Leitores - 19/06/2012

sexta-feira, 29 de junho de 2012
Espaço na mídia—uma luz no fim do túnel Gostaria de, mais uma vez, parabenizar o Jornal A Voz da Serra pelo espaço democrático que vem reservando aos seus leitores, na Coluna “Leitores On Line”, a fim de que estes divulguem seus anseios, seus sonhos, suas necessidades, suas opiniões, enfim, concordando ou discordando de algo, mas, tendo um local onde possam expor isso. Parabenizo também o Sr. Jorge Plácido Ornellas de Souza pelas colocações relevantes que vem trazendo à tona, extremamente importantes no sistema democrático em que vivemos, comprovadamente necessárias para demonstrar o dia a dia caótico em que estamos vivendo em Nova Friburgo. Parabenizo, da mesma forma, os colegas que vem utilizando o espaço da coluna para dar suas opiniões. Concordo plenamente com o leitor Wander Frauches de Andrade quando diz que civilidade e urbanidade vem de berço. É uma pena que tantas pessoas vêm demonstrando não ter essa educação, não se importam com o outro. Apesar de tudo isso, como citei num comentário anterior, sou uma otimista, acredito na mudança, mesmo que ela pareça tão distante. Essa coluna do jornal é a prova de que o amor de um por sua cidade pode contagiar o outro. Que a indignação de alguns pode contagiar outros tantos. Fico tão feliz quando vejo, nesta mesma coluna, algum tipo de resposta das autoridades constituídas à determinada denúncia, a alguma solicitação ou necessidade. Sinal de que o espaço está tendo o efeito que ele deveria ter: ser um canal de diálogo entre a sociedade, o povo e as autoridades. O jornal está sendo o mediador disso e tem feito um excelente trabalho. Vou citar um exemplo: eu, por algumas vezes, falei da situação por que passava a Rua Chico Mendes, rua esta que liga os bairros do Cordoeira e Braunes, além de também dar acesso ao centro da cidade. Pois bem, em curto espaço de tempo, vi esta rua ser visitada pelo Sr. Prefeito, uma reportagem muito bem feita pelo Jornal A Voz da Serra e a tomada de decisão do Poder Público enviando os caminhões para retirada da terra que cobria a rua e a tornava intransitável. Resolveu o problema por completo? Ainda não, porém, alguma atitude foi tomada, diferente do marasmo por que passava aquelas comunidades. Os comentários que são feitos aqui, na Coluna “Leitores On Line”, não são em vão, não são um desperdício de tempo, pelo contrário, todos ganhamos com a participação da sociedade na tão sonhada reconstrução. Se temos problemas (e todos os temos), vamos divulgá-los. Com certeza encontraremos pessoas (leitores) com os mesmos problemas que, por algum motivo, não possam fazer o que estamos fazendo agora: expondo-os. Se temos necessidades, utilizemos a mídia para mostrar aos nossos governantes quais são, como são. Se estamos descontentes, por que não demonstrar nossas frustrações? Quando acertam, por que não utilizamos esse mesmo espaço para parabenizá-los? Respeitando as diferenças, as opiniões de cada um, somos capazes de contagiar nosso povo à reação que devemos empreender quando tanta coisa vai mal. Conclamo aos leitores de A Voz da Serra para, cada vez mais, utilizarem esse espaço para a crítica construtiva, a denúncia, a sugestão fundamentada, o exercício da cidadania. Amanda Fagundes Câmara Prezados friburguenses, a reunião de hoje na Câmara deve optar por 10 vereadores e não mais do isso. Até hoje não vejo atitudes que possam beneficiar os friburguenses! Carlos Pancho. Brasilia-DF Quero-queros na Via Expressa Falam tanto em preservação da flora e da fauna. Como sempre que passo pela via expressa, aquela que vai para o Cônego, vejo um casal de aves Quero-Quero cada vez mais confinadas em um canteiro que fica em frente a uma igreja. Então, pensei em solicitar através deste conceituado Jornal, que a defesa civil ou o ibama, ou a coordenadoria de bem-estar animal (letra minúscula mesmo) que fossem resgatar as aves para levá-las a uma reserva. Mas como posso fazer isso, se esses órgãos ou mesmo o órgão responsável que não sei qual é, não recolhem os cavalos que transitam na via mencionada, nem cães, nem gatos abandonados por essa cidade abandonada afora? Realmente, tanto essas criaturas como nós, humanos, estamos sem ter a quem recorrer. Mas os impostos que pagamos são para isso mesmo: dinheiro que vai, mas não volta. Mais uma vez digo e repito: não voto mais. Não assino mais aquele livrinho de votação. Nunca mais, pois o meu nulo aqui, não chega nulo lá. E tenho dito. Semiramis Delling Saúde em Nova Friburgo As pessoas chegam no hospital Raul Sertã às 19h20, passam a noite no frio (e que frio), para marcar consulta para as 7h30 do dia seguinte. É uma grande falta de respeito e amor ao próximo. É incrível que em plena era da informática, celular e até telefone, o sistema de saúde da cidade ainda não utilize destes meios para marcação de consultas. Autoridades, será que é assim, porque os senhores não precisam de médicos da rede pública? É preciso dar mais dignidade para a população... Usem a tecnologia! Usem o respeito! Karina Belart Sugestões Sou leitor assíduo desse jornal e venho destacar (para não me alongar muito) duas questões que são de interesse no que diz respeito a “pequenas” ações que reverteriam o quadro de abandono de nossa cidade. 