Leitores - 18/07/2012

quarta-feira, 18 de julho de 2012
A árvore da serra Tenho o péssimo hábito de não gostar de ler, ou melhor, não tenho paciência para tal, o que não recomendo pra ninguém. Leiam bastante o máximo que puderem. Mas no entanto tenho o maior prazer, a maior gana em escrever, que o diga o pessoal do VOZ DA SERRA, que já me atura há bastante tempo. Quando escrevo, contundente e crítico, sou eu mesmo, é meu coração falando, e tem muita gente que gosta. Obrigado mesmo. Quando nossa querida cidade, a quem amo de paixão, era majestosa e se mostrava como tal, hoje ela continua majestosa mas não deixam que ela se mostre; era musa de poetas, de escritores, JG de Araújo Jorge a enaltecia sempre, constantemente, era a relação íntima da poesia, da trova com Nova Friburgo, até hoje os trovadores praticam este bem, temos trovas lindas maravilhosas que todos conhecem ou deveriam conhecer, mas o descaso dos governantes, o abandono, levou nossa cidade ao fundo do poço, hoje se quisermos homenagear a cidade expressando nossa realidade, a gente com certeza vai chorar, chorar de tristeza. A seguir vou fazer algumas citações poéticas que bem justifica o abandono, o desrespeito à árvore, que impuseram a nossa cidade, antes porém alguns detalhes do motivo pelo qual tomei esta decisão... Há pouco tempo tive uma briga feia, que em nada resultou com respeito ao corte criminoso, absurdo, de uma araucária aqui na minha rua. A árvore era saudável, magnífica, não oferecia nenhum risco, no entanto um casal de forasteiros que mudaram para meu bairro resolveu cortá-la, vieram lá dos quintos dos infernos para atazanar a vida da gente e com a conivência da Defesa Civil e da Secretaria do Meio Ambiente ou será do mal ambiente? Lamentáveis, ainda vem a Secom querendo amenizar a situação... Absurdo! Então procurei na poesia e na trova situações que mostram a intimidade destes gêneros literários com a triste e lamentável situação de Nova Friburgo... Leiam estas trovas, vejam como retratam nossa realidade, até de forma humorística, embora estamos mais para chorar! O planeta está fadado a sumir completamente, pois a força do machado já supera a da semente.               (Bassant)   Foi as matas devastando pior que qualquer queimada era o português tentando, achar a raiz quadrada. (Marcelo Zanconato) Agora  vou recorrer a um poema de Augusto dos Anjos, "A Árvore da Vida". Contaram-me que, antes de escrever este poema, Augusto dos Anjos era lírico, suave. Porém, depois deste fato, tornou-se áspero, cruel, conta-se que ela amava a filha de um empregado do seu pai, e que tinha por hábito desenhar numa árvore que existia em frente no terreiro da fazenda corações com seu nome e da amada, o seu pai não admitia, então mandou-lhe estudar fora, muito longe, mas isto não o fez esquecer seu grande amor. Seu pai então para se vingar mandou cortar esta árvore. Augusto revoltado pediu que ele não a cortasse, mas o seu pai assim o fez... Só gostaria que vocês trouxessem para os dias atuais este poema  e seus envolvidos, imaginando que o filho fazendeiro seja o friburguense, a árvore, nossas araucárias e embaúbas e o fazendeiro nossas autoridades, e o local nossa querida e amada Nova Friburgo, árvores dos quintais de nossas casas. Eis o poema: A Árvore da Serra! As árvores, meu filho, não têm alma Esta árvore me serve de empecilho É preciso cortá-la, pois meu filho, Para que eu tenha uma velhice calma. Meu pai, por que sua ira não se acalma?! Não vê que me tudo existe o mesmo brilho?! Deus pôs almas nos cedros e cerquilhos Esta árvore, meu pai, possui a minha alma! Disse- e ajoelhou-se, numa rogativa: "Não mate a árvore, pai, para que eu viva!" E quando a árvore, olhando a pátria serra Caiu aos golpes do machado bronco, O moço triste se abraçou com o tronco, E nunca mais se levantou da terra!  