Leitores - 15 de outubro.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Despejo Lendo a carta  do leitor Paulo Martins, sobre o funcionamento da ETE de Olaria, senti que o leitor não teve suas perguntas respondidas. Procurou-se de maneira muito técnica explicar que o que ele observou seria normal. Tudo bem, até entendo. Mas gostaria de pedir à Águas de Nova Friburgo que fosse mais criteriosa nas próximas inaugurações das ETEs, para que não deixasse dúvidas nas pessoas quanto ao seu funcionamento. Tenho certeza de que esta preciptação em inaugurar a ETE não partiu da concessionária, se conheço a competência de seus diretores pelo excelente trabalho que realizam em Friburgo e creio que foram até contrário a esta inauguração preciptada, antes que todo o sistema estivesse ajustado, adaptado e dentro das normais e níveis do fabricante do equipamento. O ideal seria que a ETE passasse antes por um PFP (período de funcionamento provisório), feito pelo fabricante, ou seja, a ETE ficaria funcionando por um certo período onde receberia todos os ajustes e testes necessários, antes que fosse inaugurada. Seria de suma importância e evitaria este mal entendido. E creio que podemos confiar plenamente na Águas de Nova Friburgo, não estou afirmando, apenas suspeito que esta pressão para que a ETE funcionasse partiu do poder concedente, para assim angariar votos nas próximas eleições. Apenas acho, se eu estiver errado, enganado, perdoem-me. Jorge Plácido Ornelas de Souza    Águas de Nova Friburgo Gostaria de uma explicação convincente do Superintendente da Águas de Nova Friburgo quanto à nova taxa de tratamento de esgoto. Ora, se durante todos esses anos pagamos coleta de esgoto que nunca teve, ele acha justo que paguemos pela mesma coisa? E, por favor, alguém pode me esclarecer se todo o processo deste tratamento não é dever público? Ou infraestrutura agora é obrigação civil? Alisson Caetano Resposta Cobrança tratamento de esgoto Prezado Sr. Alisson Caetano A Águas de Nova Friburgo esclarece que os efluentes sanitários domiciliares, comerciais e industriais necessitam de esgotamento em suas fontes geradoras, passando por etapas distintas até a sua destinação final. Tais etapas compreendem a coleta, o afastamento e finalmente, o tratamento.   Assim sendo, o serviço de esgotamento sanitário é composto por três segmentos distintos: a coleta de esgotos, que consiste na retirada do efluente do ambiente restrito à origem; O afastamento, que consiste na interceptação do esgoto antes de ser lançado no rio, e em seguida seu transporte até a Estação de Tratamento onde será tratado adequadamente; E finalmente o TRATAMENTO que consiste na etapa final, na qual são decompostas as impurezas contidas no esgoto para que a água limpa seja devolvida aos rios. De acordo com o contrato de concessão firmado entre Águas de Nova Friburgo e a Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, serão cobrados 50% do valor cobrado pelo fornecimento de água a titulo de coleta do esgoto, 80% deste mesmo valor para os serviços conjuntos de coleta e interceptores de esgotos e, finalmente, 100% para os serviços conjuntos de coleta, interceptores e tratamento final de esgotos. Com base nos conceitos básicos descritos acima, a Concessionária esclarece que sempre prestou o serviço referente à coleta de esgoto dos domicílios atendidos pela ETE-Olaria, serviço pelo qual cobrava o valor de 50% do valor cobrado pelo fornecimento de Água. Agora, com o funcionamento da Estação de Tratamento de esgotos de Olaria, a Águas de Nova Friburgo passa a prestar também o serviço de tratamento dos esgotos, cobrando por este serviço adicionais 50% sobre o valor cobrado pelo fornecimento de água. Somente através da remuneração pelos serviços prestados é que a Concessionária é capaz de realizar novos investimentos e arcar com os custos operacionais e de manutenção dos sistemas de esgotamento sanitário, uma vez que não são utilizados recursos públicos para estes fins. Assessoria de Comunicação. Águas de Nova Friburgo Ainda o Orem Prezados Senhores:  Em que pese o sentido positivo de uma Olimpíada que congregue, através do esporte, estudantes de medicina de todo o Estado do Rio de Janeiro, o que vimos neste fim de semana foi uma sucessão de atos de desrespeito aos princípios fundamentais de educação, esperados daqueles que, muito em breve, estarão assumindo o nobre compromisso de salvar vidas: Numa sequência de noites largamente regadas à cerveja (liberada até às 5 horas da manhã, os milhares de jovens participantes do evento somavam o buzinaço aos gritos estridentes, luminárias depredadas (vide foto em anexo), galhos de árvores quebrados ao peso dos que se penduravam, som