1) Já há alguns anos venho observando (e outras pessoas também) que na via expressa (Cônego) em frente a um colégio estadual está se expandindo um conjunto de moradias subnormais, à vista de todos! Inclusive em maio desse ano foram cortados várias toras de eucaliptos pela própria prefeitura deixando a “pequena favela” claramente visível. Mais a frente, à esquerda, existe um ferro-velho escondido por tapumes, cujas peças ficam muitas vezes claramente expostas atrapalhando a passagem de pedestres pela calçada. Toda essa região à direita da via expressa é de uma beleza natural e agrada principalmente aqueles que procuram para as suas práticas de caminhada e outras atividades aeróbicas. Não é possível que os órgãos responsáveis da prefeitura não tenham observado esse fato. Mais adiante, já chegando ao final da via expressa, também existe um aglomerado subnormal de residências com ferro-velho e cavalos onde deveria haver (sugestão) um parque público para atividades de ginástica. Se nada for feito toda a via expressa ficará ocupada tornando-se uma nova favela! Está na hora de o poder público com as verbas de reconstrução procurar assentar essas famílias com dignidade e retomar esse espaço público único na cidade. 2) A praça Dermeval M. Barbosa, no coração da cidade, foi refeita pela antiga prefeita Saudade. A obra consumiu milhares de reais e durou cerca de 3 anos! Logo em seguida as pedras foram sendo destruídas por festas de todo o tipo. Ora, temos um espaço cultural para isso no centro da cidade com grande capacidade para o público, não se justificando o ataque sistemático que a praça sofre com esses eventos. Por exemplo, 16 de maio, 7 de setembro, carnaval, etc. a praça fica ocupada por barracas fétidas mal montadas, inclusive emparedando as estátuas das estações do ano que são de uma beleza rara e ficam escondidas entre um jardim de puro mato! Caro editor, encerro minhas sugestões e críticas na esperança de que se faça alguma matéria sobre o assunto. Para Friburgo voltar a ser bela e procurada é preciso que seus espaços sejam revitalizados, com programação de qualidade, como feito em Rio das Ostras por ocasião do Festival de Jazz. Certos de vossa atenção, subscrevo-me cordialmente, Jorge Araujo Capela de Santo Antônio Bom demais foi quarta, dia 13/06, me senti revigorada por ter participado das comemorações, que foram simples, é como deveria ser mesmo, pois nossa capelinha é simples, ela não precisa de glamour, pois, ela é glamourosa de amor, de paz, de amizades que contruí lá que jamais serão esquecidas. Uma das amizades que fiz lá, disse que é bom me ver lá, e eu quis escrever essas palavras para todos nós que trabalhamos em nossa Capela: “A emoção foi muito grande de poder voltar à Capela, de domingo antes da festa poder celebrar a Missa da catequese, de poder estar com vocês, mas sabemos que a luta continua e nós não podemos desistir. Superar os desafios é gratificante, digo isso porque ano passado eu não estava bem, esse ano eu consegui superar os meus desafios e estar junto de vocês”. Então, quero deixar esta mensagem para os meus amigos que amo muito. Vocês fazem parte da Capela de Santo Antônio e da minha vida, são pessoas especiais, amadas e abençoadas. Amo Vocês. Deus nos abençoe! Rutilea Lugon Manhaes Descaso Sou friburguense de nascimento e por opção. Hoje tenho vergonha de dizer que vivo aqui. O descaso de nossos “homens” públicos faz de nossa cidade um horror. Praças, inclusive as duas principais, abandonadas, ruas esburacadas demais, calçadas nem se fala. Não haveria espaço para listar tudo. Acorda população. Estes “homens” não são donos de nada, apenas estão ali por que nós os pusemos. Esqueci: o povo em geral, principalmente motoristas, nunca foi tão egoísta e mal-educado. Francisco Santos Sítio São Luiz Sr. Secretário de Obras do Cônego, solicito por gentileza uma manutenção no asfalto da localidade, pois esta muito ruim, o que esta prejudicando o ônibus que passa pela localidade e também os moradores que para não passar nos buracos, entram pela contramão nas curvas, o que pode vir a causar um acidente, espero a compreensão dessa secretaria. Maycon B. de Almeida A primeira missa A imagem de Nova Friburgo que foi vista pelo mundo inteiro foi a da Praça do Suspiro com a igrejinha de Santo Antônio. Mesmo aqueles que não conhecem a beleza da praça, ficaram horrorizados com o estado de destruição que na época foi mostrado, uma praça coberta de lama, destroços e pedras, com aquela igrejinha semidestruída. Foi um horror, uma desgraça, um dilúvio, não sei se todos sabem, mas bem ali ao lado escapou ilesa uma imagem de São Francisco de Assis, padroeiro dos trovadores, embora assediada e quase coberta por lama e pedras que desceram do alto do teleférico, escapou sem nenhum arranhão, está intacta... o interessante também é que dias após a tragédia naquele fatídico 11 de janeiro, cresceu em torno da imagem mil flores, que deram ao nosso São Francisco um ar celestial, flores que  nasceram da própria lama agora enfeitavam aquele ambiente... Intactas também ficaram aquelas imagens das santas que estavam bem próximas, no outro lado, a direita do santo, obra divina, que serviu como inspiração para que déssemos a volta por cima... É comovente!  