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Leitores - 14 de dezembro.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Conseg
O Conseg Nova Friburgo é um conselho formado por cidadãos comuns, voluntários, reunidos para reivindicar que o tema da segurança seja tratado como uma prioridade dentre as políticas públicas.
Como não somos especialistas, temos buscado informações sobre as melhores práticas e exigido do Poder Público que defina as ações de segurança mediante estudos técnicos e segundo orientações de pessoas especializadas, evitando as medidas de populismo e voltadas para interesses imediatos e quase sempre desconectados da real necessidade.
Especificamente com relação às políticas públicas estaduais, temos criticado severamente o descaso histórico do Estado para com a cidade de Nova Friburgo. Embora a obra pareça tenha sido retomada, até hoje não temos uma delegacia legal. Em que pese o esforço inglório da OAB durante toda a última década, não temos uma delegacia especializada de atendimento à mulher. Temos um efetivo policial de menos de 500 policiais para policiar oito municípios e 250 mil habitantes, enquanto Pádua tem mais de 800 para seis municípios e 120 mil habitantes.
O momento vivido pelo Rio é histórico e certamente demanda um esforço excepcional de todo o país para que a central da criminalidade que reverbera efeitos por todo o Brasil seja desmantelada. É uma questão de prioridade do Estado, e o papel de cada cidadão e de cada instituição é de apoiar as ações que, aliás, têm-se mostrado bem mais alinhadas com o respeito aos direitos humanos do que investidas anteriores.
No entanto, nosso lamento é que não tenhamos policiais para ceder para essa empreitada. Infelizmente o sacrifício maior tem sido das cidades do interior que mais vêm sofrendo com perdas de efetivo ao longo dos anos. Infelizmente nossa cidade não tem um sistema de monitoramento por câmeras, que tornaria o policiamento mais inteligente, demandando menos efetivo e afugentando empreitadas que não podem ser filmadas.
De maneira que a posição mais coerente com as bandeiras que vem sendo defendidas pelo Conseg ao longo dos cinco anos de sua existência é a de que se dê o máximo apoio à investida de desarticulação das estruturas que fornecem criminalidade para todo o Estado. No entanto, nasce, no presente momento, mais um motivo de preocupação e de recrudecimento da reivindicação dos cidadãos friburguenses para que nossa região seja imediatamente guarnecida, principalmente com a implantação imediata do monitoramento por câmeras, além da manutenção dos PMs formados pelo nosso 11º BPM. Filhos da terra são policiais comprometidos com a cidade, em função do controle social, cultural e familiar, além de continuarem policiais nos horários de folga, em nossa área. Por essa razão, temos defendido a continuidade da formação que funciona em Nova Friburgo e a retenção dos formados para atuação em nossa região.
Cordialmente,
Rodrigo Guimarães
Conseg Nova Friburgo
Saúde Pública
Prezados senhores da VOZ DA SERRA e srs. leitores deste jornal, com certeza o nosso melhor jornal. Assisti, durante esta semana, a duas entrevistas do dr. Renato Abi-Râmia, sobre os remédios usados nos nossos hospitais e ambulatórios da rede pública. Fiquei estarrecido, temeroso, de tudo o que ele falou, sendo muito claro... todos sabíamos e não foi nenhuma surpresa.
O que mais me preocupa e o que realmente eu não sabia, e creio que todos não imaginavam, é que o remédio usado nos hospitais e ambulatórios públicos não são equivalentes aos originais, nem se aproximam sequer dos remédios genéricos que são obrigados a manter a mesma equivalência e eficiência dos remédios de marca. Diz ele que os remédios que usamos geralmente são remédios de fundo de quintal e não possuem na suas fórmulas componentes na mesma dosagem dos originais; são comprados porque custam bem mais barato e que por isso tem que ser usados em dobro ou triplo e acabam ficando mais caros. Isso é terrível, uma covardia... Imagine uma pessoa internada com uma grave infecção que tenham que tomar um antibiótico forte, poderoso, e toma água com açúcar. Na certa acabará morrendo ou então tendo o inverso da medalha, em vez de matar a bactéria, teremos ela fortalecida e resistente ao remédio.
Acho isso muito sério, mas nos faz entender a difícil recuperação daqueles que não podem usar hospitais da rede particular... uma grande covardia. Por que então não usar remédios genéricos que são obrigados a ter o mesmo princípio ativo dos remédios de laboratórios e o fazem sob a fiscalização da Anvisa? Eu que já me preocupava demais com a rede pública de saúde, agora então nem se fala. É o tipo de coisa que jamais deveria acontecer no Brasil, nos deixa estarrecidos, sem a mínima confiança na rede de saúde pública.
Dr. Renato, isto é verdade mesmo? Por favor, nos diga que não. Sinceramente estou desiludido, decepcionado, estarrecido... coitados dos nossos doentes... só nos resta rezar por suas almas! Amém!
Jorge Plácido Ornelas de Souza
A Voz dos Leitores
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