Leitores - 08/03/2013

sexta-feira, 08 de março de 2013
Mensagens pela internet sem identificação completa e textos digitados com todas as letras maiúsculas serão desconsiderados para publicação. Em razão do espaço, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal também se reserva ao direito de publicar ou não as cartas dos leitores.PaliativoTodos devem se lembrar de quantas vezes aquele trecho de estrada ali na serra em frente àquele biquinha de água maravilhosa desabou, aconteceu por várias vezes, consertava... caía... consertava... caía, e assim foi por muitos e muitos anos, até que fizeram no local uma sondagem no terreno e descobriram a causa de tanto transtorno, uma nascente que na ânsia de brotar, acabava por derrubar tudo! Lembram? Fiz questão de citar esta ocorrência para poder falar daquela situação entre os quilômetros 77 e 78 ali na Ponte da Saudade, próximo daquele pardal eletrônico, a Rota-116 vive “paliativando” aquele local, que me lembra muito aquela situação citada no início desta carta, não se pode admitir que uma concessionária que nos cobra um pedágio tão caro, absurdo, em um trecho relativamente curto da rodovia, cobrando nos dois sentidos, ainda não fez naquele local uma sondagem no terreno para descobrir o que realmente acontece ali, por que um lado afunda e outro sobe, causando um desnível muito perigoso, que só não é mais perigoso devido ao pardal ali existente, chega de brincar com a segurança de seus usuários, chega, ainda mais vocês que vivem falando de segurança, de pedágio revertendo em segurança... Sabem o que é segurança? Sabem o que é respeito à vida? Não, acho que não sabem! Perguntem antes de me responderem, se os usuários estão satisfeitos com a concessão de vocês?... Perguntem se estão satisfeitos de vocês tornarem Nova Friburgo refém de duas praças de pedágio? Isso foi covardia e desinteresse do prefeito da época, que pouco se importou com este absurdo! Perguntem a seus usuários se estão satisfeitos com esta tarifa cara, absurda, cobrada por vocês? Perguntem se eles acham que o tratamento da rodovia, a segurança, condiz com o pedágio cobrado? E não me venha com esta história ridícula falando de contratos, se perguntem se tudo que está no contrato foi cumprido... Não questiono a legalidade deste contrato,questiono sim... Se ele é justo! Se vocês conseguirem, uma, apenas uma, resposta afirmativa das pergunta formuladas, deixo de reclamar e perturbar vocês! Ora bolas! Me poupem! Nos poupem! Nos respeitem!Jorge Plácido Ornelas de SouzaJosé ManoelO dia de hoje marca uma grande perda para nós, ainda agarrados à terra por força da gravidade, da nossa ignorância, da nossa vista embaçada; e marca uma grande aquisição para nossos espíritos imortais, desapegados da matéria e com a visão ampliada, rumo à perfeição. Nosso amigo, irmão, professor e doutrinador José Manoel se despediu de nós com seu estilo inconfundível, marcante e profundo. Durante os últimos 15 anos de minha vida eu o ouvi falar apaixonada e generosamente sobre os ensinamentos da doutrina espírita, e também debater e combater energicamente as distorções cometidas em nome dela. O Espiritismo é uma ciência, uma filosofia a que ele se dedicou por 40 anos, estudando com seriedade. Polêmico, apontava corajosamente os abusos, os equívocos, o culto ao bezerro de ouro, que tanto atrapalha as religiões no mundo, incluindo a doutrina espírita. Denunciando o erro, falava de amor. Incompreendido, era com frequência questionado sobre seu método de falar da doutrina. Parecia, aos desavisados, raivoso. Mas não, sua contundência não continha raiva. Era indignação. Esse direito sagrado do Ser Humano de se indignar ante qualquer afronta a princípios; no seu caso, aos da doutrina de Kardec. A verdade é que sua forma de falar era um alerta, um alarme. Um jeito corajoso de falar do seu amor pela preservação da pureza de uma doutrina que também ensina a apontar o erro, sem julgar o que erra. José Manoel tem muitas histórias. A maioria delas está gravada nas centenas de palestras proferidas ao longo de sua vida espírita. Deixa um legado de muitos ensinamentos. E conhecimentos. E curiosidades. Um dia, passando pela Praça Getulio Vargas, depara-se com um grupo de jovens que, com cartazes ao peito, solicitavam aos passantes um abraço. José Manoel passou, parou, recebeu e doou um abraço. E prosseguiu. Acabada a tarefa que o fizera atravessar a Praça, apressou-se a voltar, na esperança de encontrar o grupo. E lá estava ele, em meio aos jovens que pediam “Me dá um abraço”? Como não! E conta que, feliz