegam por Friburgo, mas o trânsito continua caótico; nunca vi tanto sinal, é sinal para tudo e, detalhe, sem sincronismo nenhum. Há que se falar na General Osório. Onde se viu: você trafega até metade de via e depois é contra mão. Sinceramente, a AUTRAN precisa de menos política e gente que trabalhe mais e fale menos.
At. Maycon B. de Almeida
Sem Telefone
A Vargem Grande no Cônego foi uns dos bairros que menos sofreram com as chuvas, como foi divulgado. Entretanto, nós moradores estamos desde o dia 11 sem telefone funcionando, nossa estrada está destruída, bueiros estão entupidos por grandes pedras.
Tenho medo que chova forte, o que pode trazer prejuízos enormes aos moradores, mais destruição. Já informamos ao administrador do bairro, mas até o momento nada foi feito.
Atenciosamente,
Silvia Emerich
Agradecimento
Ofereço este agradecimento ao Jornal A VOZ DA SERRA, na certeza de que as palavras preciosas sempre abençoaram ricamente a vida das pessoas. Aos jornalistas Eloir Perdigão, Ângela Pedretti, Wanderson Nogueira, Pedro Osmar, Davi Massena e ao menino dos meus olhos, meu ex-aluno “campeão” Bruno Pedretti, agradeço o apoio sempre recebido no trabalho realizado pelo Colégio Modelo - 1919/2011.
Deixo a todos o Provérbio, concidentemente do último dia 12 de janeiro. Provérbios 8.13: “O temor do Senhor é aborrecer o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa aborreço.”
Regina Coeli Côrtes Teixeira Bayer
O novo mundo árabe
A unanimidade e a rapidez com que o Conselho de Segurança da ONU aprovou a decisão que isola o assassino Kadafi de qualquer transação com o resto do mundo é uma resolução histórica. Nelson Rodrigues dizia que toda unanimidade é burra. Eu diria que essa unanimidade na ONU foi assinada numa mesa colocada em cima de trilhões de barris de petróleo. A queda de Kadaffi é inevitável. O grande problema vai ser quem irá substituir o ditador líbio. Quem será o substituto de um cara que todos sabiam estar ligado aos grupos terroristas internacionais, e sempre foi apoiado pelos Estados Unidos e por toda a comunidade europeia? O mesmo problema acontece nos outros países árabes onde o povo luta por liberdade. Na Argélia, alguns anos atrás, houve essa explosão por liberdade, derrubaram um governo ditatorial, fizeram eleições democráticas, e os fundamentalistas islâmicos ganharam, mas nunca chegaram ao poder. No Oriente Médio, a pouca democracia que existia sempre esbarrou num determinado limite de liberdade . Atualmente, eu diria que ela vive equilibrada na aresta vertiginosa dos interesses do ocidente, e nos anseios de liberdade de um novo povo árabe, que aos poucos vai descobrindo um mundo diferente pela internet. Coitados! Vão ser massacrados pelos petrodólares ocidentais, e pelos interesses religiosos e políticos dos fundamentalistas islâmicos. Resumindo: o que deve acontecer no Oriente Médio será a troca do seis pelo meia dúzia.
Wilson Gordon Parker
Montanhas que choram
Nossas belas montanhas friburguenses!
Quantas vezes olhamos para elas e o peito se enchia de força, amor e vigor!
Quantas vezes ao chegarmos na subida da serra em direção à Nova Friburgo, Lumiar e São Pedro da Serra e pensamos: “Graças a Deus! Estou em casa e protegido! Posso respirar outra vez!”
Quantos turistas subiram a serra com vontade de esquecer suas vidas cotidianas e suas dores, olharam para elas e sua mente se calou e seu coração se acalmou diante de tanta beleza!
Sempre pensamos e percebemos nossas belas montanhas como sendo a expressão de proteção e força.
Nosso pranto secava e o coração aplacava ao mirarmos nossas belas montanhas e percebermos o quanto estávamos sendo tolos em nosso choro e tristeza, diante de tanta grandiosidade à nossa frente. E nos sentíamos pequenos, humildes e gratos. Nossas montanhas aplacavam nossas lágrimas.
Tantas lágrimas elas aplacaram, tantas feridas curaram. Mas talvez, em nossa percepção egoísta, só percebíamos que as montanhas nos curavam, mas não percebíamos o quanto eram tão frágeis, vivas e delicadas quanto nós!
E não percebíamos seu choro, não percebíamos que essas lágrimas precisavam verter e escorrer por suas faces e fomos imprudentemente nos colocando no caminho de suas lágrimas.
Afinal, em nossa concepção egoísta, montanhas fortes e poderosas não choram! Só nós choramos e somos curados por elas!
E nós as ferimos! Ferimos sem nenhum cuidado e respeito as suas belas faces, com nossas casas e ruas, sem cuidados de deixar espaço para que suas lágrimas vertessem de vez em quando.
Não percebíamos que elas choravam baixinho e nos davam mostras de que suas lágrimas estavam ficando sem espaços para passar! Até que em uma única madrugada, nossas montanhas berraram, se desesperaram, se feriram e sacudiram com a violência dos céus - e rios de lágrimas vermelhas expuseram seu sangue.
Nossas montanhas estão feridas e nós também!
Mas agora não há como negarmos seu pranto e nem continuarmos a nos colocar no caminho de suas lágrimas! Elas choram como nós!
Agora podemos perceber mais claramente que elas são nossas companheiras e precisam de cuidados também! E como elas cuidaram de nós! E nós… nem tanto! Percebemos que elas não são aqueles seres fortes e eternos que podemos cortar, pisar, desmatar e tirar espaço de seus rios de lágrimas com nossas casas e estradas, sem cuidados onde nos instalamos, pensando que bastava um corte ali… outro lá, e saíamos subindo como cabritos descuidados, manilhando suas lágrimas, espremendo seus rios.
Nossas montanhas estão feridas e nós também! E agora? Como poderemos pedir-lhes perdão e fazer as pazes?
Consciência!
Sem consciência, não haverá como nossas montanhas continuarem a nos proteger e nos curar, pois nós precisamos curá-las também e, acima de tudo, pedir perdão.
Vera Calvet
Sirenes
Ainda sob o trauma da tragédia das chuvas, muitas pessoas ficam assustadas ou mesmo em pânico quando ouvem as sirenes dos bombeiros em alto nível de som. Gostaria de sugerir uma matéria solicitando que o indispensável Corpo de Bombeiros discuta o uso dos volumes das sirenes. Os carros passam na avenida em elevada tonalidade a qualquer hora do dia! Penso que não existe essa necessidade, tendo em vista que a cidade está em um vale propenso a ecos, o que multiplicaria os efeitos do som. A avenida é uma rota comum de passagem dos carros de bombeiros e, portanto, quem mora nas imediações dessa via ficam sobressaltadas.
Desde já agradeço-lhes pela atenção.
Cordialmente,
Jorge Araujo
A Voz dos Leitores
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