Leitores - 06/10/2012

sábado, 06 de outubro de 2012
Um caso muito tristeDias destes estava conversando na Banca do Marinho ali no Paissandu, quando achegou-se a nós um cadeirante, aparentando estar no mais completo abandono. Começamos a conversar e o que este Sr., que diz chamar-se João Pereira, nos contou, e acredito esteja falando a verdade, pois estava visivelmente revoltado, é de cortar o coração, uma história de vida que nos ensina que não devemos reclamar da vida, nem blasfemar contra Deus, pois somos felizes diante de tantas coisas ruins que aconteceram com este sr., vejam, contada por ele mesmo a sua história, cruel e desumana... Se identificou como João, sua profissão era caminhoneiro, tem 38 anos (parece que tem muito mais), morava com sua família lá pros lados do Campo do Coelho, disse que perdeu tudo o que tinha nas enchentes de janeiro de 2011, perdeu seu pai, sua mãe, sua esposa  e seus cinco filhos, além de sua casa... Continuou trabalhando como caminhoneiro, acabou sofrendo um acidente lá pras bandas de São Paulo e acabou paraplégico não podendo trabalhar mais, acabou em cima de uma cadeira de rodas, recebia do INSS, mas há poucos meses atrás o INSS cortou o seu benefício, disse que o INSS alegou que ele podia trabalhar, não entendi, mas foi o que disse, tenho testemunhas de toda sua história... disse que esteve na prefeitura mas o prefeito recusou a recebê-lo, foi expulso da prefeitura por um guarda municipal que esteve ao ponto de agredi-lo, só não o fez devido à intervenção de outro guarda, com certeza mais inteligente e humano do que tentara agredi-lo, vejam bem, agredir um cadeirante, um deficiente físico. Um absurdo! Agora vive perambulando pelas ruas. Meus amigos, não sei se este homem está falando a verdade, acredito que sim... É uma das muitas histórias tristes que aquela madrugada de 12 de janeiro nos deixou como herança que nos faz refletir o quanto tivemos sorte, sobrevivente que somos, antes de reclamarmos da nossa sorte, da nossa vida, que pensemos que existem pessoas que sofreram muito mais que nós, pensemos bem, antes de nos considerarmos abandonados ou infelizes... afinal, temos nossas casas, nossos filhos, nossos pais, temos pernas e braços, então, reclamar de quê? Saibam que a coisa foi tão cruel, tão brutal naquela madrugada de janeiro, que centenas de histórias iguais  a esta acontecem em nossa cidade e esta gente precisa demais de nosso apoio, de nossa atenção, de nossa ajuda e de nosso carinho!Jorge Plácido Ornelas de SouzaFraudes eleitoraisA disseminação de mentiras na Internet e via torpedo no celular, principalmente neste período de campanhas, tem contado com alta tecnologia em nome das fraudes. A criatividade e o atrevimento são tão grandes que candidatos a cargos públicos têm sofrido ataques de todos os lados em todos os cantos do país. São Paulo é um bom exemplo, onde fakes disparam as mais variadas informações caluniosas através de sites criados exclusivamente com o propósito de favorecer alguém. Para se ter ideia do caos provocado, uma mensagem de texto falsa, supostamente assinada pelo candidato à prefeitura de São Paulo José Serra (PSDB), vem sendo enviada para os celulares de eleitores alertando sobre a possibilidade de ele deixar mais uma vez o cargo, caso seja eleito, conforme aconteceu em 2006. “Acreditem no meu vice, Alexandre Schneider. Ele será melhor que Kassab caso precise me substituir em 2014. Obrigado, José Serra”, diz a mensagem. O texto faz alusão ao fato de José Serra ter deixado o cargo de prefeito da capital paulista em 2006, após ter sido eleito em 2004, para poder concorrer ao governo do estado. Na época, o então vice de Serra, Gilberto Kassab, assumiu o poder. Outro candidato à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (PRB), também tem sido ligado a mensagens falsas. Uma mensagem telefônica “assinada” pelo bispo Edir Macedo pedindo votos aos eleitores para o candidato começou a circular há cerca de uma semana em São Paulo. É claro que defendemos o direito democrático de todos terem direito a todas as informações desde que sérias, respeitem o interesse recíproco e não se escondam com o manto protetor dos covardes que costumam “babar” e morrer engasgados com a própria saliva. Senão pode contaminar e ajudar a virar anarquia.João DirennaQuissamã - RJFriburgo, cidade contente!Friburgo, uma cidade contente! Sempre que aí vou, estou!Nunca me sinto fora daí!Nos piores e melhores estado da minha vida;Friburgo me abraça.