Leitores - 15 de julho 2011

domingo, 31 de julho de 2011
Rompimento de cano Seguem em anexo oito fotos que comprovam o descaso com que somos tratados pela concessionária Águas de Nova Friburgo. Há mais de quatro meses existe um rompimento num cano na antiga estrada de ferro, nas imediações da Ponte da Saudade e quase de frente à Casa da Marinha. É enorme a perda de água e não se vê providências por parte da concessionária. Sueli Diniz Resposta “Águas de Nova Friburgo informa que as juntas mecânicas, curvas e registro necessários para efetuar o reparo no local já foram encomendadas e tão logo quanto forem entregues o serviço será executado. A demora na entrega das peças se deve tão somente ao fato das mesmas serem comercializadas apenas por fornecedores especializados e também por terem esgotado em nossos estoques durante o período da catástrofe.” Atenciosamente, Gabriela Azeredo - Assessora de Comunicação A gastronomia, o turismo e a Lei Seca O turismo em Nova Friburgo é, em grande parte, voltado para a gastronomia. A busca do prazer da comida e da bebida está sempre presente no roteiro dos visitantes, bem como no lazer dos seus moradores. Ainda há muito que fazer para se consolidar este tipo de turismo, mas o que existe em Friburgo já revela seu potencial. Pensar em visitar Friburgo é pensar em relaxar, dormir, comer e beber. O frio da serra sempre traz um clima de romance ou mesmo de confraternização. E o que seria desse clima de romance sem um jantar a dois, brindado com vinho? E o que seria de uma comemoração, sem uma boa cerveja gelada? Não se está dizendo que o álcool é necessário à felicidade. Pelo contrário, o que se diz é que a bebida vem selar um momento feliz, vem em momento posterior. E isso é próprio da história da humanidade. O advento da “Lei Seca” veio impor limites aos ilimitados, responsabilidades aos irresponsáveis. E, sem entrar no mérito da lei, o fato é que temos de nos adaptar a ela, sejamos ou não responsáveis. A cidade de Nova Friburgo é muito grande e não tem um polo turístico exclusivo como em Campos do Jordão/SP, por exemplo. Lá o burburinho da noite é bem definido na Vila Capivari, onde, em meio a prédios construídos com arquitetura europeia, o visitante encontra sofisticados restaurantes, cafés e barzinhos que atendem aos mais diversos gostos e paladares. Aliás — diga-se de passagem — Campos do Jordão também se considera a Suíça Brasileira... Aqui, há bares e restaurantes espalhados em toda região, em Mury, no Cônego, no Centro, em São Pedro da Serra, etc. Não há um centro turístico, apesar de Mury se intitular “polo gastronômico”. Aliás, com todas as vênias — falando como turista — não vejo polo gastronômico algum. Pra mim, o que há é uma disputa incoerente e prejudicial entre os bares/restaurantes de toda a cidade e que atrapalha o seu crescimento. Voltando ao tema, é notório que o movimento noturno caiu em bares e restaurantes do Cônego e Mury e, segundo noticiado na coluna de Giuseppe Massimo da Voz da Serra, os próprios empresários do setor apontaram as blitzes da Lei Seca como o principal motivo para os clientes andarem meios sumidos. Em Friburgo, as operações da Lei Seca são fatais porque se instalam nas principais vias. Não há como escapar. Sem querer traçar comparações, o setor da gastronomia deve buscar ser mais organizado como em Campos do Jordão/SP ou em Gramado/RS. Apesar de lá ter colaboração do próprio município, aqui é necessário um esforço único dos próprios empresários. É difícil, mas a iniciativa privada deve ser capaz disso porque só tem a lucrar. E cadê a solução? O setor deve ser capaz de criar condições para a manutenção e o crescimento turístico gastronômico na região, sem priorizar qualquer localidade. Não há mais espaço para soluções individuais. Em Campos do Jordão, o turista acaba na Vila Capivari e aqui? Aqui, há várias opções e, na maioria das vezes, relacionadas à localidade onde se hospedou. Assim, é interessante dar a opção ao turista em Nova Friburgo. Mesmo que se hospede em Mury, deve ser oferecida a possibilidade de jantar em São Pedro da Serra. Fica claro que caberá ao setor apenas montar este cardápio de escolhas. Não é se intitulando polo gastronômico