alto de carro, danças cambaleantes em meio aos veículos que passavam na Via Expressa, até provocarem acidentes graves, como o que ocorreu na madrugada de segunda-feira, no início da Av. Julius Arp, para, finalmente, serem vencidos pelo sono (vide foto em anexo) no desgastado gramado do Country Club. Tudo isto sem considerar as noites insones dos moradores vizinhos ao parque (trabalhadores e idosos), no prolongado final de semana. Como recém-moradora desta Cidade Parque, para onde migrei , há cinco meses, por conta própria, (fugindo do estado de degradação social da cidade do Rio de Janeiro), indago: Não seria este o momento de protegermos Nova Friburgo do caos social que já se instalou nas cidades da região costeira do estado? Não seria hora de protegermos o Parque São Clemente (patrimônio público do Município) dos atos insanos daqueles que não adquiriram os mínimos princípios de civilidade? Não deveriam as universidades, entendidas como instituições educacionais, coibir o consumo indiscrimidado de álcool, em lugar de promovê-lo? Deixo aqui o meu apelo aos organizadores do evento: em lugar de OREM (Olímpíada Regional de Estudantes de Medicina), OREM por nossos jovens futuros médicos e, de forma consciente, propiciem-lhe eventos que possam realmente contribuir para a postura profissional que lhes será exigida no exercício da sagrada profissão médica. Que acima de tudo a ética se sobreponha aos interesses econômicos que buscam o lucro a qualquer preço.  Dra. Sueli Meirelles Friburgo, “Princesinha da Serra”... Prostituída e mal amada. I Seis horas do dia 11 de outubro de 2010, plena segunda-feira. Levanto e tomo o meu café, como sempre o de costume, embora não tenha podido dormir; Não foi por insônia e muito menos porque tenha ficado à noite acordada cuidando de um parente doente ou amamentando um filho. Nem fui só eu!!! Muitos estão levantando e indo para o seu trabalho aparentando nos rostos cansados a noite mal dormida e a vontade de jogar tudo pro alto e voltar para a cama. Na rua, dois tipos de movimento na nossa antiga “Baronesa”: uns vão; são os friburguenses, gente da terra da gente; outros voltam; são os universitários, gente da medicina, que veio pra cá curtir o feriadão. Estiveram acampados nos pátios das escolas grandes desde a última sexta-feira; aqui na rua, na Escola Galdino do Vale; em Conselheiro Paulino, no Ciep Glauber Rocha. Esses eu vi. Onde mais??? Eram muitos. Um bando deles. Ocuparam com seus carros todo o estacionamento da rua e fizeram seu desjejum, durante todo esse tempo, no “Bar do Jerry”, e em outros botecos da cidade. E ali, tomando a sua e tomando a rua, passaram os dias; As noite foram no Country Club; festa garantida por muita bebida e som a sabe-se lá a quantos mil decibéis. Completamente fora do permitido pela lei. Os futuros médicos beberam nesse bar e em tantos outros, cantaram e gritaram, e como lhes parecesse pouca a demonstração de sua incrível alegria, utilizaram rojões e megafones, independente da hora do dia ou da noite. E fizeram xixi como cachorros, nas paredes de nossas casas. E sexo – como animais – nas calçadas de nossa in(civilizada) cidade. E saíram sem pagar o que consumiram em alguns comércios locais. Quem mora aqui e não viajou viu e ouviu, nesses últimos dias, muito mais do que desejaria. Foi um fim de semana difícil. A polícia foi chamada algumas vezes para intervir e proteger a nossa paz, nosso sossego, nosso descanso... Durante esse tempo vimos passar três vezes a sua viatura. Passou bem devagarzinho; passou olhando para o lado oposto e só... Nada foi feito. Quem ligou para pedir auxílio à polícia teve que ouvir um “existe um alvará da Prefeitura que permitiu que essa festa fosse realizada”. Gente, eu também gosto de festa, mas convenhamos: tem que ser desse jeito? Tem que ser com o som nessa altura, obrigando, de certa forma, que essa é a música que teremos que ouvir? Todos? Tem que ter tanta bebida que nossas calçadas, no dia seguinte, pareçam um vômito só? Passei grande parte da noite organizando uma estratégia que começa justo aqui; cansei de reclamar com quem também reclama. De que adianta reclamar com o vizinho? Ele só está tão cansado quanto eu das festas que são permitidas ao Country Club fazer desse jeito. Sozinhos, ele, eu, você, somos nada; ninguém. Montes de “ninguém” a reclamar, uns com os outros, da altura do som nas festas do Country, nas festas dos demais clubes, nos ensaios das escolas de samba. Montes de “ninguém” a reclamar, uns com os outros, dos motoristas que avançam nos sinais de trânsito, nos motoristas que trancam os cruzamentos e tornam o trânsito ainda pior do que precisaria ser... Montes de “ninguém” a reclamar da fábrica