da vida, recebeu novo abraço, tornando aquela experiência digna de ser eternizada em sua/nossa memória. Dá para conciliar o homem dessa história com um homem raivoso? O dia de hoje, certamente, marca nossa perda e nossa aquisição nos dois planos. Sorte nossa, que ele tenha vivido entre nós e que o tenha feito de maneira tão estrepitosa. Bom para o Espiritismo ter um divulgador ardoroso. Melhor para todos os que compartilharam de sua indignação, de suas convicções e de suas histórias recheadas de riso, choro, fracassos, vitórias, erros e acertos. O dia de hoje, do lado de cá, recebeu sua volta à terra com um brilho especial, de pura gratidão. O dia de hoje, na espiritualidade, recebe sua própria luz, com grande emoção. Deidi Lucia RochaPonte BrancaCom o fechamento da Ponte Branca , o trânsito passou para a General Osório, Praça Getúlio Vargas e Paissandu, provocando mais confusões. Eu não sou engenheira de trânsito, mas como motorista, dou minha opinião, os semáforos da Av. Comte Bittencourt e da Rua Augusto Cardoso deveriam ficar fechados um pouco mais de tempo (alguns segundos), para dar tempo aos carros que atravessam a ponte poderem passar, desafogando assim o trânsito da outra avenida. Uma solução, penso eu, simples e que ajudaria muito.Karina Finker BelartDia da MulherHoje, o mundo comemora o Dia da Mulher. No entanto, esta pequenina parte do Universo não tem muita razão para fazê-lo. Basta abrir noticiosos de qualquer nacionalidade (a Internet permite isto) para constatar que milhares de mulheres continuam sendo humilhadas, estigmatizadas e discriminadas, todos os dias, isto quando conseguem sobreviver após a ira incontrolável dos homens. A covardia contra Elisa Samudio, praticada pelo ex-goleiro Bruno e seu “time”, é prova inconteste da fragilidade da maioria das mulheres. O dia 8 de março não deixa de ser representativo, só que elas precisam de muito mais que os bonitos e importantes eventos para marcar a data para continuarem com a incomparável vocação de amar, compreender e, sobretudo, cuidar de todos nós desde o nascimento. Márcia Direnna Assistente Social Niterói - RJJosé Manoel (2)Não conhecia o José Manoel. Mas assistia sempre aos seus programas. E taí uma perda irreparável, não só pra Friburgo. Foi cedo demais! A gente precisava mais dele aqui! Lúcido, honesto, espiritualizado, dotado de uma inteligência ímpar, sem medo de falar o que pensa, propagava a doutrina espírita de maneira impactante, enfática, sincera, honesta e lúcida. Sem desrespeitar as demais religiões, mas rebatendo doutrinas de acordo com o que ele e a verdadeira doutrina espírita seguem. Combatia quem fazia mau uso da doutrina mercantilizando a mesma. Explicava que não queria obrigar ninguém a nada e nem catequizar ninguém. Apenas seu papel era esclarecer e mostrar seus pontos de vista e visões do mundo, sempre muito lúcidas e coerentes, mesmo não agradando a todos. Vá com Deus, José Manoel. Certamente você fez a diferença aqui na Terra. Fique em paz.Juliana AguiarChorar pelo petróleo derramadoNem o mais otimista dos otimistas pode fazer vista grossa ou ficar indiferente para o resultado do veto à Lei dos Royalties. Mesmo com a posição firme dos parlamentares fluminenses e capixabas—e alguns discretos paulistas—a vitória acachapante dos chamados não produtores, maior parte dos estados da Federação, deixou claro a seriedade daquele momento que feriu alguns princípios constitucionais, sendo os principais a quebra dos atuais contratos e do dispositivo que destina recursos diferenciados para quem arca com todos os ônus pela exploração. Mesmo indo à Justiça, os derrotados devem estar preparados para os prejuízos que, praticamente, já podem começar a ser contabilizados. Como o pagamento dos royalties não se enquadra no princípio da anterioridade, ou seja, quando o tributo só entra em vigor no ano seguinte ao de sua aprovação, estima-se haver rapidez no novo critério de repasse e prejuízos (muitos prejuízos, aliás) principalmente para os municípios dependentes dos recursos. Agora, ao invés de se depender, apenas, da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI ou Adin) e perder tempo chorando por um leite que podia não ter sido derramado desta forma—caso a habilidade política se aproximasse apropriadamente do governo federal e este cedesse um pouco mais, fazendo o verdadeiro papel de União—uma boa estratégia é tentar participar da divisão de outros recursos que, como o petróleo, também é de todos os brasileiros. João DirennaQuissamã - RJ
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