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Leitores — 16/07/2015
Eucaliptos da praça
Hoje resolvo voltar ao assunto dos eucaliptos da nossa Praça Getúlio Vargas, após ler a matéria publicada ontem em A Voz da Serra — aliás, bem elaborada, ressaltando as fotos dos brilhantes fotógrafos — e o pensamento de que a sua antiga paisagem está só na lembrança.
Por coincidência ou não, ontem à tarde estive na praça, e deixando de lado o quanto pude as “velhas lembranças”, comecei a observar a resposta que a natureza está nos dando após a “chacina ambiental”. Os eucaliptos estão brotando! E sua brotação formando belos arranjos, querendo nos mostrar que havia vida naqueles que, condenados pela mão humana, nem tiveram a oportunidade de um julgamento mais honesto. Fiquei então a pensar no quão grandes são os ensinamentos da Mãe Natureza, e o quanto nós humanos ainda temos que aprender e respeitar.
Embalada no assunto, fico a pensar se todos os outros recantos, espaços culturais e turísticos que estão precisando há algum tempo de reparos também vão ficar à espera eternamente, ou “só na lembrança...”, com a desculpa de que é preciso se ter grandes investimentos, como o Centro de Artes, as estátuas da Praça Dermeval e a própria, que já foi reformada e está quase destruída, do restante do teleférico, do anfiteatro anexo ao Teatro Municipal, e outros.
Será que Friburgo, cantada em prosa e verso mundo afora pelas suas belezas naturais, clima e outros atributos, terá que carregar o estigma de “cidade inacabada”?
Visitando outras pequenas cidades interioranas do nosso país, e admirando seus prédios antigos bem conservados, seus espaços a céu aberto tão bem tratados, fico a pensar por que Friburgo tem que ser “muderna”, e seus gestores sempre a esperar grandes verbas para a execução de grandes projetos, para desconstruir o que construído está, e que é só conservar, revitalizar.
Enfim... fica aí o pensamento — e até muito a contragosto, um pouco de lamento, de uma friburguense apaixonada que ainda tem a esperança de ver uma Friburgo reconstruída, orgulho de todos nós e refúgio para os turistas que vêm para cá buscando algo bucólico, e não um protótipo de cidade grande com os seus transtornos.
Vera Regina Veiga da Gama e Silva
Incêndio criminoso
Começaram cedo os incêndios criminosos. Como sempre tudo ocorre nas avenidas da morte (Galdino do Valle e Comte Bittencourt ). Mortes das matas, mortes no trânsito, mortes de eletrocutados nos postes, morte do meio ambiente, morte do respeito ao próximo...
Mario Guilherme Campos
Vamos falar da saúde
No dia 27 de junho passado, ocorreu a Plenária Municipal de Saúde com intuito de que gestores da Saúde e o Conselho Municipal de Saúde ouvissem a população e todos juntos pelo menos tentassem uma solução para a crise da Saúde em Nova Friburgo. A divulgação que foi feita foi tímida, mas constante, até porque houve a participação maciça dos meios de comunicação locais — o público presente foi muito aquém do esperado.
Na última sexta-feira, 10 de julho, aconteceu a audiência pública sobre a situação da Saúde. Esta audiência foi divulgada, vários convites enviados pelo gabinete do vereador que propôs a audiência. Resultado: um público menor ainda. Não se pode contar nem com a maioria dos vereadores. Estiveram presentes quatro vereadores, três assessores representando os seus respectivos vereadores e a ausência de dois vereadores justificada por motivos de doenças, ou seja, novamente foi perdida a oportunidade de discutir a Saúde.
Entendo que, apesar de muitas críticas em relação a situação da saúde no município principalmente por “pasquins” online de credibilidade duvidosa, a situação precária da Saúde de Nova Friburgo não é prioridade no momento, esperemos até o ano que vem, que é um ano político. Obrigada
Ilma Santos
A Voz dos Leitores
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