de rendas que despeja “quilos” de poluição mal-cheirosa no ar que é de todos nós... Tantas outras coisas temos que resolver por aqui... Precisamos nos juntar! Reunir ideias e força de ação. Atualmente vivemos numa terra sem lei. Pensei, nessas últimas horas, que já é hora de falarmos com aqueles que foram eleitos (e que, portanto, representam a vontade do povo) nesse momento da história como os melhores e mais capacitados a solucionar as questões referentes à nossa cidade. Pensei que temos na internet um excelente meio de ligarmos todos que amam Friburgo e queiram recriar a sua bela imagem de “Princesinha da Serra”. Todos sabemos que sua “prostituição” favorece os cofres públicos, por meio dos impostos arrecadados pelo turismo, mas a “Princesinha” não tem dormido, tem maus amantes, e anda a precisar de uns cuidadinhos especiais que exigem “...ação”; “educa...ação”, “sana...ação”, “informa..ação”, “transforma..ação”... E então??? Vamos unir nossas forças? Sugiro que nós, na nossa pluralidade de ofícios, possamos nos reunir aqui, na troca de informações preciosas de dados e criação de perspectivas para, desse modo, encontrar a melhor maneira de não abandoná-la aos (des)cuidados de quem se esqueceu como cuidar dessa “moça”. Essa foi a forma que encontrei de transformar a minha noite mal-dormida em ação pró(veitosa). Um abraço sonolento, mas com sonhos de “realiz...ação”. Carinhosamente, Gilse Gostaria de informar que a ocupação do Habitare Apart Hotel nesse feriado de 08/10 à 12/10/10 foi de 100%. Com relação ao OREM, o movimento foi BOM, ajudou a melhorar a nossa ocupação. A maioria dos nossos hospedes do OREM foi da comissão organizadora do evento (60 %), por isso não tivemos grandes problemas, e também nos preparamos para recebê-los, aumentando a segurança noturna e pela manhã em função dos SHOWS, e também contratamos funcionários extras de serviços gerais. Eujani Libotte   Devo estar morando em outro município sem saber. Considerar que Nova Friburgo está apta a receber a quantidade de pessoas como a que recebeu neste último final de semana é muita inocência – para não falar outra coisa. O trânsito, que em dias normais já é complicado, tornou-se caótico; a cidade foi invadida por um bando de selvagens, sem nenhuma educação. Não podem nem ser chamados de bárbaros, pois para passar da selvageria para a barbárie leva um certo tempo na escala da evolução humana. Estes selvagens mereciam estar presos. Será que vale mesmo a pena para o comércio a presença destas pessoas? Algumas padarias da cidade foram invadidas pelos hooligans – futuros “médicos”. Ou seja, as vendas aumentaram mas, em compensação, foram obrigados a aumentar a segurança, visto que roubos e depredações também aumentaram. Ganhou-se de um lado e perdeu-se do outro. Grande vantagem. O Clube que foi alugado para os eventos noturnos, teve o banheiro feminino totalmente destruído, fora a sujeira que foi deixada para traz. Um cidadão friburguense está preso porque deu um tiro em um destes animais, tamanha a bagunça que estava na rua em que mora. Não aguentou, perdeu o controle e baleou – de raspão – o pseudoestudante de medicina. Em resumo, o friburguense está preso e vai responder a processo por porte ilegal de arma, e o delinquente selvagem já está bem e vai – feliz – para casa, deixando para trás todo o inferno que Nova Friburgo se tornou no último final de semana. Tomara não sermos presenteados, novamente, com tamanho presente de grego. Marcelo Thurler Sobre a matéria do AVS do dia 13/10 “Alegria do Orem movimenta toda cidade de Nova Friburgo”. Vocês chamam isso de alegria? Eles trouxeram baderna, bebedeira, acidentes de carros, vandalismo, falta de educação, gritaria, etc... Trouxeram tudo isso, menos alegria... Alegria só na despedida deles... Jackson Pinto Amigos editores de A Voz da Serra, agradeço por vocês estarem sendo justamente a voz destes moradores horrorizados com tanta falta de educação, falta de respeito e total irresponsabilidade por parte destes chamados universitários (participantes de OREM), que na verdade me parece mais com baderneiros. Não sou a primeira e nem serei a última a reclamar de tais estudantes, mas estou escrevendo para pedir ao responsável pela “organização” deste evento que por favor pense bem antes de trazer QUALQUER programação para nossa cidade, não queremos transformar nossa bela Nova Friburgo em uma cidade que ampara delinquentes disfarçados de universitários. Deus queira que estes vivam o verdadeiro significado de serem médicos antes de receberem o diploma, pois do contrário teremos um bando de jumentos nos atendendo com títulos de doutores. Margarida Furtado
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