Este poema dedico a todos aqueles que insistem em cortar nossas árvores, lembrando que nas minhas andanças na época da tragédia em alguns lugares só ficaram de pé... as araucárias... Precisa mais? Jorge Plácido Ornelas de Souza Nova Friburgo: vamos mudar essa história Sempre fui leitora assídua da Coluna Leitores On-line, por conta disso, acreditei que podia fazer mais e passei a externar minhas opiniões, sugestões, críticas, denúncias, enfim, participar mais ativamente. A exemplo dos excelentes comentários de outros colegas aqui na Coluna, muitas vezes destaco alguns, como é o caso da opinião pertinente de Wander Frauches de Andrade. O povo clama por respostas e, apesar de tentar compreender as dificuldades por que passa o Poder Público, elas devem ser rápidas e objetivas. Também acompanho as denúncias feitas por Jorge Plácido Ornelas de Souza e concordo plenamente com suas colocações. Que muita coisa precisa ser feita em Nova Friburgo, em decorrência, ainda, da tragédia climática de 2011, todos sabemos. Porém, sabemos também que o município precisa voltar a ser o que era há alguns anos atrás. Reaver sua beleza perdida, ser um local aprazível para todos, moradores e turistas. Essa mudança começa dentro de casa. Precisamos nos convencer que, no momento em que despertarmos para a destruição que nós mesmos temos causado à nossa cidade, aí será o momento da mudança. Essa consciência deve partir de nós moradores, nascidos aqui ou não, desse povo que ama Nova Friburgo e que tem procurado, incansavelmente, apontar todos os seus problemas e, muitas vezes, sugerindo soluções possíveis. Já comentei em outras oportunidades e vou reiterar minha opinião: devemos e podemos trazer para Nova Friburgo experiências de outras cidades espalhadas pelo país, de situações em que foram bem-sucedidas, em todas as áreas. Na educação, no trânsito, na cultura, no turismo, enfim, na correta aplicação do dinheiro público. Não vejo vergonha alguma em aproveitar bons exemplos. Sei de ótimas experiências no sul do país, outras em algumas cidades paulistanas. Algumas cidades criaram atrativos específicos e tornaram-se referência turística. Podemos oferecer bem mais que a beleza natural de Nova Friburgo, desde que haja união do Poder Público e Iniciativa Privada. Temos empresários visionários, antenados e dispostos a ajudar. Essa é a hora da mudança! Amanda Fagundes Cachoeira no inferno Carlinhos Cachoeira tem muitos motivos para estar deprimido. A Justiça o mantém preso, sem o sonhado habeas corpus, mesmo ele pagando milhões ao advogado Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro de Lula e do PT. Seu amigo e protetor, Demóstenes Torres, perde o mandato de senador e, justamente, para o ex-marido da atual mulher, o empreiteiro Wilder Morais, que ainda deve ter triste lembrança do tempo que Cachoeira começou a paquerar Andressa por torpedos, e-mails e presentes supercaros. Finalmente, a CPMI, que leva seu nome, promete não lhe dar trégua, investigar aliados e convocar gente graúda ligada ao contraventor, devendo jogar tudo no ventilador. Como dizem que uma coisa ruim nunca vem sozinha, no caso de Cachoeira a maré não está pra peixe. Seu caso deve se tornar um dos mais emblemáticos que o país já viu, mesmo porque o Congresso Nacional passa por um momento tão delicado que, possivelmente, ele vai viver, nos próximos meses, um inferno astral tão grande que nem todo seu dinheiro e “prestígio” poderão livrá-lo da cadeia. João Direnna Quissamã - RJ Saúde Venho mais uma vez a este grupo defender nosso sofrido hospital e seus funcionários. Na data de ontem, minha filha necessitou de um atendimento de urgência neste nosocômio, indo inclusive, para a sala de trauma. Pois bem, foi atendida com excepcional atenção pelo médico pediatra Dr. Rubens e pelo Enfermeiro Marcelo, aos quais, foram os primeiros a atendê-la, mesmo com o hospital cheio; o referido pediatra deu toda a assistência junto a minha filha durante todo procedimento realizado, inclusive, me explicando de forma objetiva o que estava sendo feito. O Enfermeiro Marcelo, foi de uma educação e gentileza, que contradiz tudo o que é falado deste hospital, procedimento feito, fomos encaminhadas para o repouso na pediatria, onde encontramos duas profissionais, com letras maiúsculas, que nos acolheram com competência, carinho e respeito! Não cito os nomes das mesmas, pois não os sei de cor, mas gostaria de deixar um recado tanto para a diretoria do hospital, quanto para o Secretário de Saúde: São estes tipos de profissionais que me fazem ter fé que nosso hospital ainda tem jeito. Parabéns a todos e muito obrigada! Adriana Boy Temporização de sinais Amigos da Autran, gostaria de alertá-los sobre o perigo que ocorre ali próximo a rua Leuenroth, chegando na praça do Paissandu, aqueles sinais de pedestres que se encontram nestas vias estão sem sincronia, veja bem, os dois abrem simultaneamente pra a travessia de