Leitores — 05/09/2015

sexta-feira, 04 de setembro de 2015

Moradores de rua nas praças

Muito grave a situação dos moradores de rua em Nova Friburgo. Já não temos mendigos: temos viciados, gestantes sem nenhum tipo de acompanhamento médico e todo o tipo de pessoas vivendo em nossas praças, monumentos e principalmente no pátio do Hospital Municipal Raul Sertã. Temos que conviver diariamente com um dormitório a céu aberto na principal praça de nossa cidade. Além da imundície, temos cenas de sexo explícito em plena luz do dia, com a conivência de nossas autoridades, que até agora não se posicionaram ou tomaram alguma providência quanto a este ultraje aos cidadãos de Friburgo. Não somos obrigados a conviver com esta situação, pagamos impostos (altos, diga-se de passagem) para sermos afrontados diariamente com urina, fezes, lixo, palavrões, bebedeiras e brigas nas principais ruas de nossa cidade. E antes que os protetores dos direitos humanos queiram me crucificar, tenho pena das pessoas sim, daquelas que batem em nossa porta pedindo por favor, um terreno para capinar em troca de comida, pois ainda existe muita gente de bem que não tem oportunidade de trabalho, por conta de, muitas vezes, serem confundidas com “moradores de rua” que passam o dia bebendo e vivendo da caridade de muitos. Sou a favor de um projeto de reintegração destas pessoas ao mercado de trabalho, mas por que elas não querem? Porque é mais fácil viver da caridade de pessoas com boas intenções, que levam roupas e comida? Sou a favor de ensinar a pescar e não entregar o peixe de mão beijada, pois o que vem fácil, vai fácil — o que podemos comprovar, pois muito do que é doado eles jogam fora, o que pode ser atestado ao dar uma caminhada em nossas ruas. Temos 21 vereadores, será que nenhum deles vai tomar uma providência? Fico aguardando.

Adriana Boy

Usina de asfalto

Agora a Prefeitura vai asfaltar a torto e a direito, onde lhe der na telha. Criando assim verdadeiras ‘ilhas de calor’, já que o asfalto, por ser mais escuro que a terra e a pedra, absorve mais calor solar.Em pleno seculo XXI, o ‘prefeito do asfalto’ vai acabar com a melhor coisa que esta cidade tem, que são os seus verões amenos. Para se arrumar meia dúzia de votos de pessoas desinformadas e ingênuas, vai transformar um paraíso num inferno.

Ricardo Posenatto

Golpe baixo

Li na edição desta quinta-feira, 3 de setembro, a matéria “Golpe no ônibus”. Infelizmente, para mim não houve surpresa alguma. Fui bancário por exatos 36 anos, quatro meses e um dia e eventos como os descritos na matéria eram, digamos, corriqueiros.

Documentos com data de validade vencida, documentos adulterados, pessoas portando documentos de outras ou em fotocópia eram situações que aconteciam, simplesmente, todos os dias.

Não é segredo que nosso país atravessa um momento de sérias dificuldades, somando-se uma crise econômica a uma crise política que agrava, sobremaneira, a primeira. E nós, cidadãos, além de resmungarmos e pormos a culpa na presidente da República, será que podemos afirmar, de coração, que estamos fazendo a nossa parte? Será que sempre atravessamos a rua na faixa de pedestres? Será que sempre paramos nosso carro no sinal vermelho? Será que nunca trafegaremos pelo acostamento? Será que sempre colocamos o lixo na lixeira? Será que, algum dia, pararemos de “dar um jeitinho”? Será que, algum dia, respeitaremos o direito alheio? Será que, algum dia, automaticamente exigiremos a nota fiscal? Espero que sim, mas tenho certeza que vai demorar muito — e ponham muito nisto.

Adianta só pôr a culpa de tudo em uma única pessoa? Respondo com convicção: não, não adianta. Duzentos milhões de habitantes, quando não fazem a sua parte, não há santo que dê jeito.

Meu pai sempre dizia que o direito nasce com a obrigação. Vamos cumprir nossas obrigações, fazermos a nossa parte e, aí sim, seremos cidadãos plenos para gozarmos nossos direitos e reclamarmos o que for devido.

Atenciosamente,

Ricardo F. Mansur 

Escrevivendo

Agradeço muitíssimo a Ignez Carestiato Frossard e ao Pr. Francisco Amaral pelas palavras amáveis com que se referiram à coluna Escrevivendo.

Leitores desse nível me animam a continuar escrevivendo toda semana.

Grande abraço para ambos.

Robério Canto

-

Participe da coluna A Voz dos Leitores, enviando texto e fotos leitores@avozdaserra.com.br.

Mensagens sem identificação completa e textos digitados com todas as letras maiúsculas serão desconsiderados para publicação. Em razão do espaço, os textos podem ser resumidos ou editados. O jornal também se reserva o direito de publicar ou não as cartas dos leitores. Para o envio de fotografia, o leitor confirma que é o autor da mesma ou possui autorização para distribuí-la, e autoriza expressamente o jornal A VOZ DA SERRA a publicá-la no meio impresso ou digital. 

TAGS:

A Voz dos Leitores

A Voz dos Leitores

A coluna que é feita por você, leitor. Um espaço democrático onde o cidadão pode expressar, através de textos e fotos, sua opinião sobre os mais variados assuntos relacionados à cidade. Envie sua contribuição para leitores@avozdaserra.com.br

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.