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Leitores - 08/02/2013
sexta-feira, 08 de fevereiro de 2013
Aos usuários do SUS “A deflagração de uma futura greve apoia-se na falta de avanço nas reivindicações feitas à Fundação Municipal de Saúde em documentos protocolados. Desde 05 de Junho de 2012 (Processo de Nº 010647/2012), os técnicos em radiologia vêm exaustivamente tentando solucionar questões referentes ao piso da categoria, porém, não houve qualquer avanço no atendimento das demandas apresentadas, com isso não nos resta outro caminho, que não seja o de deflagrar um movimento grevista. Nosso desejo é que a população possa vir a usufruir de um atendimento de qualidade e que os servidores técnicos em radiologia tenham a sua valorização reconhecida através de um salário digno, conforme a legislação vigente e as melhorias nas condições de trabalho, para que não cheguemos a fazer greve. Nossa luta significa a defesa dos interesses da população do Município de Nova Friburgo para um serviço de saúde de qualidade. – Correção salarial, conforme a Lei Federal 7394/85. Diante do exposto, queremos buscar soluções que garantam nossos direitos. Atenciosamente, Técnicos em Radiologia do Hospital Municipal Raul Sertã.” Não haverá agitação, pois em frente ao Hospital não pode haver barulho ou qualquer tipo de movimentação, porém, haverá a total paralisação do serviço e faixas em frente o hospital, mas iremos respeitar os atendimentos de emergência à saúde. Gostaria de veicular essa informação de Greve na mídia para cumprir conforme a Lei de Greve. Motivos da Greve: Técnicos em Radiologia do Hospital Raul Sertã requereram através de documentos a Correção Salarial, que já somam mais de oito meses, comprovando de forma insofismável, a posição intransigente da Prefeitura e Fundação Municipal de Saúde de Nova Friburgo. Os médicos tiveram um aumento de Médicos, R$ 8.000,00, enquanto os técnicos em radiologia e outras classes continuam ganhando R$ 678,00. A nossa indignação é que desde 5 de junho de 2012 protocolamos um documento tratando sobre o salário do Técnico em Radiologia, a nossa remuneração está pautada em uma Lei Federal 7394/85, esta Lei não é cumprida pela Fundação de Saúde.Denílson Mendes PessoaDinheiro com MomoOrçamento da União para 2013, só depois do Carnaval. Isto tudo está dentro do script e a população já está acostumada a ver seus interesses postergados, sempre, para depois da “festa”. No caso, os acordos feitos para atender os seus próprios desejos. As famosas negociações. Ninguém acredita mais em trancamento de pauta, apreciação de vetos, decisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), falta de quorum e falta de consenso. A verdade é que para atender o governo, dando-lhe os recursos necessários, a oposição que ser “acariciada” e a base aliada a redistribuição dos royalties do petróleo. Aí tudo caminhará normalmente, com a maioria do Congresso Nacional mantendo o casuísmo, o corporativismo, a falação desatinada e o atendimento às suas emendas e demais demandas. João Direnna, Quissamã - RJNova FriburgoNo final de 1951, fui morar em Nova Friburgo. Quando cheguei de trem, achei lindo o prédio da Estação Ferroviária (onde hoje funciona a Prefeitura). Fiquei encantado, um dia depois, com a iluminação da Praça Getúlio Vargas (naquele tempo, Praça 15 de Novembro). Conheci o Rio Bengalas, cujas margens eram lindas, cheias de hortênsias, especialmente nas proximidades do Clube Xadrez e da Sociedade Esportiva Friburguense, na Avenida Comte (com M) Bittencourt. A cidade era tão linda, tão aconchegante, que o poeta J. G. de Araújo Jorge dizia: “Friburgo: um caminho a caminho do Céu.” Um poeta friburguense, que se chamava Caetano (?), procurou resumir a beleza e a poesia da cidade nestes versos:“Tuas formosas praças fazem o forasteiro sonhar...Friburgo, teus lagos me falam de amor, ciúme, saudade.E na fonte suspiro toda a felicidade!”Em 1951, eu, como forasteiro, fiquei extasiado com as praças da cidade, com lagos artificiais do Parque São Clemente (hoje, Country Clube). Na Praça do Suspiro, havia uma fonte com a inscrição de três palavras: amor, ciúme, saudade. E o poeta friburguense, pensando na Praça do Suspiro e na fonte, suspirou toda a felicidade.Hoje, depois de tanto tempo, diante da tragédia que devastou a Região Serrana, vejo arrasada e quase destruída a terra em que fiz muita amizade e burilei meu caráter e minha educação. Não acredito que Friburgo tenha acabado. Acredito, sim, na reconstrução da Cidade dos Cravos. O orgulho e o denodo do friburguense serão a alavanca do soerguimento da região tão castigada pela fúria da natureza. Nova Friburgo há de continuar encantando os forasteiros. Será