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Leitores - 18/03/2014
terça-feira, 18 de março de 2014
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Nosso cotidiano
Nossa cidade é mesmo diferente das outras, ou talvez não seja, ou talvez seja por que moro aqui e amo ela. Talvez seja igual a muitas outras, de tetas férteis, que muita gente – políticos – avidamente vive sugando. Uma cidade de passado histórico e rico, que está com seu presente e seu futuro comprometidos justamente porque não respeita este passado glorioso, porque não tentam resgatar a história desta cidade. Tudo está sendo jogado no Rio Bengalas, jogado fora. As autoridades não estão nem aí! Não fosse a ação, a intervenção de poucos, não nos restaria esperança. Entre estes está o grupo Gama, comandado pelo Jaburu. Excelente, grande atleta do futebol e basquete!
Mas vejamos o que acontece:
1 - Muitos criticam a coleta de lixo feita pela EBMA. Talvez sejam aqueles que vivem descartando lixo nas calçadas, antes ou bem depois do caminhão passar. Aqueles que descartam nas calçadas todo tipo de lixo, cama, televisão, armários, estrados e até lampião aceso. Estes criticam porque não recolheram estes lixos que, na verdade, não é obrigação do caminhão recolher. Na minha rua, passam religiosamente, às vezes um pouco atrasados, mas passam. Porém, o que nos encanta é a alegria com que estes garis que vivem pendurados nos caminhões trabalham, um corre-corre danado. E como nos assustam, para depois rirmos daqueles gritos malucos que até parecem sirenes. São muito simpáticos e divertidos! Trabalho lindo e abençoado de todos vocês, garis!
2 - Depois que me aposentei, passei a andar de ônibus, pois cansei de procurar vagas de idosos, sempre ocupadas por quem não tem direito a elas. E ver vagas de deficientes físicos ocupadas por deficientes mentais, eta Zero. Zero à esquerda! Mas vamos ao que interessa. O carinho dos passageiros – mais os idosos – com os motoristas de ônibus me alegra. Isto é recíproco, parecem famílias. Acreditem, tem passageiro que embarca no ônibus não pela sua cor, não pelo itinerário ou número da linha. Embarcam pelo motorista. É muito comum quando o motorista faz outra linha; eles embarcam... e ficam. Cabe ao motorista, antes de dar partida, dizer pra eles, sempre sorrindo gentilmente, que este não é ônibus deles. Descem sem brigar, sorrindo, pedem desculpa! É muito legal isso!
3 - Outra situação são nossas árvores, ribeirinhas ou marginais, as nossas ruas, um cotidiano bonito, florido, perfumado... a não ser que o bicho-homem tenha passado por ali e feito uma poda. Poda? Isso nunca foi poda. É destruição! Reparem que todas as árvores floridas e bonitas, de copas verdejantes, não foram tocadas pela mão do homem. Aquelas que deveriam ser tocadas, pois estão cobertas de parasitas, não foram. Estão agonizando, morrendo diante da indiferença e incompetência de algumas secretarias que até hoje não sabem por que existem, não sabem o que e como fazer! São indiferentes à destruição do verde que está acontecendo em Nova Friburgo!
Jorge Plácido Ornelas de Souza
Ponto de Vista 1
Excelente matéria; parabéns redação e entrevistado.
O que me entristece é que fato tão relevante não tenha sido lido nem mesmo por dez por cento dos leitores deste tão grandioso jornal.
Sabem por quê ? Dr. Henrique, antes de o Sr. propalar o ensino de história nos bancos escolares, deveríamos lutar para que nossos alunos aprendam a ler. Sim. Eu disse "ler”, uma vez que torna-se impossível exigir compreensão histórica quando nossos alunos – e muita vez, nossos professores – não são capazes de escrever ou ler um simples parágrafo.
Então fica aqui registrado o meu grito de tristeza ao notar que o campo de visualização da maioria de nossa sociedade não passa da distância entre ela e a tela deste maldito "big brother”.
Mesmo assim, faço questão de enaltecer tão belo trabalho da nossa Voz da Serra.
Sergio Pereira
Ponto de Vista 2
Não tive oportunidade de ler algum livro de Henrique Bon. Mas, do que li a respeito do escritor, apresso-me em externar o meu agrado pela maneira clara como expôs suas ideias a respeito da história recente do país. O que devo dizer é que não vejo com bons olhos constarem em aulas de história "temas cruciais relacionados ao passado recente do país”. Penso que não seria oportuna tal iniciativa. Acredito também que não seria "pelo fato de alguns fantasmas estarem vivos e continuarem, pela presença física, nos assombrando”, mas porque pesquisas ainda precisam ser feitas e muitos fatos não estão bem esclarecidos. Por outro lado, com o advento da Internet, buscas escolares sobre o assunto podem ser feitas pelos interessados na história do Brasil pós-64. Quase que diariamente, jornais publicam notícias ocorridas há meio século. Os fatos publicados dão uma noção bem detalhada do que levaram as forças do país a mudarem o rumo da nação. Por fim, dou os meus parabéns ao friburguense Henrique Bon por seus trabalhos e por ter abordado um tema de relevância, cheio de mistérios e, por que não dizer, complicado.