É aí onde cresci e aprendi a encontrar a natureza sem limite.Com toda a certeza, tenho o prazer de reconhecer tudo que permanece em flores! Nova Friburgo. Sou brasileira/ americana naturalizada e vivo fora do país mais de 20 anos. Vou a Friburgo pelo menos 3 vezes ao ano. Amo tudo isso aí.Tete Balbi MossoAposentados, idosos e deficientesO aposentado é a classe mais esquecida, mais desrespeitada que existe neste país, não obstante ter ajudado a construí-lo, sequer tem quem luta por ele sem sindicatos ou que se interesse por ele, sofre! Recebe pouco, quase sempre são obrigados a trabalhar para complementar sua renda, para poder manter um padrão de vida melhor, muitos colaboram a vida inteira com até 10 salários na expectativa de no futuro poder ter um bom padrão de vida, mas ao aposentar-se acaba por receber um benefício bem abaixo do qual ela esperava e contribuiu pensando nisso... enquanto no primeiro mundo o aposentado é tido com herói por merecimento e reconhecimento... no Brasil é considerado herói por que consegue sobreviver com o que ganha, é muito triste, desalentador! Enfim, o que dizer de um país em que o homem com 60 anos é novo para se aposentar, no entanto com 40 anos é velho pra trabalhar? A desigualdade neste país é muito grande, é covarde e cruel! Por igual sofrimento passa o idoso, que quase sempre também é aposentado, de nada adiantam filas preferenciais em estabelecimento comerciais ou bancários, se comumente presenciamos idosos lá no fim da fila, enquanto jovens fazem fila na sua frente e se o idoso quiser fazer valer dos seus direitos garantidos por lei, acaba sendo ridicularizado, correndo até o risco de ser agredido. Acho que estes lugares deveriam ser privativos, exclusivos, inclusive nos transportes coletivos. No transporte urbano, ônibus, então a coisa é pior, adolescentes não lhe cedem lugar, mães que colocam filhos nos lugares destinados idosos, enfim, uma bagunça total, às vezes me sinto tão envergonhado, tão constrangido que acabo cedendo meu lugar para um idoso, embora também o seja, é que vejo tantos idosos doentes, cansados, que não tenho como resistir...como falta educação nesta gente, educação de berço e de escola, o que me faz me preocupar muito com o futuro deste país... gostaria de pedir aos idosos que se puderem evitem viajar em horários escolares, nesta hora a coisa é pior ainda, entram nos ônibus na maior bagunça, empurrando todo mundo, xingando, falando alto, a grande maioria deles é assim... o que mais uma vez me faz temer pelo futuro do nosso Brasil... o que mais me impressiona é que estes jovens de hoje serão os idosos de amanhã, mas parece que eles não sabem!Outra classe bastante sacrificada é o deficiente, parece que deficiente não vai a banco, parece que deficiente não gasta, não come, não bebe, procure andar por diversos estabelecimentos de nossa cidade, verá que a maioria não entende, ou faz que não entende ou reconhece a necessidade e a dificuldade dos deficientes, prestem atenção nos estabelecimentos de nossa cidade, verão que tenho razão... mas uma coisa todos têm que concordar comigo, existem muitos deficientes eficientes e muitos eficientes deficientes! Concordam? Abraços!Jorge Plácido Ornelas de SouzaDebate na televisãoObrigada por poder participar deste conceituado meio de comunicação. Gostaria de expressar minha indignação quanto ao debate que