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Leitores - 15 de novembro 2011
sexta-feira, 06 de abril de 2012
Natal dos Sonhos
Prezado Sr. Carlos Soares.
Em atenção a sua carta publicada no jornal A Voz da Serra, edição de 11 de novembro, temos a comentar:
Concordamos com o seu ponto de vista, Nova Friburgo seria uma cidade dos sonhos se não tivesse desabrigados, se não tivesse gente passando necessidades, se não tivesse crianças fora da escola, se estivesse livre das drogas, se as autoridades e os políticos responsáveis em todos os níveis cumprissem com o seu papel, se nós votássemos com mais consciência e responsabilidade.
A ideia de criação do projeto NATAL DOS SONHOS surgiu em junho passado, logo após a visita do Sr. Pedro Bertolucci, ex-prefeito de Gramado, a Nova Friburgo.
A comissão de organização do projeto começou a se reunir semanalmente em julho de 2011.
A realidade financeira do NATAL DOS SONHOS não atinge a 10% do número afirmado pelo senhor. Se tivéssemos os dois milhões informados, provavelmente a nossa equipe teria competência para criar eventos de sucesso que superariam este valor em receitas de bilheterias, etc, fazendo com pudéssemos chegar a uma saudável situação superavitária. Infelizmente não é essa a realidade.
Os valores patrocinados são oriundos de empresas que já demonstraram claramente o seu papel de cidadania em todas as áreas de Nova Friburgo. A STAM, por exemplo, é uma das empresas mais respeitadas e queridas em nossa cidade, por tudo o que faz em todas as áreas que vão da cultura à saúde, passando pelos esportes e chegando a apoios individuais. É uma das nossas patrocinadoras. Também, queremos reafirmar, que nenhum dos patrocínios levantados foi resultado de lei de incentivo ou de renúncia fiscal. Foi, sim, resultado do amor e da crença de que Nova Friburgo precisa dar a volta por cima.
O NATAL DOS SONHOS não é uma “festinha”. É um projeto econômico, de longo prazo, com foco no turismo, gerador de empregos, estimulador do comércio e distribuidor de rendas. Não se esqueça que outras cidades do país, como Blumenau, após uma grande catástrofe natural, deu a volta por cima criando a “festinha” Oktoberfest, um dos maiores eventos do mundo na atualidade e principal gerador de riquezas e receitas daquela região catarinense.
O espírito do NATAL também está presente no NATAL DOS SONHOS. E nem poderia ser diferente. Exemplo maior foi a abertura do domingo passado, quando uma verdadeira multidão acorreu a Av. Alberto Braune e a Praça Dermeval Barbosa Moreira, emocionando a todos, num eventos simples e de grande conteúdo simbólico.
A sua opinião é merecedora do nosso respeito. Não vejo nenhum motivo para criticá-lo. Pelo contrário, esta resposta é uma prova disso. A democracia pode não ser um sistema perfeito. Muitos a criticam. Porém, acredito, ainda não inventaram nada melhor.
E para sobrevivência da democracia, a opinião dos contrários é fundamental.
Agradecemos o seu interesse pelo NATAL DOS SONHOS DE NOVA FRIBURGO e o convidamos para se integrar à nossa equipe de voluntários, que sonha diariamente com Uma Nova Friburgo melhor—como o senhor—e encontrou no NATAL DOS SONHOS uma maneira de tentar tornar esse sonho uma realidade.
Cordialmente,
Henrique Cordeiro Correia
Coordenador do NATAL DOS SONHOS DE NOVA FRIBURGO
Decepção
Há dias publiquei nesta coluna uma correspondência sobre o corte de uma araucária, na esquina da Rua Monte Alverne com a Avenida D. Pedro II, aqui no Parque Imperial. No dia senti tanta revolta que perguntei às pessoas que faziam o corte desta magnífica árvore, se eles tinham autorização para fazê-lo. Me disseram que sim. Mesmo assim fui até o Batalhão de Polícia Florestal e fiz minha denúncia, o policial lamentou não poder ir até o local naquele momento; estava sozinho e sem viaturas, mas que assim que pudesse iria até o local. Pediu-me que ficasse tranquilo, pois o corte já havia sido feito e a qualquer hora em que fossem ao local o fato seria comprovado. Fiquei aguardando, porém, sempre mantendo contato com o batalhão.
Recentemente estiveram no local e foi constatado que este evento fora autorizado pela prefeitura, o que me encheu ainda mais de revolta, pois tratava-se de uma espécime totalmente saudável, não oferecia o menor risco a ninguém. Não entendo como pode a prefeitura autorizar um “abate” deste tipo. Gostaria como cidadão que sou, e pago meus impostos, que a Prefeitura, através da Secretaria de Meio Ambiente, me explicasse e tentasse me convencer por meio desta coluna, quais as justificativas que a levaram a autorizar que esta beleza de árvore fosse cortada. Não dá para entender. Justamente na época que mais precisamos de verde, que mais precisamos de árvores... ainda me disse o policial que o autor do pedido deste corte será obrigado a plantar três árvores nativas em substituição a esta araucária... mas quem me garante que uma pessoa que por falta de sensibilidade cometeu o assassinato desta araucária tenha sensibilidade para plantar outras árvores? Quem me garante que a prefeitura irá obrigar ou fiscalizar o plantio destas três árvores? Acho que nunca! Nunca mesmo.
Eu que já estava preocupado com o destino da cidade, devido às próximas chuvas que com certeza virão, agora estou ainda mais preocupado e desacreditado... Como pode uma Secretaria de Meio Ambiente autorizar o corte de uma árvore como essa? Qualquer pessoa de bom senso veria que esta árvore não oferecia perigo... Me preocupa sim, porque uma autorização deste tipo nos faz desacreditar nos órgãos públicos; parece-me que não possuem a menor noção de preservação e conservação... Quem ainda tiver dúvidas, vá até a esquina da Rua Monte Alverne com a Avenida D. Pedro II, no Parque Imperial. Duvido que não me darão razão... e ainda poderão ver no quintal os restos mortais da árvore e parte do seu majestoso tronco enterrado no chão, bem rente ao solo... E que vazio este corte provocou nas ruas... Ainda me entristeço quando passo por este local... Que pena... que absurdo... que covardia.
Obrigado, VOZ DA SERRA, obrigado “LEITORES ON-LINE”, por me permitirem este choro, este lamento. Obrigado por aliviarem minha mágoa, já não aguentava mais!
Jorge Plácido Ornelas de Souza
Câmara faz serão para agradar a chefe
O governo está se acostumando a aprovar o que quer, à hora que quer. E isto tem levado várias decisões a acontecerem até no meio da madrugada como, por exemplo, fez a Câmara Federal que prorrogou, por quatro anos, a Desvinculação das Receitas da União (DRU), mecanismo que flexibiliza o uso de recursos previstos na Constituição. Serão disponibilizados R$ 62,4 bilhões em 2012, a serem gastos livremente pelo Executivo e o resultado final de 369 votos a favor e apenas 44 contra mostra o verdadeiro rolo compressor que já se tornou rotina, colocando o Legislativo sempre numa posição de joelhos perante o Palácio do Planalto. Nos próximos dias será a vez de se votar o substitutivo apresentado pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) que, caso venha a ser aprovado pela Câmara dos Deputados—como parece também ser o desejo do mesmo rolo compressor e sua maquinista—, prevê a queda da arrecadação de estados produtores como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo causada pela redistribuição dos royalties do petróleo. E tudo podendo varar a madrugada à revelia do que quer a maioria de fluminenses e capixabas.
João Direnna - Quissamã - RJ
www.dirennajornalista.blogspot.com

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