Leitores - 09/02/2013

sábado, 09 de fevereiro de 2013
Sentida ausênciaVi com profunda alegria as manifestações das sociedades de classe, da sociedade friburguense e dos leitores de A Voz da Serra, lamentando a morte de Laercio Ventura e exaltando a figura de uma pessoa que foi um apaixonado por Friburgo, contribuiu em muito na divulgação da cidade e consequentemente com seu crescimento. Sem falar no incontável número de pessoas que ajudou e de amigos que fez.Só não vi, com profundo pesar, nenhuma nota da AFI (Associação Friburguense de Imprensa), em teoria uma associação que teria a obrigação de se manifestar pelo passamento do representante da maior mídia impressa da cidade.Max WoloskerMenoresPeço atenção das autoridades sobre a frequência de menores nos sinais de trânsito em frente ao Fri Shopp, pedindo dinheiro. Onde anda o conselho tutelar?Ednea A. CostaHospital da morteHoje cedo, constatei mais um daqueles absurdos vividos pela população de Niterói. Já não bastavam as calçadas irregulares, nas quais pessoas idosas ou com alguma deficiência caem a todo momento, e, agora, sinais de trânsito próximos a locais de grande fluxo de pessoas assim são programados para os pedestres passarem em até 30 segundos. Como em frente ao Hospital Universitário Antônio Pedro, lugar que recebe pessoas de várias cidades mas faz lembrar um autódromo, com motoristas impacientes e ávidos para pegar a ponte e ganhar uma corrida. Seria bom que a prefeitura providenciasse algo que desse mais oportunidade aos pedestres chegar vivos—e inteiros—no hospital, suas casas e local de trabalho. O perigo ali é tão grande que, anos atrás, duas irmãs amigas nossas foram mortas pela irresponsabilidade de motoristas e de algumas autoridades que não estão acostumados a priorizar a vida de quem está a pé.João DirennaNiterói - RJEu... Jorge PlácidoDepois que o nosso querido Laercio me deu a chance de escrever para este jornal, e graças a isto o conheci, até comentei com ele que estava admirado com a força, com a penetração do jornal, sou sempre abordado nas ruas, por pessoas que me incentivam a continuar a escrever. Agradeço muito as estas pessoas, acho que devo dizer para estas pessoas que me abordam, que pouco me conhecem, dizer para elas um pouco de quem sou eu, até em forma de reconhecimento e agradecimento. Sou nascido e criado em Cordeiro, no Arraial do Sapo, em 1946. Costumo dizer que sou cordeirense de berço, friburguense de coração. Sofri uma adoção mútua por Nova Friburgo. Trabalhava em Cordeiro, na antiga CTB, posteriormente Telerj, fui transferido para Nova Friburgo em meados dos anos 70. Nunca mais deixei esta cidade. Aposentei-me em 2000, quando senti que a minha empresa não respeitava mais seus funcionários depois da privatização, a começar por ter sido vendida a preço de banana... Cursei meus estudos em Cordeiro, onde fiz primário, ginasial e normal. Não sou jornalista formado e nunca passei fome na infância... Não tenho hábito de ler, escrevo o que sinto e o que gosto, procuro ser contundente, contestador, minhas críticas são construtivas! Só tenho a agradecer a todos aqueles que gostam do que escrevo e dizer que tenho um carinho muito grande, muito especial por Nova Friburgo. Sou apolítico, amo de coração todo este povo maravilhoso que tanto sofre e não recebe de nossos políticos o carinho e o respeito que merecem. Vou continuar escrevendo, sempre de maneira simples, procurando adotar uma linguagem que todos entendam, sempre tendo consciência que minha liberdade termina onde a de vocês começa! Abraços!Jorge Plácido Ornelas de SouzaReflexões sobre o carnaval de Nova Friburgo – Parte 1A decadência (1988-2008). Sabe-se que o Carnaval de Nova Friburgo assumiu trajetória descendente. No período de 1988 a 2008, a estratégia da Prefeitura Municipal de Nova Friburgo de patrulhar as entidades carnavalescas e promover a figura pessoal do Prefeito/Prefeita possibilitou