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Leitores - 18 de março 2011
domingo, 31 de julho de 2011
E as ações?
Estou estarrecido com os agentes políticos de nosso Município. Todos, ao que parece, querem em muito aparecer, porém, enquanto dezenas de tratores e caminhões ficam estacionados no Curral do Sol, lugares como Duas Pedras, Córrego Dantas e outros, estão abandonados. É muito fácil dizer que vai fazer, difícil é fazer. É ótimo costurar alianças políticas! É delicioso receber recursos! ... Mas e as ações? Onde estão as obras de drenagem? Não sei, posso até estar enganado, mas não tenho visto muita coisa sendo feita! Sou morador do ponto final de Duas Pedras e garanto que minha rua, minha casa e minha comunidade foram abandonadas. “Faz o que eu falo, mas não faz o que eu faço”. Vou me lembrar muito bem disso nas próximas eleições!
Elias Rocha Monteiro
Tragédias
A natureza cansou de ser devastada. Por todo o planeta ela se rebela. A ganância dos homens está recebendo uma resposta trágica e violenta. A tragédia no Japão nada mais é do que a prova insofismável de que a natureza está muito acima de toda a tecnologia da humanidade. Aqui no Brasil as tragédias naturais passaram a ser diárias. As grandes chuvas que acontecem seguidamente no sul e sudeste, e todos os outros fenômenos climáticos que estão surgindo, não deveriam ser surpresa para os técnicos no assunto. De forma genérica, só se fala no aquecimento global que afeta todo o planeta. Jamais mencionam o fato concreto que é o reservatório de Itaipú, criado artificialmente em 1982, com uma área total de 1.300 km2. No fundo do mesmo ficaram toda a fauna e flora local. O grandioso Salto de Sete Quedas ficou submerso. A formação deste lago não modificou apenas a geografia daquela área. Modificou todo o eco-sistema da região. Não é preciso ter nenhum mestrado em ecologia para perceber que tamanha agressão a natureza não poderia ficar impune. Em 1980, quando estava em Foz do Iguaçu, um engenheiro ambiental alemão disse uma frase que nunca esqueci: “Daqui uns 30 anos vocês vão começar a pagar por este crime ecológico que é o Lago Artificial de Itaipú”. Outros lagos iguais ao de Itaipú vem sendo criados por todo o Brasil ao longo do tempo. Os assassinos da natureza desmatam a região amazônica para ganhar dinheiro com a venda da madeira, criando pastagens para a engorda do gado ou para a plantação de soja. As florestas das nossas regiões serranas são devastadas para darem lugar às favelas ou residências e hotéis de alto luxo. As praias que foram aterradas para a construção de casas, hotéis e grande comércio começam a ser devastadas pela revolta dos oceanos. Todas essas ações criminosas são embaladas impunemente pela pior tragédia do Brasil: a corrupção.
Wilson Gordon Parker
Em busca do Boi
Com esse texto abaixo pretendo, respeitosamente, propor a cada um de nós, Novos Friburguenses de Sempre, buscar a Felicidade.
Proponho que cada um de nós, em seu tempo, respeitando suas prioridades e dentro da realidade pessoal de cada um, possa traçar metas que conduzam ao saudável, ao feliz e a recomposição de suas vidas.
Torço a cada dia que consigamos renovar nossas forças e redirecionar nossas óticas. Quero que cada um de nós possa concluir e aprender com tudo que passou. Penso que seja razoável entender que nós que ficamos de pé ficamos por uma boa razão.
Assim proponho que sejamos organizados e possamos fazer o que é nossa responsabilidade e cobrar o que for do Poder Público ou mesmo do vizinho.
O texto abaixo é uma metáfora, um linguagem mais suave para nós assimilarmos as mensagens.
Boa sorte para nós os Novos Friburguenses de Sempre!
Fraternalmente.
Leonardo Braz Penna
Em Busca do Boi
Conta uma história da tradição budista que um monge entrou em um vilarejo montado em um boi, e os habitantes da vila lhe perguntaram onde estava indo. Ele então respondeu que estava em busca de um boi.
As pessoas se entreolharam, intrigadas, e então começaram a rir. O monge se foi. No dia seguinte, de novo montando um boi, o monge voltou ao vilarejo. E de novo as pessoas lhe perguntaram o que buscava. ”Procuro um boi”, foi novamente a resposta. Outra vez o monge se foi, em meio ao riso de todos.
No terceiro dia o fato se repetiu: ”O que busca?”. E o monge, montado no boi, disse ser um boi o que buscava. Só que a piada já perdera a sua graça e as pessoas protestaram, dizendo: ”Olhe aqui, você é um monge, supostamente uma pessoa santa, sábia, e mesmo assim você vem aqui à procura de um boi quando, o tempo todo, é sobre um boi que você está sentado”. Ao que replicou o monge: ”Também assim é a sua procura de Deus”.
