Leitores - 10 de maio 2011

domingo, 31 de julho de 2011
Faol Complementando o editorial de 05/05, o descaso com a solução da integração em qualquer ponto da cidade está colocada de lado pelas autoridades e a Faol fazendo com que os passageiros fiquem mais de uma hora dentro da rodoviária à espera da sua integração. Antonio Carlos Mattos Politicamente em xeque Todos sabemos que aquilo que os políticos prometem na campanha eleitoral não é cumprido nem de perto quando assumem o mandato. Os friburguenses sabem muito bem disso. Ocorre que a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou dia 04.05.11 uma emenda a Lei Orgânica que obriga o Prefeito eleito ou reeleito a apresentar e publicar um Programa de Metas de sua gestão observando, no mínimo, as diretrizes de sua campanha eleitoral. A emenda é bastante interessante e, pelo menos eu, espero que essa ideia aporte por aqui, não só pelos exemplos que tivemos em passado recente, mas principalmente para evitá-los no futuro. Afinal, um pouco respeito com o povo não faz mal a ninguém... Hugo Lontra Proezas externas A principal promessa eleitoral da presidente Dilma Rousseff foi a de erradicar a pobreza extrema até 2014. Espero que ela consiga cumprir o prometido. O maior trabalho que ela encontrará pela frente deverá ser o de detectar os ladrões que tentarão desviar as verbas destinadas a melhorar a existência dos brasileiros que vivem na miséria extrema. Os políticos corruptos estarão oferecendo uma vida um pouco melhor aos miseráveis em troca de votos. Esses criminosos são verdadeiros terroristas que deveriam ser eliminados sem nenhuma complacência. E quem são os miseráveis que nascem e vivem equilibrados na aresta vertiginosa que fica entre a miséria absoluta e a pobreza? Eles estão em toda a parte do Brasil. A criança pobre começa a trabalhar cedo. Uma, no meio de milhares, conseguirá estudar numa faculdade, terá um emprego razoável, e levará uma vida digna. Na maioria das vezes, eles vieram ao mundo porque os pais não sabiam o que estavam fazendo. Pai e mãe são também filhos da miséria, que se reproduziram na mesma areia movediça. Todos sofrerão a vida inteira, e seus descendentes terão a pobreza como única herança. A miséria absoluta está em qualquer lugar do Brasil. É só a gente ter coragem de olhar e sentir. Pode ser numa favela em qualquer cidade brasileira, onde uma garotinha brinca com a cabeça de uma boneca. Ao seu lado, um garoto segura a asa de um avião, levando-o em direção aos céus. A ternura dos olhos claros da menina, juntamente com a audácia dos olhos negros do menino, ao lado de uma lixeira coletiva, cheia de ratos e urubus, faz com que uma nuvem escura cubra o sol de vergonha. No interior, a mãe coloca na boca da criança uma mamadeira feita à base do leite de cabra e aguardente. Faz passar a fome e evita o choro. O silêncio de Deus se confunde com a omissão dos homens. Presidente Dilma, tenho certeza que todos desejam o seu sucesso nesta empreitada. Conforme diriam os políticos, este é um assunto suprapartidário. Wilson Gordon Parker “Todos são iguais perante a lei” A Constituição da República em seu artigo 5º prevê que ”TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI”. Então por que juízes, promotores, escolas, conselhos, prefeituras, governos e tudo o mais que se refira a esses itens, têm vagas gratuitas e reservadas para seus veículos? Tenho certeza que a Constituição é ficção científica. Pois o que se vê não é o que está escrito. Será que dentro de algumas centenas de anos, os brasileiros respeitá-la-ão, ou será que a humanidade será extinta sem que essa multidão aprenda algo? Semiramis Delling Animais Animais são aqueles que maltratam os melhores amigos dos homens. O problema é que as autoridades fazem vista grossa porque na verdade não é interessante ou não querem perder tempo fiscalizando esses maus-tratos. Não acredito que pessoas que não têm amor pelos animais sejam capazes de amar alguém. Continuem votando, povo, continuem colocando no governo candidatos que, se não estão nem aí pelo povo, imagine se querem saber dos animais abandonados. Votem, minha gente. Deuzamar Pereira Só nos resta rezar Ainda não conseguimos entender a violência, a fúria, a imensidão daquela tragédia climática que atingiu a Região Serrana naquela fatídica madrugada de 11 de janeiro de 2011. Por mais que você ouça, leia ou veja, não consegue entender o que aconteceu, e jamais sequer poderá traduzi-la em palavras. Quando a gente observa a morosidade das obras