Leitores - 16 a 18 de abril 2011

domingo, 31 de julho de 2011
Reconstrução de Nova Friburgo Realmente Nova Friburgo precisa de uma reconstrução, não somente na infraestrutura, mas também na política. Penso que o povo friburguense tem que refletir mais na hora de votar, não se deixando levar por promessas que nunca serão feitas. O segredo para eleição é fácil, basta ter uma TV e falar aquilo que o povo gosta. Mas lembre-se, se só falar, cumprir é um simples detalhe que não tem tanta importância assim. Maycon B. de Almeida Agora eles vêm com o Condenf A prefeitura criou o Condenf — Conselho de Desenvolvimento de Nova Friburgo — que promete: “Desenvolver estudos e projetos para uma Nova Friburgo melhor”. Lembro que após a catástrofe o governador criou o GERRS — Gabinete Executivo de Reconstrução da Região Serrana — que prometia: “Acelerar a contratação de serviços e aquisição de materiais para as obras de reconstrução”. Foi nomeado coordenador o prefeito de Bom Jardim, Affonso Monnerat. Depois disso não se ouviu falar mais nesse senhor, e hoje ninguém sabe dizer o seu paradeiro. Outra! Na mesma época, os prefeitos de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis criaram o CI — Consórcio Intermunicipal. Que prometia: “Integrar ações, elaborar projetos e captar recursos para a reconstrução das cidades”. O que fizeram? Nada! Por tudo isso, desconfio desse Condenf. O problema é que a paciência do cidadão decente que sustenta o governo com seu dinheirinho labutado está no limite. Então, que esse Condenf não fique só na promessa como os seus irmãos GERRS e CI — e faça! E trabalhe!!! Ricardo Posenato Os ônibus Os ônibus da Faol que ficam parados próximos ao Fórum estão fazendo com que os passageiros fiquem desorientados quanto ao ponto ali localizado. Isto porque os tais coletivos ocupam todo aquele espaço, fazendo com que os passageiros tenham que se deslocar até o meio da avenida, o que deverá com certeza resultar em algum acidente sério. Jader Gomes Dias Curral do Sol O Curral do Sol, em Duas Pedras, foi transformado em sucursal do inferno. Todos que passam por lá testemunham a bagunça e o caos provocado pela empreiteira Delta e pela cumplicidade da omissão da Prefeitura. Lama, barro, poeira e medo passaram a ser do convívio diário dos moradores. Desde o fatídico 12 de janeiro caminhões e mais caminhões ininterruptamente depositam todo o tipo de material retirado de deslizamentos. São colchões, cadeiras, material de confecções, pneus, carros retorcidos e lama, muita lama. Máquinas movimentam continuamente o lixo formando montanhas assustadoras e fazendo o chão tremer com o seu movimento repetitivo e com o som agudo do sinal de marcha à ré invadindo o nosso dia a dia. O cheiro de detritos em decomposição invade o ar, não nos deixando esquecer de sua presença. Quando reclamamos que os caminhões, máquinas e lama estavam muito próximos às casas, obtivemos como resposta do engenheiro ”responsável” que as nossas casas é que não deveriam estar ali. Quando ocorriam chuvas intensas era comum o pasto alagar, mas, depois, tudo voltava ao normal, pois o seu nível era mais baixo do que a rua. E agora? Com o nível de lama e detritos muito acima da rua, como ficaremos? Sabemos que existem pessoas que estão em situação mais delicada, que perderam suas casas ou a vida de entes queridos. Mas, por causa disso, não podemos ficar aguardando sem reclamar ou reivindicar o que é de nosso direito. Queremos que nos expliquem o que vai acontecer com a montanha de entulhos e lama. Quem será responsável pelas consequências do aterro descomunal? Quando tornar a chover intensamente o que acontecerá? A montanha de entulhos invadirá as nossas casas, possivelmente até derrubando-as, ou, antes do período de chuvas este problema já estará solucionado? Se não existia este problema (o aterro) por que criá-lo? Aguardamos respostas antes que nova tragédia ocorra e os responsáveis (ou irresponsáveis) não estejam mais aqui. Hoje, caminhões espalham os restos que ficam agarrados em suas carrocerias pelo asfalto e ruas adjacentes. O sinal de trânsito virou adorno, pois funcionários da empreiteira saem sinalizando com bandeirolas ou cones, a seu bel prazer e arbítrio, e a poeira não deixa vê-los nem ao semáforo. Transitar pelo local a pé ou de bicicleta é impossível, pois o arremedo de calçada que existia foi ignorado e destruído pela empreiteira, assim como o acostamento. A sujeira no local é um reflexo do abandono da cidade, pois se uma rodovia em que transitam todos os carros que atravessam o município se encontra nessa situação, naquele trecho, como convencer a população de que o restante da cidade está sendo recuperado? Estamos abandonados ou é impressão nossa? Estamos sendo injustos ou realmente só estão pensando em desfile de escolas de samba no aniversário da cidade? Onde estão os garis da Prefeitura? Onde estão os funcionários que ”tocam” as obras? Onde estão todos??? Queremos ver a prefeitura limpando as ruas, os bueiros, as calçadas. Pelo menos isso! Queremos ação! Queremos respostas! Afinal só faltam oito meses para o retorno do período de chuvas... Francisco Matela Nova Friburgo atravessando as trevas Nossa querida cidade esta passando por um período nebuloso de sua história — história que foi construída com o suor dos descendentes de vários povos, que muitos historiadores locais omitem em suas páginas. Nosso município não é diferente dos milhares que existem em nosso país, principalmente os do interior, onde o coronelismo existe até hoje disfarçado de Doutores. Estes coronéis doutores que sempre brigaram entre si pelo poder político local nunca se preocuparam em primeiro lugar com o desenvolvimento de sua cidade e seu povo, e sim em angariar terras e fortunas para si e seus descendentes. E hoje em dia o que nós estamos vendo acontecer em vários municípios de nosso país, e principalmente em nossa cidade depois da tragédia do início do ano, nada mais é do que esta herança perversa que continua bem viva diante de nós. Nossa cidade não foi pensada e planejada e sim deixada crescer à revelia, e hoje não podemos culpar só a natureza pelo que vem acontecendo décadas atrás de décadas. Muitas vidas foram ceifadas e muitas ainda poderão ser, se a nossa população não se mobilizar e for para as ruas, reivindicar o que lhes é de direito. Pois nada cai do céu, e quem acredita em promessas morre de joelhos. Luiz Carlos Quintieri
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