E assim é conosco. Tantas e tantas vezes saímos em busca de algo que estava conosco o tempo todo, sem que nos déssemos conta. Achamos que a nossa realização está em outro trabalho, outra profissão, outra família, outros amigos... E chegamos por vezes a partir em uma busca inútil quando, se olhássemos com um pouco mais de atenção - talvez com um pouco mais de boa vontade - para aquilo que já temos, descobriríamos que o ” boi” que tanto procurávamos, estava nos carregando todo o tempo.
É preciso olhar para frente, sim, traçar metas, segui-las. Mas sem perder a noção do potencial de realização e felicidade que está bem aqui, na nossa realidade presente.
Se você aprender a olhar para sua própria vida, pode descobrir que sua esposa, ou seu marido, ainda conserva muito daquilo que fez você se apaixonar há 10, 20, 50 anos. Que sua profissão continua tendo muito em comum com seus ideais de vida - apesar de seu desgaste, de seu cansaço.
Que seu trabalho ainda guarda chances e as perspectivas que tanto prometiam. Estão apenas um tanto encobertas pela poeira do tempo que passou, enquanto você esteve ocupado demais para aproveitá-las. A felicidade precisa ser perseguida. Mas muitas, muitas vezes, sofremos e choramos sentados sobre ela.
Vivas ao Raul Sertã
Em resposta à Sra. Adriana Boy, nada foi novidade.
Não fique espantada com o atendimento médico de Niterói, pois a cidade está totalmente abandonada e ao descaso, em todos os serviços.
Após a tragédia de Nova Friburgo, onde estávamos, nós descemos e meu esposo precisou de atendimento médico num hospital referência e com convênio pago. Pois bem, ele se sentiu perfeitamente numa UPA daqui da região metropolitana, onde recursos tanto para médicos quanto pacientes parece não existir e para onde vão, não sei.
Logo em seguida, ele necessitou de um ortopedista e estava morrendo de dor. Com um de talhe, junto com ele, estava meu filho que escolheu fazer residência médica. Nem mesmo uma medicação foi dada para aliviar a dor. Fizeram uma radiografia – e que procurássemos um ortopedista no dia seguinte.
Nada me espanta em Niterói e não vejo a hora de morar de vez em sua terra natal, onde apesar de tudo e da tragédia que ainda vivemos, vocês são melhores em tudo. Pelo menos, tentam, lutam para atrair turistas, recebem bem o pessoal que vem conhecer e acredito que a cidade sairá desta.
Só aconselho a não mais voltar. Nós não possuímos um modelo, um plano de saúde decente tanto municipal quanto estadual.
Sugiro que aproveitem o espaço ocioso da YPU e transfiram tanto a UERJ quanto a UFF para lá, e pensando numa faculdade de medicina aproveitando o Hospital Raul Sertã. Ganho para todas as áreas. É para pensar.
Um abraço Adriana,
Carmen Manangão
Força, minha gente
Tenho que concordar com o leitor Sr. Wilson Gordon Parker quando ele dignamente responde a outro leitor, sobre a sua visão quanto a situação atual da Líbia ou a de Nova Friburgo. Todas são muito complicadas e agora ainda surgem as novas notícias do devastador terremoto no Japão. Todas nos comovem muito. O que tenho a dizer é que nós Friburguenses nunca vimos tanta ajuda de todos os lugares e de todos os seguimentos. Pena é que tenho que ressaltar que nem todos pensam assim. Há alguns dias pude constatar, lendo nesta coluna, uma senhora moradora da rua Cristina Ziede reclamando de várias coisas, dentre elas pessoas desumanas rindo ou desdenhando da desgraça alheia e praticando outras atrocidades que nem bicho faz.
Eu mesmo já presenciei pessoas (se é que se pode pensar que são) desviando alimentos, água, roupas e muito mais. Coisas que se não fossem usadas pelo nosso povo, poderíamos doar até para o sul do país que atualmente está em uma situação parecida com a nossa. Me surpreende também no meio de tanta desgraça, o pulso firme de nosso Prefeito (e que continue à frente do executivo) articulando, sem birras políticas nem desavenças do passado. Só pensando no bem-estar de nosso povo. São com pessoas assim que amam nossa cidade que iremos conseguir superar tudo isto. Só deixando de lado os mesquinhos e aproveitadores que DEUS com certeza está vendo que vamos conseguir nos REERGUER. Um dia desses estava lembrando de meu Avô Sebastião Cardoso, sentado em frente ao prédio em que ele tinha um comércio na praça Getúlio Vargas e relembrando tudo o que minha Mãe e meu tio Pedro Américo sempre me falaram dele. De sua honestidade, de sua honradez e de seu incontestável amor por Nova Friburgo. Deu-me mais força para continuar sendo Friburguense. Força, Minha Gente, vamos levantar nossa cidade!!!
