LEITORES - 13/01/2015

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
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Lembro-me da Presidenta (espero que seja assim) da nossa República, cercada de seguranças visitando a Rua Cristina Ziede e prometendo tudo a nossa cidade. Lembro-me muito bem e com muita tristeza do filho que ficou esperando, por uma semana, perambulando entre o Colégio N.S. das Dores e o cruzamento das ruas Augusto Spinelli e Marques Braga, aguardando a retirada dos corpos da mãe, da irmã e do cunhado dos escombros. Lembro com pesar também do pai que ficou o mesmo tempo na porta da Faculdade de Filosofia Santa Doroteia, esperando a retirada dos corpos do filho, da nora e dos netos. O que podíamos fazer por estas pessoas? Orar, pedir a Deus que lhes desse conforto, amparo e entendimento pelo que aconteceu. Lembro dos bombeiros que vieram da cidade do Rio de Janeiro, longe de suas famílias, sem a mínima condição de dignidade e respaldo para a função que vieram desempenhar. Com dois ou três dias não tinham muda de roupa para trocar, alimentação adequada para aguentar a jornada de trabalho, nem um canto digno onde pudessem dormir. Lembro de tantas outras coisas que se me dispusesse a contar não terminaria tão cedo. Lembro dos voluntários que deram seu tempo, momentos de suas vidas à procura de esperança, à procura de conforto, à procura de caridade para com outros que não podiam nada fazer, uns por profunda tristeza, outros por total incapacidade de realizar qualquer tarefa e outros por total desapego a realidade dos fatos. Pois bem, após todas estas lembranças, me pergunto: onde estamos? Sobrou alguma coisa? Aprendemos alguma coisa? A solidariedade foi sincera, honesta e sem espera de retorno? Realmente, o que fizemos pelos outros ou o que fizeram por nós? Respondo—Não. Não sabemos onde estamos, não sabemos mais que cidade é esta, ruas inteiras destruídas pela chuva, casas em destroços, prédios pela metade, cidade suja, tanto na sua geografia, como na sua vida política e no seu clima espiritual. Sobrou-nos alguma coisa? Sim. Sim, sobrou. Um monte de promessas não cumpridas, projetos inacabados, caos financeiro, civil, político e moral. Sobraram também a especulação imobiliária, pessoas vis se aproveitando do momento de fragilidade dos outros, além de muita falta de vergonha na cara de uns e outros. Aprendemos alguma coisa? Não. A solidariedade foi sincera? Talvez de alguns. Fizemos algo por nós ou pelos outros? Sim. Fizemos músicas, soltamos balões na Praça do Suspiro, escutamos discursos pífios além de não pagarmos aluguéis sociais, melhorias em hospitais, falta de escolas em condições para os alunos a frequentarem, bueiros entupidos, serviços públicos superfaturados, vans que vão à lua, voltam e mostram seus velocímetros para serem ressarcidos em seu combustível. E o mais importante, aprendemos a enterrar nossos mortos, em pequenos lotes de corpos em covas rasas, e assistirmos ao luto eterno e o provisório permanente. Acorda, Friburgo, acorda essa gente que realmente sofreu e sofre por tudo o que já passaram, acordem para a fé, a esperança, a caridade e, principalmente, para a realização daquilo que o comum necessita.  Fernando Ramos Teixeira Atentado na França Bem, amigos, a respeito do atentado na França. Atentado à imprensa? Ora, é o atentado à religião? Posses íntimas de Maomé, beijo na boca com outro homem? Se fosse Jesus no lugar de Maomé? Ou qualquer outro líder religioso, Buda ou qualquer outro. A imprensa tem que ser livre; creio que os atentados foram desnecessários, mas respeito, verdade e confiabilidade tem que ser o exemplo da imprensa e não achincalhar a religião dos outros. Religião se respeita. Sirley Gonçalves    WhatsApp A Voz da Serra   "Prezados redatores do Jornal A Voz da Serra: vimos por meio deste meio de comunicação solicitar reparos por meio dos órgãos responsáveis pela manutenção da ponte de transeuntes  localizada em Debossan, próximo ao km 70 da RJ-116. Aguardamos ansiosamente respostas e envio fotos anexo para comprovação de tal necessidade.” Luiz Carlos Moreira   Participe desta seção enviando fotos, comentários e sugestões para o WhatsApp do jornal: (22) 99274-8789
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