sempre um Caminho a Caminho do Céu. E, na Praça do Suspiro, sempre haverá um turista apaixonado, diante da fonte, sentindo o magnetismo das palavras Amor, Ciúme, Saudade.Que o atual prefeito, no trabalho de reconstrução de Nova Friburgo, não se esqueça de fortalecer e embelezar as margens do Rio Bengalas com as lindas hortênsias e pense um pouco na limpeza da Praça Getúlio Vargas.Antônio de Pádua PintoO abandono da Ponte BrancaAntes pioneira na época da criação dos primeiros circuitos turísticos em nossa cidade, a região da Ponte Branca encontra-se abandonada. Sistematicamente é feito depósito irregular de lixo na beira das estradas, a capina é deficiente e espaçada, a coleta de lixo é irregular, o caminhão da prefeitura responsável pelo recolhimento deixa para trás sacos de lixo e restos espalhados pelo chão atraindo roedores e o estado da estrada é absolutamente precário. Concentrando empreendimentos na área de agricultura e turismo rural, o local tem sido negligenciado por várias administrações municipais nos últimos anos—e a despeito dos inúmeros, sucessivos e frequentes contatos deste leitor e de outros moradores pedindo providências, a prefeitura praticamente ignora a manutenção do local. Dou um exemplo: desde o ano passado é despejado à beira da estrada (na altura do trevo da Fazenda Bela Vista, onde se inicia o trecho da estrada de terra) inúmeros dejetos, restos de obra, móveis e lixo—de tal maneira que às vezes chega a ocupar metade da faixa da péssima estrada. A cerca de 7 meses venho tentando (sem sucesso) fazer com que a prefeitura (através da Secretaria de Serviços Públicos) vá até o local coletar este entulho clandestino—tendo eu inclusive me prontificado a cercar o local após a limpeza e as minhas próprias custas para evitar novos descartes criminosos de lixo—visto que não é possível identificar o proprietário desta faixa de terreno que margeia a estrada. A praça que também fica na altura desse trevo nunca é cuidada. As placas quebradas foram consertadas pelos próprios moradores e o mato cresce a olhos vistos, com pilhas de despachos, velas e garrafas quebradas se amontoando pelo meio-fio em torno da praça. Novamente vários pedidos de limpeza e capina foram feitos na mesma Secretaria, inúmeras vezes e sem sucesso—tanto por telefone como pessoalmente. Foi feito inclusive um novo paisagismo por um dos moradores da localidade no ano passado, mas praticamente todas plantas foram furtadas no dia seguinte e desde então a praça encontra-se em ruínas. Outro exemplo: recentemente o governo do estado entregou a nova ponte na estrada João Heringer, na altura do Ribeirão do Capitão, em substituição à destruída pela tragédia de 2011. Além do péssimo acabamento da obra (entregue às pressas em dezembro passado, depois de 2 anos de atraso e muitas cobranças do Ministério Público), a empreiteira contratada para finalizar o serviço fez um corte inadequado de um barranco numa das cabeceiras das pontes para aterrar o local. Resultado: nas chuvas dos últimos dias a barreira deslizou, fechando metade da estrada. Novamente acionamos a prefeitura solicitando providências mas até agora não recebemos nenhum retorno. Lamentável a falta de compromisso com os moradores do local. Estamos às moscas! Pedimos socorro ao Prefeito Rogério Cabral!Atenciosamente,Leonardo PinheiroDesrespeitoSaiu uma nota na Coluna de Giuseppe Massimo, em 02/02/13, informando que a Justiça considerou improcedente ação movida por cidadãos contra o Nova Friburgo Country Clube, que desrespeita a Legislação que cuida do sossego público, de todas as esferas (municipal, estadual e federal), causando incômodo com o ruído excessivo proveniente de suas dependências. Tal decisão da Justiça e a omissão da Prefeitura e da Polícia são lamentáveis, pois o referido clube voltou a incomodar toda a vizinhança com o altíssimo som, que soou até quase às 5h da manhã de 03/02/13, tornando impossível o descanso! Isso é uma vergonha! As autoridades têm que reprimir energicamente este total desrespeito às leis e aos cidadãos! Em nossa cidade, só obedece a Lei quem quer?JohnnyChuvasMais uma noite de grande preocupação com as chuvas e alagamentos em nossa cidade. A lama tomou conta de trechos do Centro, correria para retirar carros de garagens, em plena madrugada. Muitos bueiros entupidos com lixo da população, que não aprendeu nada com as enchentes de 2011 e suas tragédias. A conclusão é que Nova Friburgo continua sem infraestrutura para fazer frente a episódios climáticos desastrosos. Até quando?Silvia LiborioVolta ao larCom enorme prazer e na busca por tranquilidade e temperatura civilizada, depois de dois anos servindo a pátria na região Norte do Brasil, retornam para seu