Recentemente, no dia 13/06, Dia de Santo Antônio, foi rezada naquela igrejinha em que o mundo inteiro viu coberta de lama e destroços, a primeira missa pós tragédia em agradecimento até por termos sobrevivido, embora sendo católico, não sou praticante e cometo constantemente o pecado de não ir a missa, sequer aos domingos, mas se tem uma missa que me arrependo de não ter ido, com certeza é esta, para agradecer ao meu Santo, a meu Deus por ser um dos sobreviventes... creio que todos os fiéis que participaram desta missa ficaram tão felizes quanto àqueles portugueses que participaram no dia 26/04/1500 daquela primeira missa rezada no Brasil, por Frei Henrique Soares, que pena, pecador que sou, não participei deste ato de fé e agradecimento a Deus... Me perdoem! Jorge Plácido Ornelas de Souza Secom esclarece 1 Em resposta à nota publicada na edição deste dia 13, página 3, coluna Giuseppe Massimo, e à mensagem da página 7, coluna Leitores On-Line, com o título “Cavalos soltos no Cônego”, de Amanda Fagundes, o secretário de Meio Ambiente, Eduardo de Vries, informa que setores da Prefeitura, como a telefonista, a Secretaria de Serviços Públicos e a Vigilância Ambiental, entre outros, já estão avisados sobre os telefones de contato para captura de animais, a fim de que o ocorrido não se repita. A empresa contratada pelo governo municipal para captura de animais de médio e grande porte é a Ricardo de Almeida, que atende pelos telefones 2519-4510 e 9829-8637. Secretaria de Comunicação Social Secom esclarece 2 Em resposta à matéria publicada na edição de 2 a 4 passado, página 11, com o título “Em estado de abandono e repleta de problemas, Praça Getúlio Vargas chega aos 40 anos de tombamento”, no que se refere à segurança, o secretário de Ordem Urbana, Hudson de Aguiar Miranda, informa que foi implantado um ponto base da Ronda Tática Motorizada (Rotam) na via entre as praças Getúlio Vargas e Dermeval Barbosa Moreira, que está interagindo com a Polícia Militar, a quem cabe o controle da criminalidade. Secretaria de Comunicação Social Ecologia e meio ambiente Distribuir mudas de árvores, evitar que derrubem as matas, que não peguem animais silvestres, tudo é válido e saudável, devemos cada vez mais incentivar e conscientizar. Contudo, ecologia e meio ambiente envolve um universo muito maior de atitudes que nem sempre as pessoas respeitam. Nosso município está cada dia mais barulhento e poluído pelo lixo material e sonoro. Qualquer bar, botequim, biroscas e afins sem qualquer blindagem sonora, julgam-se no direito de colocar em seus recintos (e fora deles), karaokês, máquinas de música, televisões, jogos sonoros e até grupos de pagode ao vivo. Lojas de vários setores, principalmente aquelas que migraram de outros municípios, põem em suas portas amplificadores de som com música e locutores anunciando seus produtos. Isso sem falar nos letreiros luminosos imitando Las Vegas e no lixo fora de hora nas calçadas e outros recantos. Outro agente poluente são os carros com som que, não raro no meio da madrugada ou a qualquer hora do dia ou da noite, acabam com o sossego, o descanso e atrapalha a vida de idosos, crianças, enfermos, trabalhadores e da população em geral. Um outro fator são os celulares com música dentro dos ônibus, e aqui fica um apelo para que a Faol comece a coibir esse tipo de atitude que se tornou um grande incomodo, principalmente nas viagens de maior percurso. O cidadão não pode ser obrigado a ouvir a música do vizinho, do bar, da loja, do carro com som ou do celular de outrem, música é algo pessoal e intransferível, pode fazer bem a uns e muito mal a outros, causando até problemas psicossomáticos, ainda mais numa população que está traumatizada e abalada com a tragédia de 2011. Deveríamos tentar, num esforço coletivo, sociedade e governo, diminuir todos os agentes poluidores que ameaçam o meio ambiente em Nova Friburgo: lixo, excesso de som, letreiros luminosos etc. Aí sim teremos uma cidade saudável e uma maior qualidade de vida. Luiz Gonzaga Breder
TAGS:

A Voz dos Leitores

A Voz dos Leitores

A coluna que é feita por você, leitor. Um espaço democrático onde o cidadão pode expressar, através de textos e fotos, sua opinião sobre os mais variados assuntos relacionados à cidade. Envie sua contribuição para leitores@avozdaserra.com.br

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.