foi feito pela InterTV, foi muito ruim, os candidatos não tinham tempo para responder as perguntas. Deveria ter sido levado em conta o nervosismo, o cansaço dos candidatos, o que se viu foi um atropelando o outro com respostas incompletas. Fica aqui a minha opinião, sem querer desmerecer ninguém.Mariza Cardoso de OliveiraCarreatas com lei seca (se dirigir não beba)  Longe de mim defender o fim das carreatas durante as campanhas políticas. Elas demonstram a união dos grupos, expõem os candidatos para os eleitores, divulgam propostas através de alto-falantes e até criam um clima de festa nas cidades. Feitas com critérios, previamente agendadas e oficializadas às autoridades locais, as carreatas são uma opção e fazem parte do jogo. Só que não as considero fundamentais para a vitória de ninguém, pois tem se tornado comum a “importação” de veículos e no dia do pleito, quem vota, de fato, é a pessoa que anda a pé, de ônibus e de carro próprio. O carro, que nem título e, muitas vezes, documentação legal tem, é barrado e fica afastado das seções. Outra observação que se faz é quanto a alguns condutores cuja irresponsabilidade fica latente ao desrespeitarem a Lei Seca e, mesmo, aos candidatos por aceitarem subir em veículos sem boas condições: dele e de seu condutor. E isto, às vezes, pode trazer graves consequências. Como parece ter acontecido com a candidata a vereadora Maria Cristina Soares da Silva, do município de São Gonçalo, pelo Partido da República (PR), que morreu neste domingo depois de uma carreata. Conhecida como Baixinha, ela teria caído de um carro de som. De acordo com informações do diretório do PR em São Gonçalo, o acidente aconteceu às 18h30. O partido negou, em nota, que a candidata tivesse encostado em um fio de alta-tensão. Segundo a legenda, “Baixinha estava num dos 200 veículos que participaram da carreata que já havia terminado. Ela seguia para casa quando aconteceu o acidente, se desequilibrou e caiu do carro”. Independente da culpabilidade do partido, dos organizadores da carreata ou de qualquer outra causa – já que o momento é de dor – , seria conveniente que a questão das carreatas fosse vista mais de perto pelo TRE e que se fizesse uma reflexão mais profunda sobre o tema. Afinal, política ainda é coisa muito séria. João DirennaDomingo com grande clientela O presidente do TRE-RJ, Luiz Zveiter, determinou “tolerância zero” no combate aos ilícitos eleitorais no estado e estou me esforçando muito para acreditar no resultado prático. Não que esteja torcendo contra sua intenção, bem como das palavras dele e dos juízes que prometem combatê-los, entre eles a chamada boca de urna que não poderá ser feita sob qualquer circunstância, nem a 20 quilômetros do local de votação. A dúvida maior é quanto ao efetivo de fiscais, que acredito não ser suficiente, a criatividade e o poder dos políticos profissionais, cada vez mais sofisticados e dispostos a eleger corruptos e, principalmente, a própria cultura da população, capaz de trocar seu voto por qualquer vantagem e encontra sempre uma forma de obtê-la. Esta é, sem dúvida, minha maior insegurança pois o mau hábito do mau eleitor permeia cada esquina das cidades, mesmo quando respeita a distância pré-estabelecida por lei e a determinação de Zveiter. Mesmo assim, aplaudo todas as iniciativas, como a da juíza Rita de Cássia Vergette Correa, titular da 143ª Zona Eleitoral de Niterói, que mandou preparar o ginásio Caio Martins, em Niterói, para receber os detidos que cometerem crime eleitoral e outros colegas seus ao estabelecer outras grandes áreas para o encaminhamento dos presos, chamadas pelo TRE-RJ de locais de abrigamento. A medida reflete uma preocupação do presidente com a segurança das eleições e, do jeito que as “disputas” estão por aí, a possibilidade de haver muitas prisões é grande. Haja locais para tanto abrigamento.João Direnna
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