LEITORES - 12/11/2014

terça-feira, 11 de novembro de 2014
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Parecia ver através de uma bola de cristal: o que assistimos hoje é um caos na saúde pública, o crescimento dos planos de saúde inacessíveis à totalidade da população, e que hoje financiam políticos porque, se a Saúde Pública vier à tona, será a falência deles. Temos a falência de doadores de sangue. Outrora as empresas mantinham em seus meios doadores espontâneos, que doavam de boa vontade. Hoje não existem mais, virou comércio a doação de sangue. É preciso rever este tal de ‘Referência de Tratamento de Saúde’. Se a cidade não atende a própria população, como abrir as portas para os vizinhos que vemos estarrecidos e que todos os hospitais de referência estão falidos, a não ser os da rede federal. Não será hora de o nosso Legislativo atentar para este tipo de atendimentos? Nossos médicos locais preferem ir trabalhar em cidades que pegam seus pacientes, colocam em uma ambulância e os transferem para nossa cidade, tirando o dever do município com seus munícipes. Vamos parar e repensar este procedimento, e olhar para nossos conterrâneos. Não podemos matar nossa família de fome e sustentar nosso vizinho. Atenciosamente, Roberto Martins Homenagem a João Máximo Linda a homenagem da Câmara ao jornalista João Máximo Ferreira Chaves. Uma pena que Nova Friburgo não valorize como devia aqueles que saíram daqui e honraram suas raízes. O jornalista João Máximo é um ícone do jornalismo. Para quem não sabe, é irmão do Ângelo Chaves, ex-presidente do tricolor carioca que reside em Nova Friburgo. Primo do Zuenir Ventura e do jornalista Laercio Ventura, que, sem dúvida alguma, se vivo estivesse, não se furtaria a marcar presença na Câmara Municipal para registrar pessoalmente a homenagem ao primo. Que sejam feitas novas homenagens e que Nova Friburgo busque estes Friburguenses para perto de ti até para iluminar e oxigenar as ideias. Claudio Elias Caputo Junior Ponto de Vista sobre a morte e o morrer Realmente todos têm medo da morte ou não sabem como enfrentá-la, mas do ponto de vista que faz parte da vida, podemos dizer que a morte é a continuidade da vida ou um mero começo. Ou, o que todos temem, o reencontro com Deus.  Indra Corces Editorial   O editorial "Andando para trás” é finalizado com a frase "mãos à obra, secretário”, se dirigindo ao secretário de Saúde. Sinceramente, acho que deveria ser "entrega o boné, secretário”. Excelente o editorial! A saúde de Nova Friburgo agoniza, mas na gestão de friburguenses o quadro não era tão negro assim, bastando observar o maravilhoso trabalho do Dr. Dagoberto na própria gestão do incompetente Rogerio Cabral. O que estamos escutando sobre UPA de Olaria no estacionamento do Raul Sertã é uma estupidez que deveria ficar tatuada na testa dos vereadores que a estão apoiando, para que nunca mais viessem pedir votos e participar de eleições. Todos sabemos das dificuldades, mas as explicações para todos os problemas são de ordem financeiras e para ludibriar orçamentos. Poucos estão percebendo as manobras e acabam defendendo a ideia da UPA sob a justificativa de não perder dinheiro. Uma cidade sem o mínimo de estrutura de deslocamento vai eliminar o estacionamento do local e trazer uma infinidade de necessitados e parentes para o centro da cidade só para não perder a verba? Ora, está na hora de o MP atuar, pois trata-se de uma evidente manobra para não perder verba com jeitinho. O Hemocentro não funciona da forma declarada. Cadê os responsáveis? Ora, o triste é imaginar que estamos apenas na metade do mandato do disparado pior prefeito que esta cidade já teve e que a contar pelas chineladas públicas que levou para tornar nossa cidade mais ridicularizada, vêm bombas piores por aí. Renato Abicalil Frossard    OPINIÃO DOS LEITORES Zuenir Ventura: mestre na arte da verdade inventada Robério Canto Uma pessoa que sabe o quanto eu admiro Zuenir Ventura teve a feliz ideia de me dar "Sagrada Família” de presente, tão logo o livro chegou às livrarias. Admirar Zuenir Ventura não faz de mim, absolutamente, uma exceção. Muito pelo contrário, é regra geral entre todos os que conhecem seu talento de jornalista e escritor. A qualidade de seu texto, a oportunidade de seus temas, os valores subjacentes nas entrelinhas de suas obras fazem dele, com toda a justiça, um dos mais admirados e respeitados intelectuais brasileiros da atualidade. Seja em "Cidade Partida”, de caráter jornalístico, em "Sagrada Família”, romance de tom autobiográfico, seja no memorialístico "Minha História dos Outros”, o texto de Zuenir Ventura se desenvolve e cresce no apuro da linguagem, na imaginação que voa alto, sem se desgarrar da realidade.  Sua mais recente obra tem por epígrafe os versos de Manuel de Barros: "Só dez por cento é mentira./ O resto é invenção”, o que me lembra Clarice Lispector: "Eu quero é uma verdade inventada”.  Mestre na arte da verdade e da invenção, Zuenir Ventura é um autor que nos premia com o prazer da leitura, mas que também nos leva a refletir, e nos motiva a buscar em nós mesmos nossas verdades e nossas mentiras.  "Roubar” Zuenir Ventura de Além Paraíba e proclamar para o Brasil inteiro que ele é friburguense é um roubo honesto, por se constituir em motivo de justo orgulho para nossa cidade! Parabéns, Zuenir! A Academia Brasileira de Letras se enriquece com a sua presença.   Tem algum texto que gostaria de ver publicado?  Envie-o para a seção de leitores de A Voz da Serra! 
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