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Leitores - 11/06/2014
terça-feira, 10 de junho de 2014
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Secretários
Já fui eleitor do Sr. prefeito e como tal me vejo no direito e dever de dizer que ele precisa ter cuidado na hora de escolher seus subalternos ou assessores (pois estes são espelhos do prefeito; quer queira ou não, funcionam como braços do governo), secretários. Secretários precisam respeitar o cidadão contribuinte (aqueles que pagam os impostos que bancam o município e elegem o político) e até seus funcionários (que, muitas vezes, não são funcionários do secretário, são do município (os concursados) e mesmo os seus funcionários devam ser respeitados). Então, sincera e humildemente, não consigo entender o que fazem algumas pessoas em algumas pastas de seu governo, sobretudo, um secretário que já fez parte do governo passado (metade primeira do governo passado, na segunda metade foi retirado) e não conseguiu agradar nem munícipes, nem funcionários (basta que o Sr. prefeito faça uma pesquisa pela cidade ou entre os funcionários, desde que o faça em off, pois os mesmos (funcionáiros) parecem ter medo do comandante deles). Uma pasta como a de Meio Ambiente, que já teve o Dr. Roberto Vianna como mandante (pessoa de um tratamento fidalgo e educado) ou um Eduardo de Vries (mais parecia um comandado do que comandante, tamanha a sua educação), além, claro, sem falar em suas capacidades técnicas. Poderia o Sr. prefeito ter escolhido melhor. Se duvida do que falo, basta efetuar a tal pesquisa de informação por mim (humildemente, creia) sugerida. No comando de uma pasta importante (assim como de todas as outras, olha o caso também da Saúde, em caos), para que se tenha um bom governo, são necessárias pessoas de capacidade técnica e que saibam comandar sua equipe (além de saber lidar com a população pagante de impostos, que não são poucos neste país). Grato.
Sérgio Carlos Francisco
Rinhas de galo e rinhas de homens
Dr. Noberto Louback Rocha, fiel escudeiro de suas propostas sempre mui edificantes, mais uma vez compareço para elogiá-lo por tão sensato artigo. Entretanto, caro Dr., lembre-se que o futebol não somente é uma paixão nacional, mas também mundial, porque ele fielmente retrata o sentimento destruidor do homem ao ver, na simbologia da bola, a cabeça do inimigo que após ser degolada, era chutada "ao leo”. Sendo assim, caro amigo, enquanto nós humanos não nos desvencilharmos de nosso atávicos resquícios, não teremos como ansiar por um futuro mais humano. Parabéns pela cruzada. Atenciosamente.
Sergio Pereira
O sorvete nosso de cada dia
Dia desses estava conversando com amigos e contei que tinha pintado o portão da minha casa de verde e amarelo e pendurado bandeirinhas do Brasil para enfeitar. Prontamente eles me criticaram, dizendo que o Brasil está passando por uma situação complicada, com tanta pobreza, tanta coisa errada, roubalheira para construção dos elefantes brancos, desvio de dinheiro para todo lado, tanto dinheiro investido nisso e eu ainda conseguia estar feliz com a Copa do Mundo no Brasil.
Essa argumentação me lembrou imediatamente de uma situação que presenciei tempos atrás. Numa sorveteria, um menino de rua entrou e pediu a um senhor que lhe desse um sorvete. O senhor negou enfaticamente, e a criança, cabisbaixa, foi embora. O senhor então se virou para mim e disse que se esse menino tivesse pedido um pão ou um prato de comida ele teria dado, mas sorvete não. Fiquei quieto e pensei a respeito dessa lógica na qual quem é pobre não pode ter uma felicidade sequer, não pode se dar ao luxo de ter um momento de prazer. O menino pobre que está condenado a somente sobreviver, a não ter um pouco de lazer ou alegria. Uma vida resumida a sobrevivência. Se o sorvete lhe trará um momento de felicidade, isso não importa. O que importa é que ele é pobre, e por isso deve comer pão para sobreviver. Por quê?
Pensando nisso, respondi aos meus amigos que somos, sim, um país pobre, subadministrado e de 5º mundo, mas será que isso significa que temos que ficar presos à miséria e aos problemas do dia a dia? Será que não podemos tomar sorvete de vez em quando? Temos apenas direito de comer pão e comida, estamos condenados a reclamar e reclamar? Se é assim, por que dormimos na hora de agir? E na hora de votar?
Como todos os brasileiros, estou extremamente decepcionado com o nosso país, sobretudo com a política, com tanta roubalheira/corrupção/impunidade, com hospitais superlotados, falta de profissionais e medicamentos, crianças nas ruas e por aí vai... O imposto aqui é um animal e a sociedade é tratada como bicho. Desde pequeno, escuto meu pai reclamar dos mesmos problemas do nosso país, isso aqui nunca muda. Porém, ao mesmo tempo, o futebol é a minha paixão, e a Copa do Mundo será no meu pobre país! Eu não vi a copa de 1950 e penso que nunca mais verei outra copa sendo realizada por aqui. Mas a Copa está aí, o estrago já foi feito, quem tinha que roubar já roubou. O dinheiro que era de Saúde e Educação já foi desviado, os elefantes brancos já estão à solta, a Fifa será dona do país durante 30 dias. O que fazer? O povo quer agir agora, como se nunca tivéssemos tido tempo para isso. Povo covarde, quer botar as manguinhas de fora durante a copa e depois volta tudo a ser a mesma droga de sempre.
Eu? Eu quero é me esbaldar no pote de sorvete e que se dane a política durante esses dias. O momento é de alegria, a grande festa do futebol é aqui e agora! Não vou deixar que os políticos corruptos tirem o meu paladar. A política e a roubalheira têm que ser combatidas no cotidiano, temos que demonstrar nossa insatisfação na hora do voto, temos 365 dias por ano para demonstrá-la. Então, por que temos que ser um "povo forte” e mostrar a nossa garra somente na época da copa? Por que não nos unimos e não demonstramos nossa frustração na hora do voto? Por que o gigante tem que dormir para depois acordar? O gigante não pode é dormir! O gigante tem que ficar sempre alerta!
Neste momento, cada um está olhando para o próprio umbigo, as categorias se mobilizando para encurralar o governo por aumento salarial, enquanto que o grande problema já está ficando de lado. Primeiramente, temos que combater com veemência essa politicagem podre da nossa pobre colônia portuguesa. Povo de memória curta. Da copa até as eleições, o povo esquece tudo e na hora de votar, aquela garra toda para brigar pelos nossos direitos se esvai, e votamos nas mesmas drogas de sempre, nos mesmos ladrões de sempre.
Por que em vez de dizer que não haverá copa, em vez de pararmos o Brasil durante a copa, não paramos o Brasil depois da copa? Por que não lutamos pelos nossos direitos durante todo o ano? Temos 365 dias por ano para lutar por dignidade na política. Por que nunca lutamos? Por que não lutamos usando a nossa consciência no momento do voto? Temos o poder nas mãos, mas não sabemos delegá-lo.
Já pensou se esse gigante dorme de novo e só acorda na próxima copa? Parece que até mesmo ele adora futebol, pois só acorda para ver a seleção!
É hora de tomarmos o nosso sorvete, pois nem só de pão vive o homem!
Paulinho Bucsky
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