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Leitores - 16/08/2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
O meio ambiente pede socorro
Desde que comecei a escrever para esta coluna, Leitores On-line, não consegui mais parar. Pessoas me encontram na rua e pedem para que eu seja portador de suas reclamações. Às vezes não dispõem de tempo para escrever, às vezes não possuem meios, enfim, o fato é que virei sem querer querendo porta-voz destas pessoas, pessoas de um povo sofrido e bom. Sempre que a reclamação for pertinente a Nova Friburgo, sempre que for procedente, escreverei sim, por que não escreveria?... E desta vez não foi diferente: um casal de amigos idosos, que mora na rua Felipe Camarão, próximo ao número 1251, pediu-me para ser portador de três reclamações:
1- Nesta rua existem vários jacus (pássaro nativo, formoso), que sempre visitam a rua em busca de alimentos, pois os homens estão acabando com a fonte de sobrevivência destes pássaros. No entanto existe lá um senhor, crente, servo de Deus, que tem por hábito fazer armadilhas para capturar esta lindas aves. O que causa revolta nestes amigos que tenho é que, segundo eles, este discípulo de Jesus tem condição de comprar carnes. No entanto ficam assassinando estas aves para que lhes sirvam de alimento, mesmo que não tivessem condição não justificaria este procedimento cruel e covarde, passaporte para o inferno... Eles pedem que, por favor, o Ibama faça incursões nesta rua para acabar com esta covardia, com esse crime ambiental.
2- Eles pedem também que a Polícia Florestal vá até esta rua pois ela teme que muitas araucárias serão derrubadas, aproveitando a ocasião que haverá cortes de eucalipto na região... Salientou que várias araucárias já foram assassinadas nesta rua... Por favor, Polícia Florestal, fique de olhos abertos.
3- Outra situação que os está incomodando e eles não conseguem reclamar com ninguém é a questão de diversas árvores estarem cobertas de erva de passarinho, que acabará por matar estas árvores (erva de passarinho é um parasita que gruda nos caule das árvores, suga todos os nutrientes da planta, acabando por matá-la). Ela pede então que seja feita uma limpeza nestas plantas, antes que seja tarde... Sei que retirar da administração pública os parasitas é muito difícil, estão bem camuflados... mas das árvores é fácil removê-los, afinal, nossa cidade nunca precisou tanto de árvores. Por favor, departamento de jardinagem da prefeitura, faça-nos este favor! O meio ambiente lhes agradece!
Jorge Plácido Ornelas de Souza
Operação tapa- -buracos em Cordoeira
Da mesma forma que utilizo o espaço dado aos leitores pelo Jornal A Voz da Serra, através da Coluna Leitores On-Line, para agradecer determinada solicitação que tenha sido atendida ou alguma resposta a algum questionamento feito por mim ou pelos colegas, também a utilizo para a denúncia, para reiterar pedidos, apresentar sugestões, anseios e necessidades das comunidades de nosso município. Na edição nº 8.078, de 04 de julho de 2012, fiz um apelo ao responsável pela manutenção nas vias do bairro Cordoeira, especificamente na Rua Emília Falchetto, cujo problema estava se agravando e causando transtornos aos motoristas e transeuntes que utilizam aquela via. Naquela oportunidade o Secretário informou que “o Governo Municipal tem enfrentado dificuldades em manter a usina de asfalto em funcionamento constante, mas a operação tapa-buracos não parou e a proposta é alcançar este alvo até o fim do ano”. Pois bem, já se passou mais de um mês e nada foi feito no local mencionado por mim da referida rua, que localiza-se nas mediações do número 272. Talvez quando, por conta da situação relatada, um acidente ocorrer, envolvendo vidas, alguma providência seja tomada. Não estamos falando no asfaltamento de uma rua inteira, pelo contrário, estamos falando de um pequeno trecho, situado numa curva, cujo asfalto soltou-se e vem oferecendo um risco enorme aos motoristas e às pessoas que utilizam a via. Como dito anteriormente, ônibus descem naquele local, não há visibilidade pra quem está descendo, nem pra quem está subindo. Se um veículo se vir forçado a utilizar a contramão pra sair dos buracos pode colidir com outro veículo que esteja na mesma mão, causando um grave acidente. Reitero o pedido porque já vi uma situação dessa acontecer naquele mesmo local, felizmente, não levando pessoas à óbito, porém, não vamos esperar que aconteça pra que seja tomada uma providência efetiva, não é verdade? Com relação ao correto funcionamento da usina de asfalto, e já foi fruto de um comentário anterior meu, continuamos esperando, já que, em resposta, na edição de 21 a 23 de julho de 2012, o Secretário informou que “neste momento, a Prefeitura está providenciando todos esses elementos para que a Usina volte a funcionar sem que haja paralisação e volte a atender todas as demandas de asfalto do município”. Gostaria de esclarecimentos do ilustre Secretário, que, tenho certeza, está tentando fazer um bom trabalho em sua pasta, de quando, efetivamente, a Operação Tapa-Buracos voltará a ocorrer nas vias de Nova Friburgo e especificamente no local apontado novamente por mim: bairro Cordoeira, Rua Emília Falchetto, na altura do nº 272.
Amanda Fagundes
Código pela vida
Se o Senado usar de bom senso e fizer o que a maioria da sociedade deseja – como nem sempre acontece –, algumas das mudanças na legislação do novo Código Penal poderão melhorar – e muito – a vida de todos. Aprovadas, por exemplo, a diminuição da maioridade penal, a tipificação do crime de enriquecimento ilícito e penas mais específicas para os crimes praticados pela Internet e aqueles contra a humanidade e direitos humanos, deverão diminuir a violência praticada pelo “dimenor”, ou assumido por ele, enfrentar a epidemia de crimes contra a administração pública, cuja corrupção se encontra desenfreada e a cada dia mais atraente e inibir os que se escondem por trás da tela de computador para cometer perversões, incitar a violência ou levar algum tipo de vantagem. Entretanto, outros temas polêmicos deverão promover debates acalorados como a proposta de descriminalizar o plantio, compra e o porte de qualquer tipo de droga para uso próprio (sob condição de a quantia ser equivalente a cinco dias de uso) e da ampliação das regras para que a mulher possa realizar aborto sem que a prática seja considerada crime, correndo o risco de não passar. Há muito, o país clama por mudanças no Código Penal que, salvo pouquíssimas mudanças, permanece inalterado desde 1940, obsoleto e arcaico mesmo, necessitando urgente atualização e compatibilização pelas transformações de meios e costumes do mundo inteiro. E esta urgência, extremamente necessária e útil, não deveria ser adiada ou emperrada nem mesmo pelo recesso branco das eleições (que escolherão prefeitos e vereadores) aliás, bem inferior na hierarquia de valores da sociedade brasileira.
João Direnna
Quissamã-RJ
A Voz dos Leitores
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