de recuperação, a lentidão das obras, a burocracia que não permite que verbas sejam liberadas, burocracia criada pelo próprio sistema e que agora somos vítimas... quando vejo as autoridades se preocuparem com grandes obras, com imensas contenções e se esquecem de nossas ruas, que estão se acabando e a gente tem que caminhar nelas, e são coisas mais simples de se fazer, pequenas obras, tapar buracos, enfim, serviços relativamente baratos e que não são feitos. Sei que é uma grande incoerência eu aqui reclamando de minha rua enquanto outros reclamam porque perderam vidas, perderam casas. O que reclamo não é nada diante disso, eu sei, mas tenho que reclamar. Por isso conclamo a todos aqueles bons friburguenses, aqueles de boa índole, aqueles que amam este pedaço de terra, para que nos unamos para que Nova Friburgo seja recuperada, reconstruída. É uma árdua batalha, uma luta sem trégua, nossa cidade precisa e depende de nós... vamos esquecer que tem gente enriquecendo com a desgraça alheia, vamos esquecer a incompetência de certos políticos, o que é deles está reservado, a justiça divina, vamos esquecer aqueles que teimam em atrapalhar aqueles poucos que querem trabalhar. A situação é complicada, problemática, pelo amor de Deus, senhores, acordem para a realidade, tem gente sem casa, tem gente que morreu, tem gente que ainda está morrendo. Procurem ir a estas regiões que foram atingidas, e verão que o abandono é tal que você chorará com a mesma tristeza que chorou no dia do desastre, chorará com a mesma intensidade. É muito triste, verá ainda restos macabros de casas que abrigaram famílias felizes... verá ainda nos escombros brinquedos de pelúcia, que uma dia alguma criança dormiu abraçados a eles, os acalentavam... Será que isto não consegue sensibilizar ninguém? Será? Por que será que vemos no dia a dia milhões sendo liberados para serem investidos na copa? Na olimpíada? Enquanto muito menos deveria ser liberado e investido em casas simples, casas populares, com pouco luxo, com pouco conforto? Por que acontece isso? Por quê? Meu Deus! Por que muita gente ainda sequer recebeu o aluguel social? São tantas exigências, tantos absurdos, que sentimos vergonha de humanos sermos. Por que brincar com o sentimento das pessoas? Por que humilhá-los tanto se o que querem é apenas um teto ou no mínimo poderem pagar por um.... Tenho certeza que ninguém gostaria de estar precisando receber este aluguel social, mas precisam dele...Dê-lhes dignidade, tenham-lhes respeito... Essa gente perdeu tudo..respeitem-nas. Tem certas coisas que acontecem nesta cidade que não consigo entender, e gostaria que alguém me explicasse. Estive ali na Fábrica Ypu para me oferecer e a minha esposa para trabalharmos como voluntários. Qual não foi minha surpresa quando fui informado que ali não se aceita trabalho voluntário, trabalho só remunerado e indicado pela prefeitura, segundo lá fui informado.... Será que está sobrando dinheiro na cidade? Acho que não! A impressão que a gente tem é que os cofres estão cheios e não tem como gastar este dinheiro, pelo menos é o que me parece... Ou então uma tremenda demagogia...Saí de lá decepcionado. Só nos resta rezar, e muito. Pedir a Deus que nos dê força, coragem, paciência para que não nos deixe entrar em pânico, em desespero... e rezem muitos por aqueles que se foram, por aqueles que ficaram trazendo na memória seus entes queridos, amigos, não é fácil não...Que Deus nos ajude! Jorge Plácido Ornelas de Souza Capital da moda íntima Embora foi de grande valia para minha tomada de decisão para sair desta cidade, achei que a matéria que saiu sobre a perda do título de capital da moda íntima em Friburgo para o Ceará foi muito ruim, pois em uma cidade que vive basicamente do setor, isto neste momento serviu para abaixar ainda mais a autoestima deste povo que anda sofrendo muito. E por tudo isto não vejo a hora de sumir desta cidade que eu amo muito, mas infelizmente anda abandonada por incompetentes no poder e falta de amor pela cidade e pelo povo que não precisava estar passando por tudo isto nos próximos dias. Estarei me mudando para Búzios, onde estarei me juntando a outras 9 famílias que já estão morando lá e estão sendo muito bem-acolhidas pelo poder público daquela localidade. Fico com muita pena de ver que em pouco tempo Friburgo vai afundar de vez, pois infelizmente... Obrigado pelo espaço e me coloco à disposição para maiores esclarecimentos. Marcelo Abreu
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