Mário de Macedo Cristino
Sessões da Câmara
Todos os dias fazemos escolhas que se refletirão nos rumos de nosso destino. Participar das sessões da Câmara de Vereadores é exercer essa escolha do voto que fizemos, do começo ao finalzinho. Decidir por participar pode mudar toda a história. Quem vai lá assistir aos debates percebe claramente: quando a casa da democracia está lotada, como é o caso de ontem, a voz do povo se faz ouvir e os votos são favoráveis às suas necessidades. A subsecretária de Educação, Patrícia Pimentel, foi convidada a comparecer à Câmara para prestar esclarecimentos aos professores sobre as dificuldades encontradas para cumprir o acordo feito com a classe. Pena foi que pouca gente ouviu o que veio depois. Edson Lisboa, gestor da Secretaria da Casa Civil de Nova Friburgo, a convite da vereadora Vanderléia. Muita gente levantou e foi embora quando ele deu início a uma simples e didática explanação sobre o processo pelo qual passam os projetos que queremos ver aprovados em nossa cidade. Bons projetos saíram do fundo das gavetas, independente de seu autor pertencer a este ou àquele partido, a este ou àquele governo. E foram concluídos, preparados e apresentados na Câmara. Se depender de sua equipe, existindo emenda, a verba não voltará aos cofres do governo por falta de definição ou por inviabilização dos mesmos. Edson, de forma muito tranquila, discorreu sobre a importância de se contar com uma equipe concursada, que possa dar continuidade aos projetos iniciados na gestão anterior. Fala também sobre o valor das discussões democráticas e das opiniões divergentes que tiverem como guia indiscutível o desenvolvimento da cidade, realizado de forma planejada e eficiente. Respondeu a cada vereador e, por tabela, a cada um de nós – tão cheios de dúvidas sobre a gestão – com toda a propriedade que só alguém que está profundamente inteirado de cada assunto que coloca em pauta, e que se interessa pelo serviço que presta, o faz. Sabe aquela sessão que você sempre sonhou ver? Foi essa. Sabe aquela vontade de ver e de ouvir todos os outros secretários discorrerem sobre o seu material de trabalho e sobre como estão encaminhando suas possíveis soluções? Essa é a nossa cidade. Todos os dias fazemos as escolhas que se refletirão em seu destino. Podemos fazer melhor se participarmos ao lado daqueles os quais elegemos. Podemos participar ouvindo. Principalmente isso. Ouvindo a nós mesmos, ouvindo o que lhes falamos e finalmente ouvindo o que eles nos falam. Lá. Nas sessões da Câmara.
Gilse Ventura Coutinho
Gestão municipal
É pra resolver! Alguém lembra quem usou esse mote para se eleger? Analisando a atual gestão municipal, me digam o que foi resolvido, o que melhorou na vida do cidadão em nossa cidade? Na Educação, não cumpriu o acordo trabalhista com os profissionais, não transformou uma escola sequer em horário integral como prometera, não realizou eleição para a direção das escolas – com medo – e para pagar as promessas (dívidas) aos cabos eleitorais. Na Saúde, já trocou de secretário ao menos três vezes, falta de tudo nos postos e nos hospitais, profissionais com salários abaixo da média regional, só efetivou os concursados por decisão do STF e ainda continua com déficit de pessoal, espalhou familiares e "afilhados” em vários cargos. Agora, demonstra todo o seu fascínio quando equipa uma GM de uniforme preto, boina e porrete na porta da PMNF durante manifestação dos servidores. Estes mesmos homens de preto não são vistos nas praças e ruas da cidade em horário comercial para aumentar a sensação de segurança da população. Onde já se viu um calor enorme e servidor da GM com farda preta? No nosso caso, nada explica esse uniforme, a não ser o fascínio pelo fascismo.
Alexandre Andrade
Caos na saúde
Entra secretário, sai secretário, e a saúde pública no município piora cada vez mais. O novo responsável pelo setor tem um estilo próprio: faz promessas a curto, médio e longo prazos. A curto prazo, algumas ‘’melhoras’’ já podem ser observadas, tal como a recolocação de uma lâmpada para iluminar a imagem de Nossa Senhora no jardim do Raul Sertã. E assim vai.
Ricardo Posenatto
Saúde e educação em greve
Realmente, a população desta cidade precisa de melhores condições de educação e saúde (os ônibus são problema da dona Faol, que fiquem expostos – quando comprados e não passa de obrigação da empresa – na frente da mesma em Conselheiro). O que vem ocorrendo na cidade durante esta semana comprova isso. Greve na Saúde (UPA de Conselheiro) e na Educação, por baixos salários e má situação de trabalho. A maquiagem, seja qual for, mais cedo ou mais tarde cai.
