Leitores - 06/08/2013

terça-feira, 06 de agosto de 2013
Mensagens pela internet sem identificação completa e textos digitados com todas as letras maiúsculas serão desconsiderados para publicação. Em razão do espaço, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal também se reserva ao direito de publicar ou não as cartas dos leitores.   Cidade-flor  Bastante oportuno o artigo "As flores de Nova Friburgo e o marketing”, por Aloísio Pombo, publicada no "A Voz da Serra” no dia 04 do corrente. É confortante saber que existem pessoas corretamente entrosadas de forma a equacionar problemas aparentemente distintos, mas que pertencem a um mesmo campo de indagação. Concordo que o colorido das flores ou o conjunto paisagístico é capaz de gerar uma marca positiva no visitante, de forma tanto a fazer parte de seus sonhos quanto de fazê-lo retornar à cidade. Entretanto, para além dessas considerações, observo também o modo de interação do cidadão friburguense em geral com seus parques, canteiros e jardins, o qual aponta uma contradição em ser o município o segundo produtor de flores. Talvez o friburguense esteja com pressa demais em seus carrões para admirar flores ou conjunto delas em seus parques. Ou talvez essa prática seja hoje incompatível com a postura adequada àqueles que "matam um leão por dia” para sobreviver. Há ainda aqueles que, equivocadamente, não alocam o assunto no rol das prioridades da cidade. É claro que parte da população é amante das flores e que se ressente, não só da escassez delas, mas de sua presença marcante, como uma questão de identidade local. Entretanto, para aqueles que a relegam a um plano secundário, talvez não importe o dado de que grande parte da produção seja escoada para fora do município. Para eles basta que seja Nova Friburgo o segundo produtor, pois isso nos coloca em evidência. Ressalte-se também que somos o maior produtor de morango e o quarto produtor de caqui do Estado, porém, é mais fácil encontrar geleia de caqui vinda do Sul do que daqui. Rima estranha essa, que recita uma poesia contrária ao espírito empreendedor de que tanto precisamos ver prestigiado. Então, vejo que na correlação de forças da utilização do espaço público — entre aqueles que não se importam e aqueles que a tem como imprescindível — incide a noção estratégica do desenvolvimento, cujo enfoque a gestão atual não pode, sozinha, resolver. É necessário que aqueles que realmente se importam tomem a iniciativa de tornar a cidade — ao menos neste aspecto —o que ela realmente deveria ser: uma cidade-flor. Portanto, a melhor estratégia de marketing é a autenticidade revelada pelo lida dos habitantes com sua cidade, certos de que somente por intermédio desse cuidado recíproco é que ela pode se tornar, verdadeiramente, atraente. Mario L. V. Cristino
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