Leitores — 11/08/2015

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Pais negros

A mãe e mulher Negra eu já sabia que era irrelevante para a mídia, mas descobri que o pai Negro também está na mesma situação. Que pena, nós negros continuamos a suar a camisa para ajudar o País a desenvolver-se, no entanto continuamos invisíveis para a Sociedade. Alô, nós negros estamos aqui. Onde está o meu espelho positivo? Por que não tem um pai negro nas homenagens?

Ilma Santos

Maldade sem fim

Como é que pode passageiros terem que andar 1000 (mil) metros para fazerem baldeação de um terminal para outro? Lembro que entre passageiros estão mulheres com crianças no colo, idosos e também não esqueçamos do tempo. Pode estar chovendo ou muito sol e as calçadas cheias de buracos. Como é que pode ônibus intermunicipais não poderem parar no ponto em frente ao Hospital Raul Sertã? O ponto de ônibus em frente ao HRS tem uma baia bastante ampla para permitir uma parada sem atrapalhar a alta velocidade das avenidas principais. E na porta das escolas que não tem sinal, nem radar limitador de velocidade e nem ponto de ônibus, o que fazer?

Mario Guilherme Campos

Abraço ao Raul Sertã

Pensei bem antes de escrever mais esse texto, com o cuidado de não ficar tão frequente a minha simples participação nessa coluna. Acontece que não dá, e tenho que me manifestar sempre que algo dessa nossa terra me toca o coração. Aquela velha história das lembranças, da vivência, do cotidiano da cidade ao longo da minha vida.

Vendo ontem a manifestação do “Abraço ao Hospital Raul Sertã”, senti vontade de abraçá-lo também, e resolvi fazê-lo escrevendo, pois as lembranças uma vez mais aguçaram a minha mente, me reportando desde os tempos da Santa Casa, do Hospital Santo Antônio, Hospital Regional e hoje Raul Sertã. Nessa viagem no tempo, muitos nomes de médicos da minha família, médicos amigos, outros tantos valorosos profissionais por ali passaram dando o seu melhor em atendimento à nossa população vieram à minha mente. Mas, seria injusto relacioná-los, pois poderia cometer o pecado de esquecer de alguns. Lembrei também dos seus tantos provedores — como eram denominados na época seus gestores, sua maternidade onde tantos pequenos friburguenses vieram ao mundo. Tinha até quartos particulares, o nosso velho e querido hospital. Aliás, nesse ponto, e, como um depoimento particular, em um desses quartos, por 45 dias, tive a comprovação de um atendimento da melhor qualidade em todos os sentidos, sem “apadrinhamentos”, quando da ocasião da internação de um filho acidentado no Rio de Janeiro e transferido para cá com a eminência de ter uma perna amputada, que recebeu de toda a equipe um atendimento exemplar e se salvou. Sou eternamente grata.

Importante ressaltar, que em tempos idos, não havia grandes hospitais particulares na cidade, nem tantos planos de saúde, como alternativa, e era ali que tudo se resolvia, não eram somente as emergências.

Aí fica a pergunta: O que aconteceu nos últimos tempos com o nosso hospital que outrora era referência no Estado do Rio? De onde vem a falha, a omissão, a incapacidade, ou a pouca vontade de saber conservar o que é nosso, e que sempre foi apoio aos que dele precisaram e precisam. Difícil de responder, eu sei.

Agora se fala em CPI — sigla que está na moda, se fala em mudanças. Seja lá o que for, que seja feito, mas que tenha um final satisfatório, que seja feito com humanização e respeito acima de tudo, lembrando sempre que às vezes “o menos é mais” e quem sabe, se daqui há um tempo tenhamos vontade de abraçá-lo novamente, mas com o orgulho de friburguenses, vendo nosso povo sendo atendido dignamente, e que a mídia possa se referir a ele como o Hospital Referência de Nova Friburgo. Ele merece.

Vera Regina Veiga da Gama e Silva

 

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