ou se dissociando da imagem da cidade, criando uma outra cidadezinha, é que se vai ganhar o turista. Acorde, setor gastronômico! Tem tudo para dar certo. Busque a união, crie um calendário gastronômico, monte um cenário turístico, profissionalize o atendimento, garanta a qualidade do serviço, firme parceria com os hotéis, por exemplo, viabilizando um meio de transporte para o cliente. E as blitzes da Lei Seca? Estas não são efêmeras e vieram pra ficar por todo o Município. Aliás, nem sei se em Campos do Jordão fazem tais operações. Só sei que, se nada for feito aqui, o turismo gastronômico vai cair, os romances vão se desfazer e as confraternizações terminarão sem o bom e velho tim-tim.... Eduardo Serrão O SUS em Nova Friburgo No momento em que vivemos uma tormenta na área social de Nova Friburgo com a visita inesperada para uns e esperada ansiosamente por muitos da Polícia Federal, sinto-me na obrigação de trazer à baila algumas informações na condição de Diretor do SINDSPREVRJ com assento no CMS de Saúde de Nova Friburgo. Dentro das prerrogativas legais e Constitucionais do CMS através da Lei 8080/91, o Conselho e seus membros devem zelar e fiscalizar o uso de verba pública destinada à saúde através do SUS entre outras atribuições. Quando aqui escrevi sobre a Institucionalização do SAMU em Nova Friburgo colocando que ninguém discute a importância deste Serviço, no entanto, este Conselheiro e o CMS entendem de que não podemos institucionalizar os baixos salários dos servidores da saúde e oficializar o “calote” de outros Municípios no uso do SUS em Nova Friburgo. Os salários dos servidores destes Municípios são maiores do que os de nossos profissionais justamente porque os gastos com o atendimento de grande monta são realizados por Nova Friburgo. A solução inicial se encontra na adesão do Município de Nova Friburgo ao Consórcio da Serra. Porém, este Consórcio possui um regimento draconiano e centralizador das decisões, todas, nas mãos de Prefeitos e Sec. de Saúde. Este é o motivo principal do CMS de Nova Friburgo não ter ainda aderido ao Consórcio. Agora imaginem se nesta confusão atual já estivéssemos aderido ao Consórcio? Se as suspeitas são fundamentadas a gravidade e extensão das mesmas seriam muito maiores em caso da adesão. Alexandre Andrade Nova Friburgo Country Clube! Até hoje passados vários meses, não consigo esquecer, e nunca mais vou esquecer, o desastre que aconteceu em janeiro. E de vez em quando a dor aumenta, a saudade é maior... A dor imensa, a falta dos que se foram e nossa cidade agredida, tão maculada, tão destruída, que podemos nos considerar sobreviventes de uma tragédia — e consequentemente a responsabilidade de fazer de novo esta cidade ser bela, missão difícil, complicada. Nos momentos difíceis, em que o coração aperta, dói, vou até o Country Clube. Ali minhas esperanças se renovam, vejo que meu sonho não acabou. Ali vejo em harmonia a natureza e o homem, dado o carinho com que este local é tratado. Para que vocês tenham ideia, existem funcionários com mais de 40 anos dedicados ao clube. Ali vemos a beleza em tom maior; isto nos faz acreditar que nem tudo está perdido. Observem os lagos da parte inferior do clube: estão espelhados, lindos. Vi-os na época da enchente, estavam assoreados, cheios de lama, destruídos; e o clube, apesar de toda a dificuldade, conseguiu recuperá-los. Este clube, além de tudo, é um exemplo de recuperação, um exemplo que deveria ser seguido. Um exemplo disso são os lagos inferiores, como estavam e como estão. Creio que dentro em pouco, os lagos superiores estarão como estão os outros... Tudo isso aliado à importância histórica do clube para a cidade, nos faz acreditar que não precisamos procurar outras paragens, outras cidades para referência para paradigma de nossa recuperação... Ainda temos muita coisa bonita, bela, para nos referenciar... Friburgo continua bela, ainda temos locais que embora afetados, ainda são os mais belos do mundo... Friburguense, força, coragem, ímpeto, fé, vamos vencer esta baralha... Ama com fé e orgulho a terra em que nasceu! VOZ DA SERRA... NOS AJUDE! Jorge Plácido Ornelas de Souza
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