Leitores - 05/06/2012

sexta-feira, 29 de junho de 2012
Sr. turista Gostaria de solicitar a todos vocês turistas que não se dirigissem ao Centro de Turismo da Praça Dermeval Moreira, pois terão uma grande decepção. Está em obra há vários dias. O senhor o encontrará escalpelado, careca a maior parte de seu telhado, embora a placa na sua frente diga que as obras deveriam ser concluídas em 30/11/2011... E não para por aí. Se olharem em frente à igreja matriz, verão carros à venda, ocupando vagas de idosos durante o dia inteiro... e com cartão de idoso, sem a menor fiscalização. Como pode este tipo de coisa? Um mistério!...Caminhando um pouco mais além o sr. adentrará a Avenida Alberto Braune e adjacências, não se assuste, ela poderá estar com montanhas de lixo, e ninguém fala nada, ninguém limpa nada... Tente voltar pelas avenidas Comte Bintencourt ou Rui Barbosa, ficará perplexo com o estado em que se encontra o Rio Bengalas, está dividido ao meio por grossos tubos que deveriam servir para coletar esgotos e montanhas de areia, um rio é formado pelo Bengalas propriamente dito com água contaminada por esgotos que dizem serem tratados, será? O outro rio corre paralelo, é formado só de esgotos, com cor escura e forte odor causado pelos esgotos que caem das manilhas e não são coletados... enquanto montes de areia formam poças, com água podre e estagnada, propiciando a reprodução do mosquito da dengue, que já se adaptou ao Brasil e agora se reproduz em águas fétidas, podres... Passando por estas avenidas debaixo de forte odor, com sorte se consegue chegar à Praça do Suspiro; aí, cuidado dobrado para não tropeçar em mesas e cadeiras de bares e botequins que ocupam aquele espaço público desrespeitando as leis orgânicas e o Código de Posturas... Se estiver de carro ao estacionar, não se esqueça de molhar as mãos dos flanelinhas, assim seu móvel ficará seguro e garantido, procure não olhar para o teleférico, pois apesar do tempo, mais de um ano, a obra está inacabada... Esta é minha cidade, esta é minha Nova Friburgo atualmente... diante de tanto abandono, diante de tanto descaso... acabo por sentir vergonha se morar nesta cidade... as fotos não me deixam mentir e me desmintam se estou blasfemando ou mentindo...diante do aqui proposto prefiro me contentar, prefiro me satisfazer, prefiro sorrir, recitando os versos da trova de JG de Araujo Jorge, quando enaltecia cantava Nova Friburgo em trovas:                          “Jardins Suspensos” na Serra                           Dentro da serra do mar,                           É o céu mais perto da serra                           Que a gente pode encontrar. Jorge Plácido Ornelas de Souza Sobre a creche e demolições em Córrego Dantas A Associação dos Moradores do Córrego Dantas vem a público esclarecer que há 20 anos é proprietária de um terreno recebido em doação do Sr. Sebastião Schottz, em 13 de março de 1992, registro geral L. 2, matrícula 14 547, ficha 1, título anterior L. 3-C, fls. 187 nº 3022, PMNF 17324.00295.000, com todas obrigações mantidas rigorosamente em dia, retificando portanto não se tratar de ocupação irregular em áreas protegidas pela legislação como o Inea vem declarando reiteradamente para justificar suas ações. Este terreno não tem rumo com o córrego, mas sim está de frente para a Rua Luiz Schottz, fundos para RJ-130, localizado em área urbana consolidada, conforme vários diplomas legais que assim a definem, entre eles o Decreto estadual nº 42.050/09, e as Resoluções Conama nº 302/2002 e nº 303/2002, pois a área atende a pelo menos dois dos seguintes critérios: 1. malha viária com canalização de águas pluviais; 2. rede de abastecimento de água e rede de esgoto; 3. distribuição de energia elétrica e iluminação pública; 4. recolhimento de resíduos sólidos urbanos; ônibus na porta com rua calçada. Além do mais a localização do terreno é declarada como Zona Especial de Interesse Social-ZEIS no