pedestres, tanto o da rua que segue para o viaduto, quanto a que desce do viaduto, até aí tudo bem, estando ambos abertos as pessoas começam a atravessá-los, aproximadamente trinta segundos depois, o da rua que da acesso ao viaduto fecha, fica vermelho, no entanto o outro da rua que vem do viaduto permanece verde, aberto para os pedestres, o perigo é que quem está atravessando do sentido da rua Leuenroth tem que parar se estiver na divisória da pista, sob o risco de ser atropelado, isto prova mais uma vez que gerenciar ruas como GPS, não dá certo, GPS, monitora rua, não pessoas... por favor, olhem para esta inconveniência, aproveitando verifiquem aqueles obstáculos que separam as duas pistas, precisam ser realinhados, pois estão permitindo que carros e motos façam um conversão muito perigosa, evitem deixar entre eles um espaço livre, cerque-os, isole-os com canos... vamos evitar acidentes! Jorge Plácido Ornelas de Souza Autran Gostaria de parabenizar a Autran pela nova contratação, Zezinho da Paz (ex-vereador de Nova Friburgo), era ele quem estava organizando o trânsito nos sinais da padaria Ouro Preto (Jardim Ouro Preto) hoje às 6h40. Os sinais estão sem funcionar desde ontem e não se vê um carro ou funcionário do órgão (IN) competente fazendo nada. Desculpem-me, não é nada pessoal, mas acho que vocês podem fazer mais por Nova Friburgo. Flavio Pinheiro Pedretti Saúde 2 Esta semana vi na fila da Defensoria Pública uma senhora desesperada por obter do município um medicamento essencial para mantê-la viva. Ela estava profundamente descontrolada, pois temia morrer a qualquer momento, já que estava sem o medicamento e já havia passado mal duas vezes naquele dia. Assim há inúmeros casos. Outro dia um médico me afirmou que não havia sequer esparadrapo no Raul Sertã. Outro dia li neste jornal sobre uma reunião do prefeito com os vereadores a respeito do caos na saúde pública do município. Hoje leio neste jornal que o secretário de Olaria comemora a licitação de obras no valor de 7 milhões. Concordo que contenção de encostas é obra necessária e urgente. Mas construção de galpão, reforma de praça e recapeamento de ruas jamais poderiam ser mais importantes do que a vida de cidadãos. Entendo que são obras importantes e necessárias, mas não mais urgentes do que a saúde pública. Que país é esse? Claudio Fonseca Mudança de atitude Sr. prefeito, há várias semanas tenho solicitado a execução da revitalização da praça Getúlio Vargas. No entanto, nada é feito, simplesmente, se esconde na moita da zona de conforto dos "poderosos", algumas vezes tem coloca a cabeça para fora e diz que está em fase de projeto e com o passar do tempo não se vemos tornar-se numa atividade. Com isso, Sr. Prefeito, ontem já caiu uma árvore de 30 m, que sorte foi em horário sem movimento e também pela direção que desabou, imagine se fosse de dia, fatalmente teríamos pessoas machucadas ou até pior e onde fica a sua consciência e de seus asseclas, portanto, dê atenção aos indicativos dos seus admiradores, não espere que outras árvores venham cair na cabeça das pessoas ou quem sabe das nossas? Wander Frauches de Anadrde Patutos real life Soube que o artista Rafael Araujo www.facebook.com/patutos.real.7  está com uma exposição marcada no Centro de Arte de Nova Friburgo, do seu personagem "Patutos Real Life". Gostei muito de saber e convido a todos, principalmente professores de arte dos colégios do nosso município, para que levem seus alunos à exposição! Período: 31 de agosto até 26 de setembro de 2012. Leandro Navega Leitor pergunta Quando requisitei meu cartão de idoso, fui obrigado a apresentar xerox dos meus documentos pessoais e documentos do carro para ser cadastrado, desde este dia dúvidas me atormentam, posso estacionar com este cartão em qualquer vaga, mesmo que não seja de idoso? Posso usar meu cartão de idoso em qualquer carro mesmo sendo o que não foi credenciado por mim? Meu filho, parentes ou amigos podem usar meu cartão? Este cartão pode ser usado para outro carro por outra pessoa?... Creio que estas dúvidas atormentam vários idosos como eu, portanto gostaria que a Autran ou a Secom me esclarecesse. Aguardo resposta através desta coluna para que todos tenham suas dúvidas esclarecidas! Obrigado! Em suma: este cartão é do carro ou do idoso? Jorge Plácido Ornelas de Souza
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