chalé na Serra fluminense, em Lumiar, o novo Delegado do Servico Militar em Niterói, o Tenente Antonio Carlos Cardoso, e família. Nova Friburgo sempre esteve em nossas conversas. Nos resta apenas a sensacão de estar de volta ao lar. Obrigada pela atenção. Wania Edith CardosoEucaliptos teleguiados em Nova Friburgo Em Nova Friburgo, os eucaliptos centenários da Praça Getúlio Vargas (ponto turístico da cidade) vêm desafiando os botânicos, biólogos e pesquisadores. Tudo porque foi descoberto que os mesmos apresentam algum sistema de navegação similar a um GPS. Mesmo com um rudimentar aparelho de orientação, as árvores e galhos que caem são capazes de atingir com precisão somente os bancos da praça. A predileção pelos bancos é tão preocupante que as autoridades locais resolveram retirar os bancos da praça a fim de evitar acidentes. Segundo as autoridades, a população não corre risco, pois cortes e podas dos mesmos estão sendo feitos. Afirmam também que não há necessidade de interdição da praça, pois o lenhoso tem como alvo apenas os bancos. Células meristemáticas das árvores já foram enviadas para a National Aeronautics and Space Administration (NASA), para que esta realize estudos minuciosos nas amostras, pois existe uma suspeita de que pedaços do asteroide Eros tenham trazido sementes evoluídas de Órion. O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) não quis se pronunciar sobre o assunto, porém um servidor que preferiu ficar no anonimato disse: “Acho muito estranho não interditarem toda a praça!”.Sidnei Fernandes CoelhoAlto do CateteSugiro fazer reportagem sobre o bairro Alto do Catete, que está com as estradas intransitáveis, colocando em sério risco aqueles que precisam passar por elas. Em 1º de fev-2013, com a chuva, parte da estrada cedeu e não há, desde então, transporte público na localidade. As pousadas estão alugadas para o Carnaval. Como será? Já solicitamos providências do poder público, mas até agora, não tivemos resposta.KellenPublicaçõesFui informada pela PMNF que o jornal não publica mais as nomeações e convocações do concurso da prefeitura. Gostaria de saber desde que data, pois estou esperando para ser convocada pelo concurso e simplesmente trocaram por um outro jornal que ninguém conhece. Obrigada.Carla MiguelLivrosPara evitar que a minha colega de escola pegasse uma gripe, eu, moleque recém-saído das fraldas metido a esperto, resolvi dividir com ela o guarda-chuva na esperança da recompensa que veio e mesmo não tendo sido lá essas coisas eu não pude me queixar. Ela, molhada como um pinto, atravessou correndo a rua e protegendo os livros sob a blusa veio em minha direção. Entrou debaixo do meu chapéu como se ele fosse a marquise de um centro comercial. Sorriu enquanto sacudia os cabelos lambidos pela chuva molhando o que havia de seco, em mim. Pegou os livros e se deixou conduzir por um cara que não tirava da cabeça a imagem da mocinha com a roupa encharcada que colada na pele simulava a sensualidade da mulher na garota que era ela. Nesse devaneio eu a resguardei do tempo enquanto eu me expunha congelando ao relento. A imagem era encantadora de se ver. O casaco de educação física que eu vestia me proporcionava o calor que certamente o corpo dela precisava. Tremia de frio aquela criança que crescia no gestual e nas feições do rosto com a aproximação que a oportunidade nos proporcionava. Passei, meio sem jeito, por sobre os seus ombros o braço e a cada passo a estreitava mais e mais junto ao meu peito. Calados caminhamos um bom pedaço saltando por sobre as poças que uma a uma eram deixadas para trás. O guarda-chuva nos escondia dos olhares alheios provocando uma falsa privacidade. Ainda presa aos meus braços saltava as poças já sem frio e nenhum respeito. Toda vez que errava o salto, por ou sem querer, o seu pé jogava água que acabava molhando os meus e isso provocava nela boas risadas e muitos gestos. Enquanto ria seu corpo serpenteava sob as roupas molhadas me deixando perceber o bico enrijecido do pequeno peito. A certa altura alguma força que não era a minha me fez cingi-la na cintura ficando as nossas bocas a um beijo de distância. Seus olhos que olhavam os meus se fecharam como a cortina de um teatro interrompe a cena do primeiro ato, e eu a beijei nos lábios levemente. Esqueci o guarda-chuva que jazeu aos nossos pés e, naquele set, protagonizamos o melhor final de todas as peças. Esse filme rodou na minha memória agora quando caiu do livro, Reinações de Narizinho, de Lobato, uma pétala seca e descorada que pertenceu àquela rosa vermelha e perfumada que ela me deu quando devolveu o livro que a ela eu emprestei.Silvio Afonso de Macedo
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