a atual crise de identidade e reposicionamento. Frise-se que esta reflexão é adstrita ao período entre 1988 e 2008. Primeiramente, estabeleça-se como fato histórico para o rompimento do período histórico anterior o incidente ocorrido após a apuração do desfile das escolas de samba de 1988. Na ocasião, revoltados com o resultado do desfile e a conquista do campeonato por parte da primeira colocada, adeptos da escola de samba vice-campeã teriam depredado vários equipamentos públicos locais. A repercussão fática do incidente foi o estabelecimento de novos valores ideológicos na gestão do Carnaval por parte da Prefeitura Municipal de Nova Friburgo. O primeiro deles foi o patrulhamento das entidades carnavalescas na primeira metade da década de 1990. O Poder Público local adotou o modelo cênico do carnaval das escolas de samba cariocas. Proibiu a apresentação de blocos de embalo fora da Avenida Alberto Braune e aumentou, nominalmente, os auxílios e as subvenções dos blocos de enredo na tentativa de os transformar em escolas de samba de terceiro e segundo grupos respectivamente. Ao tomar a decisão descrita no parágrafo anterior, a Prefeitura Municipal de Nova Friburgo não segmentou o produto carnaval, não adotou o modelo carioca e criou um carnaval de difícil compreensão, sem uma lógica aparente e incapaz de criar divisas, renda e receita tributária para o município. De produto turístico do período histórico anterior a 1988, o carnaval local passou a ser mera diversão burocrática da população. Os efeitos colaterais consequentes foram o esvaziamento do carnaval de rua e o “desenvolvimento” de um produto turístico pouco atrativo. Neste ponto, destaque-se o problema da segurança pública. Por mais de década, o Carnaval local foi palco de execuções do tráfico de drogas. Visivelmente, isto provocou o temor das famílias de permitirem que seus filhos caíssem na folia quer na organização quer na curtição dos blocos de rua. Por consequência, aliada ao emergir de produtos carnavalescos interessantes em outros lugares, criou-se uma geração que, majoritariamente, está habituada a passar o carnaval fora da cidade. Tanto o é que atualmente, a partir do sábado de carnaval, grande parte dos jovens que aqui permaneceram no dia anterior, simplesmente, desaparece... O segundo valor ideológico da gestão local do Carnaval foi a promoção pessoal do Prefeito/Prefeita no período entre a segunda metade da década de 1990 e o final da década de 2000. Sem análise de mercado, a Prefeitura Municipal de Nova Friburgo passou a dar à população “Pão e Circo”, prática adotada pelo Império Romano com a finalidade de promover a figura pessoal simpática do Imperador. Instrumento relevante para o valor ideológico acima foi o aparelhamento das entidades carnavalescas quer através da concessão de cargos públicos aos dirigentes, quer através do retardamento e do condicionamento da liberação dos auxílios e das subvenções sociais a interesses do governo atinentes à promoção pessoal do Prefeito/Prefeita numa atitude capaz de fazer até Maquiavel ficar constrangido. Exemplo público do conteúdo deste parágrafo ocorreu em 1994, quando em detrimento de três agremiações carnavalescas e sem motivo aparente, a Prefeitura Municipal de Nova Friburgo concedeu subvenção social apenas às escolas de samba Alunos do Samba e Imperatriz de Olaria, cujos redutos são os locais mais populosos da cidade. Por outro lado, outras cidades apresentaram novos produtos carnavalescos capazes de gerar receitas tributárias e renda para a população e atrair grande número de turistas, inclusive friburguenses. Investiram, pesadamente, em planejamento e organização, criação e gerenciamento de marcas regionais, reposicionaram-se no mercado turístico e são capazes de promover grandes eventos para grandes multidões. A pergunta que fica (e ultrapassa os limites do Carnaval) é a seguinte: hoje, Nova Friburgo tem um espaço