Sérgio Carlos Francisco
Safári
Reforçando as reclamações feitas sobre o Parque São Clemente, onde buracos estão caindo dos postes, incluo reclamação sobre a altura do mato. Mais um pouco e Nova Friburgo terá mais uma atração turística: Safári na selva friburguense. Ano passado, tive que fazer um requerimento para que a rua onde moro fosse limpa. Demorou quase seis meses para eu ser atendido. Assim sendo, a Secretaria da Fazenda deveria fazer requerimentos para receber o IPTU. A gente ia demorar muito para responder. É, porque Prefeitura aqui não tem, não é mesmo? Repito, ainda, que cada governo que entra é pior que o outro! E Nova Friburgo continua "bela viola no Centro, mas nos bairros não passa de pão bolorento”!
Semiramis Delling
Capina no Perissê
Missão impossível! Parece filme de drama ou de terror, mas infelizmente é fato! Já publiquei duas vezes neste conceituado meio de comunicação, A Voz da Serra, e obtive, da primeira vez, da PMNF, a resposta de que havia um organograma sobre a capina no Perissê para ser cumprido (isto antes do carnaval). Da segunda vez, pedi um cronograma teórico (ou organograma, como preferirem, também antes do carnaval). O carnaval passou e finalmente apareceram dois funcionários sob um forte sol fazendo a capina, mas como "uma andorinha só não faz verão” – neste caso, mudaria o provérbio popular para duas – fizeram parte da capina da rua. Nem sei como conseguiram. Estavam se esforçando, literalmente, para cumprir suas funções. Meus sinceros parabéns a eles. Mas a Rua Campos Salles está virando matéria de jornal. Verdadeiro abandono mesmo, somente somando para agravar as tantas crises que a PMNF vem enfrentando: não foi pedido meu, mas numa matéria deste jornal a foto da minha casa saiu. Ou melhor: o matagal que cresce a cada dia mais. Lendo na sexta-feira (14/03/2014) matérias neste jornal, fiquei aterrorizada, por isso acho que é filme de terror. Vamos mudar o "Missão impossível" para "A hora do pesadelo”. Caos na Educação, na Saúde e fotos de mais um bairro abandonado e esquecido. Liguei para a PMNF, pedi que transferissem minha ligação para a Secretaria Municipal de Serviços Públicos. Transferiram, mas eram mais de 9h da manhã e o secretário municipal de Serviços Públicos não se encontrava (não tenho acesso à agenda, mas como sou persistente, fiz a reclamação). Não vou usar o termo pedido; seria mais uma intimação, já que votei acreditando neste governo, votei em candidatos reais. É verdade que a urna é eletrônica, mas votei em pessoas que hoje estão à frente do governo, exercendo meu dever de cidadã. E como a esperança é a última que morre, mas na sexta-feira "morreu”, deixei meu nome completo, meu telefone e endereço para que pudesse ter um contato direto com o responsável pelo cumprimento do organograma. Deveria ter um serviço de protocolos para formalizar a reclamação (fica a sugestão de uma cidadã descrente). Nada! Hoje é domingo, dia 16/03/14, aproximadamente 10h30 da manhã. Vou pôr entre aspas para reproduzir fielmente a frase ouvida por mim, após a campainha tocar para um serviço social de voluntários que trabalham sem receber financeiramente – porque imagino como devem ter pessoas gratas – e a gratidão não tem preço, que Deus os abençoe sempre!
"A Prefeitura esqueceu de vocês. Acho que é pirraça! Eu mesmo fiz a capina da minha rua, mas cresceu de novo.” Ouço muito esta frase, não exatamente pirraça, mas descaso, abandono. Não pago para fazer a capina da minha rua. Os funcionários recebem para isso (não o que mereciam, pois não é fácil), o secretário também. Antes de chamar a imprensa (no caso, sei que posso contar com uma TV local que trabalha com imparcialidade e não se negaria a vir até aqui filmar, ouvir as reclamações e veicular), envio mais este e-mail. Enfim, o mato cresce. Os animais nocivos se alegram por terem mais um habitat e os animais defecam, atraindo as moscas, etc. Excelentíssimo secretário de Serviços Públicos, solicito o organograma aqui publicado com datas (especificamente da rua e do bairro aqui citados, com as datas: anteriores ao carnaval, já que tive aqui publicada uma queixa à época e tive como resposta uma afirmação de que havia um organograma que já estava sendo cumprido. Como votei neste governo e acredito que não escolheriam para um cargo de extrema importância uma pessoa que não fosse de extrema confiança e competência, aguardo a publicação da teoria para visualizar a prática. Obs: Fica aqui o desabafo de uma moradora deste bairro que tem tudo para dar certo, basta ser tratado com o devido carinho e respeito. Até a presente data do envio deste e-mail, a capina já havia sido feita em parte, me parece que na quinta-feira, 13-03-2014, e ...enfim.
Alessandra Pereira
A Voz dos Leitores
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