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Leitores - 07/12/2013
sábado, 07 de dezembro de 2013
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Ponto de Vista 1
Sobre os trabalhos do Rodrigo Marins Marretto, desejo parabenizá-lo por sua iniciativa e pelo interesse demonstrado pela pesquisa do importante papel exercido pelos escravos na formação da sociedade friburguense.
Mas, não tenhamos dúvidas de que, num passado não muito distante, Nova Friburgo viveu uma sociedade escravocrata.
Relendo a História, aprendemos que a escravidão é tão antiga como o gênero humano. Havia escravos no tempo dos Hebreus, dos Gregos, dos Romanos, que os recrutavam entre prisioneiros de guerra e os povos vencidos. Moderadamente, havia escravos entre os Negros africanos, apesar dos esforços dos Europeus para abolir o tráfico.
Conforme o próprio nome diz, Zumbi dos Palmares era de Palmares, em Alagoas. Conta-se que numa batida, as tropas legais conseguiram aprisionar um de seus companheiros, que, com a promessa de ser libertado, denunciou o local onde se escondia líder. Em 20 de novembro de 1695, Zumbi foi descoberto. Resistiu, lutou e foi morto.
Supersticiosamente, os negros julgavam-no imortal. Para atemorizar os negros, expuseram sua cabeça em lugar público – assim conta a História, que descreve a trajetória de Zumbi dos Palmares.
Por fim, é tempo de conhecermos mais um pouco do passado de Nova Friburgo, quando ainda imperava o sentimento escravocrata das famílias e herdeiros das grandes fazendas e a formação da colônia suíça na região.
Mário de Macedo Cristino
Ponto de Vista 2
Cumprimento A Voz da Serra pela oportuna coluna Ponto de Vista, e quero me referir especialmente à edição do último fim de semana, quando tive o prazer de ler os comentários do professor José Tadeu Costa.
Tadeu é um cidadão consciente da situação do negro na sociedade brasileira, e um batalhador – nada panfletário, mas persistente – para que os direitos e deveres dos afrodescendentes sejam reconhecidos e respeitados.
O Brasil tem com os negros uma dívida extraordinária, pelo muito que eles fizeram pela construção deste país, verdadeiramente com sangue, suor e lágrimas. As formas de reparar essa injustiça histórica são discutíveis, mas é inegável que muito precisa ser feito para que os eles sejam valorizados na justa medida da contribuição que deram para que o Brasil se tornasse uma nação rica e independente (que é, apesar dos pesares).
Sabemos que a Abolição da escravatura foi, também, a absolvição da escravatura. Disseram aos escravos, vocês agora são livres, e continuaram a tratá-los como escravos. Nenhum apoio, nenhuma recompensa, nenhum reconhecimento. Documentos indicam que a Princesa Isabel falava em dar terras aos libertos, mas essa intenção, como é tão comum no Brasil, morreu no vasto leito das boas intenções. As más intenções, como vemos diariamente nos noticiários, essas sempre se concretizam.
Somos um país mestiço e, como bem ressaltou Darcy Ribeiro, essa é a nossa maior riqueza, porque a humanidade caminha cada vez mais para a mistura de povos diferentes (pois raça só existe uma: a raça humana. Ou, como disse Mia Couto, cada homem é uma raça). Nessa caminhada, conclui nosso grande antropólogo, estamos muito à frente de outras civilizações.
A brincadeira de que todos os japoneses são iguais tem alguma razão de ser, pois se trata de um povo só, uniforme. Nós, brasileiros, somos muitos povos, num único povo, num povo único, porque diferente de todos os demais.
Grande parte desse e de tantos outros valores nossos provêm dos negros, dos mulatos, dos quase brancos, dos quase pretos, enfim, de toda essa gente que ajudou, e ajuda, a construir o Brasil.
Parabéns para A Voz da Serra, ao professor Tadeu e a todos que – independente de cor – lutam para que a verdade e a justiça prevaleçam neste país que Darcy Ribeiro classificou como a "mais bela e luminosa província da Terra”.
Robério José Canto
Autran (1)
Em recente matéria deste conceituado jornal, verifiquei a Autran, Autarquia Municipal de Trânsito, estabelecida na Rua Vicente Sobrinho, Olaria, realizando inúmeras apreensões e multas de veículos irregularmente estacionados na Rua Nossa Sra. de Fátima, Centro. Ora, quando será que seremos contemplados com tal atitude? Somos moradores de Olaria e com certeza e sem nenhum receio de errar, há muitos anos não são realizadas tais atitudes em nosso Bairro de Olaria. Como sempre afirmo, nosso Bairro encontra-se totalmente abandonado pelo poder Público, onde sequer a Autran mantém guardas para disciplinar o trânsito em Olaria. Srs. possíveis candidatos aos Poderes Legislativo e Executivo, novas eleições se aproximam, fiquem atentos às nossas reivindicações.
Robson
Autran (2)
Fui morador da cidade do Rio, São Paulo e algumas poucas da Europa e dos Estados Unidos, por isso posso garantir que nunca vi tamanho desrespeito às leis de trânsito como em Nova Friburgo. Aqui a gente vê carro estacionado nas esquinas sem a observância dos 3 metros, cuja distância permitiria a entrada e saída de quem pretende dobrar na via. Quanto aos idosos e portadores de deficiência física, estes são humilhados quando a vaga a que tem direito é ocupada por quem não tem o cartão que o credencie. Basta que os agentes da Autran se deem ao trabalho de visitar as do Friburgo Shopping, Casa Friburgo na Praça Dermeval Barbosa Moreira, 5, e também as da Sete de Setembro, altura do número 22, para que eles se envergonhem do tamanho descalabro. Caso os idosos e deficientes tenham sobre eles os olhos do órgão responsável, todos agradecerão em nome da lei.
Silvio Afonso de Macedo
Executivo e Legislativo
O Ventríloquo Prefeito de Nova Friburgo Rogério Cabral mais uma vez usou seus Vereadores (Marionetes), Márcio Damazio, Alexandre Cruz , Wellinton Moreira, Gustavo Barroso, Ricardo Figueira, Francisco Barros, Joelson do Pote, José Carlos Jacutinga, Nami Nassif, Vanderleia Lima, Dr. Luiz Fernando, Cristiano Hugennin, Marcelo Verly e Alcir Fonseca para finalmente acabar de vez com todas as instituições friburguenses.
Parabéns, vereadores...
Um abraço.
Gilbert Éboli Varol
A Voz dos Leitores
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