público apto a receber um evento de grande número de pessoas de acordo com os padrões internacionais de segurança? A resposta é não, e a responsabilidade, da Prefeitura Municipal de Nova Friburgo e de prefeitos e prefeitas que por ela passaram entre 1988 e 2008. Pelo exposto, o cenário ora construído entre 1988 e 2008 ocasionou a desvantagem competitiva e comparativa do Carnaval local em relação a outras cidades do Centro-Norte Fluminense e do estado. É dever da Prefeitura Municipal de Nova Friburgo fomentar, jamais aparelhar e patrulhar. Antes de que o Carnaval de Nova Friburgo sucumba, entenda-se que ele é uma festa do povo, não da Prefeitura ou do Prefeito/Prefeita.Fábio NicolielloCarnavalDesejo às Senhoras Ilma Santos e Marta da Conceição Oliveira (leitoras dessa coluna) que se divirtam bastante no Carnaval. Infelizmente não posso desejar o mesmo para os doentes que não encontram remédios nas farmácias dos postos de saúde do município. Bem que gostaria, já que todos têm o direito de se divertir. Até faço a minha parte ajudando a prefeitura a pagar esses medicamentos. Faço o que posso!Ricardo PosenattoUnimed esclareceEm reposta à publicação da carta da leitora Sra. Rutilea Lugon, no dia 7 de fevereiro, sobre o seu atendimento no Hospital Unimed Nova Friburgo, gostaria de fazer alguns esclarecimentos: O “cartaz com 3 cores para triagem” a qual a leitora e usuária da Unimed se refere, é o “Acolhimento com classificação de risco” cujo objetivo é classificar os pacientes que chegam ao serviço de urgência de maneira a identificar os pacientes com maior risco de evolução para sérias complicações e que não podem esperar pelo atendimento, e garantir aos demais monitoramento e reavaliação até que sejam atendidos pelo médico. A ANS (Agência Nacional de Saúde) através de seu programa de qualificação dos hospitais prestadores de serviço a operadoras de planos de saúde (Qualiss) tem como meta a classificação de risco de 1 00% dos pacientes atendidos nos serviços de urgência, em um ano a partir do mês de julho de 2013. Nós do Hospital Unimed Nova Friburgo estamos fazendo a implantação desse acolhimento de forma escalonada. Já temos o serviço de acolhimento atendendo aos pacientes clínicos no período diurno; no início do mês de fevereiro começamos a atender aos pacientes pediátricos também no período diurno, e nossa meta é acolher e classificar o risco de 100% dos pacientes no período determinado pela ANS. Optamos por iniciar pelos turnos diurnos devido ao fato de que o movimento de pacientes no Pronto Atendimento é muito maior nesse período. Os pacientes que são atendidos no período noturno chegam à presença do médico plantonista para serem avaliados num intervalo de tempo menor, dispensando, na maioria das vezes, o pré-atendimento pela enfermagem. Deixo claro que quando o número de pacientes aumenta durante o turno noturno, um profissional de enfermagem é deslocado para proceder o pré-atendimento e a classificação de risco. E quanto ao número de plantonistas noturnos, a que a leitora também se refere, pelo mesmo motivo, isto é, o menor número de atendimentos noturnos em relação aos diurnos, ainda não vimos necessidade de aumentar o número de médicos plantonistas, mas estamos sempre avaliando essa necessidade. Grato pelas suas considerações, espero ter dirimido as suas dúvidas. Atenciosamente, Dr. Aldino Tavares de Souza Junior diretor geral do HUNF Baderna 3 Venho mais uma vez, encarecidamente, através deste ilustre jornal, solicitar providências, não sei se por parte da Autran ou da Polícia Militar, para coibir a baderna existente em Lumiar. São motos que circulam sem o devido cano de descarga que só fazem barulho e andando em alta velocidade, colocando em risco suas vidas e a de terceiros, a maioria conduzidas por menores sem a devida habilitação e sem placa para identificação. Marco Pina 
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