Gustavo Cardoso Lara
Telefone fixo
Desde a tragédia acontecida na nossa cidade, estamos (praticamente) toda a cidade sem telefone fixo. A Oi ofereceu um celular que também não funciona. Não vejo nenhum empenho da prefeitura em pressionar a Oi, que não está nem aí para o problemão. Que será de nós friburguenses?
Ione Finker
Pobre Nova Friburgo
Se já estava difícil a reconstrução, agora é que não sai mesmo, diante das novas catástrofes – leia-se Japão e, em menor grau, Paraná. Com a mudança do foco da mídia, vamos cair no esquecimento. Agora a Região Serrana já não dá Ibope. Ou seja, vamos ficar à mercê de nossa própria sorte. Estamos fadados a ficar dependendo de disputas políticas mesquinhas que só trazem o atraso para a cidade. Tudo para Nova Friburgo é mais difícil, qualquer tipo de obra depende até da mão de Deus. Porque se depender de nossos mandatários não sai nada.
Marcelo Thurler Machado
Perda de tempo e dinheiro
Não entendo porque a Alerj criou uma comissão para verificar de quem é a culpa de tantos mortos e prejuízos em Nova Friburgo. Isto é uma perda de tempo e dinheiro. Todos nós sabemos de quem é a culpa: Alencar Barroso, Paulo Azevedo, Heródoto Bento de Mello e Saudade Braga.
Pois todos os imóveis em área de risco pagavam IPTU e a Prefeitura sempre forneceu os referidos carnês e recebeu o dinheiro. Os engenheiros e os fiscais que deveriam estar em campo fiscalizando estavam dentro da Prefeitura.
Lucia de Abreu Rodrigues Jose
Friburgo Shopping, problema que se arrasta!
Venho aqui mostrar minha indignação com relação aos elevadores e escadas rolantes do Friburgo Shopping, situado na Praça Presidente Getúlio Vargas. Está uma vergonha. Entrei em contato com a administração do shopping no dia 03/03 e os mesmos informaram que não existe previsão de quando se normalizará o funcionamento.
Não estou aqui me expondo por nada, simplesmente tenho uma sobrinha cadeirante e já por duas vezes passei por situações constrangedoras para conseguir levá-la ao cinema; a primeira vez, educadamente fui pedir informações ao segurança que fica na porta do shopping de como eu poderia subir, e o próprio me informou que não poderia subir a pé pela rampa do estacionamento porque era proibido e perigoso. Agora, eu pergunto: subo com ela como, então? Nas costas ou de helicóptero???
Estou reclamando não só pelo constrangimento que passei, mas também estou representando aqui tantas outras pessoas que passaram pela mesma situação; pessoas idosas, mães com carrinhos de bebê, cadeirantes, enfim, todos que necessitam deste serviço!
Não adianta a administração do shopping alegar que o não funcionamento do elevador e das escadas é devido aos transtornos ocorridos pela enchente de janeiro, pois este problemas já não vem de hoje! Cansamos de subir a rampa do estacionamento empurrando a cadeira de rodas pois minha sobrinha fazia aulas com Bibiana de Sá, e cansamos de reclamar também... enquanto nada era resolvido.
Concluindo, isso é uma falta de respeito com os deficientes, todos têm o direito de ir e vir! Será que ninguém da administração do Friburgo Shopping ouviu falar em acessibilidade???
Desiré Abrahão dos Santos
Resposta do Friburgo Shopping
Agradeço desde já a atenção dispensada ao nosso empreendimento.
Entendo que a cliente tem toda a razão, entretanto o nosso problema quanto ao elevador que atende aos 5 andares do prédio ficou muito danificado pela enchente (a casa de máquinas é instalada no subsolo do prédio e ficou submersa), e com isto há peças e equipamentos eletrônicos que foram perdidos e que só existe reposição sob encomenda, bem como a empresa que prestava o serviço regularmente não vem nos atendendo de forma adequada (já estamos buscando outra empresa que nos atenda, mas como a grande demanda em toda a região pelo fato ocorrido não existe tempo nem mão de obra para superior a grande necessidade gerada).
Estamos trabalhando muito em buscar uma solução para este problema, procuramos empresas de todos os portes, grandes, médias e pequenas, mas a dificuldade é geral. Só para ilustrar, já cogitamos um equipamento todo novo, mas só há previsão de entrega em 6 meses, e não temos este prazo.
Pedimos desculpas pelo transtorno que vem ocorrendo, não só pela sobrinha da Sra. Desiré, mas a toda a população de Nova Friburgo, idosos, gestantes, pais com crianças de colo e etc, que são nossos clientes costumazes e necessitam do nosso Shopping em condições de atendê-los.
Agradeço mais uma vez a oportunidade de nos explicar.
Atenciosamente,
Eliandro Gripp Costa
Superintendente Friburgo Shopping
A Voz dos Leitores
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