Plano Diretor. Não há função ecológica da FMP/APP devido a inexistência de vegetação primária ou secundária definido pelo Decreto estadual nº 42.356/2010, em seu art. 4º, inciso I. A lei é feita pelo homem para o homem sem discriminação. Como o Creamor, incineradora de lixo hospitalar infectante, altamente poluidora pôde se instalar em 2007 em áreas protegidas pela legislação ambiental, a um metro do córrego, com aquiescência do Inea? Como o Canteiro Social constrói suas instalações em aterro na beira do córrego, ao lado da Frilog, enquanto que a comunidade recebe um cheque despejo? Por que a construção da creche, no início há mais de 30 metros da beira d’água, é discriminada? Dois pesos, duas medidas? As obras estão desfigurando o leito do córrego, mudando totalmente as referências do bairro. Quanto às enchentes, estas não são novidades nas cidades do mundo, todas construídas em torno de rios. O Rio Negro alcançou hoje, quarta-feira (16/5), o maior nível já registrado na história: 29,79 metros (m). A medição está 2 centímetros acima da verificada na cheia de 2009, até então considerada a mais intensa. Ao todo, 49 dos 62 municípios do Amazonas estão em situação de emergência. Pelo menos 75 mil famílias já foram atingidas pelas inundações em todo o estado. Já no Córrego Dantas, a inundação de janeiro não alcançou os 4 metros no referido terreno destinado à creche conforme afirmado pela superintendente do Inea, e sim 2 metros, isto porque o córrego estava assoreado há anos e represado junto à ponte por árvores, galhos, entulhos, lixo, caso contrário a água não teria nem chegado à obra da creche. Nada diferente da enchente que atingiu os imóveis na praça de Conselheiro, como o Tio Dongo e todas construções da beira do Rio Bengalas. Pela legislação todos estariam na mesma situação do Córrego Dantas. A preocupação ambiental é, sem sombra de dúvida, necessária e urgente. No entanto, é imperiosa a consideração do direito à moradia, sob pena de emprestar-se solução jurídica incorreta. A moradia, incluindo aí a creche, além de direito social expressamente previsto (art. 6º CF), é considerada necessidade vital básica (art. 7º CF). Muito fácil dizer que questão patrimonial não cabe ao órgão ambiental. Antes de ver o futuro, temos de ver o presente resolvendo através do princípio da razoabilidade a colisão entre o respeito à dignidade humana e o direito à moradia em face da proteção ambiental. As pessoas foram desalojadas, só com promessas de moradia, e veem o projeto federal Minha Casa, Minha Vida como “Minha Casa, Minha Dívida”, o “cheque despejo” oferecido não proporciona condições de moradia digna para a população removida e reproduz a exclusão e a degradação ambiental mais adiante. Para que então tanto investimento em monitoramento hidrológico e pluviométrico, assim como em cirenes para tomadas de medidas preventivas em locais onde podem ocorrer alagamentos se todas as casas, sobrados, prédios e galpões do bairro deverão ser demolidos, conforme decisão equivocada do Inea? A Associação dos Moradores acredita que as consequências das enchentes são apenas um pretexto para expulsar as famílias da região. Ela continua a defender que o Córrego Dantas é o local onde a comunidade estabeleceu sua vida, suas relações de trabalho e de amizade, seu modo de ser e de viver, e que por isso ali todos devem permanecer. Falar de “competência com suas ações”, fica a dúvida já que todos estão em fase de aprendizado por nunca ninguém ter vivenciado tal catástrofe. Diretoria da Associação dos Moradores do Córrego Dantas Rumo aos 200 anos: que homenagens queremos? A motivação deste texto está em promover um balanço das comemorações dos 194 anos da cidade de Nova Friburgo. Para além do desfile cívico, na principal avenida da cidade, e da Festa do Colonizador, popularmente chamada de “da cerveja”, o que fica para construção das identidades do povo friburguense? Quase nada. E digo quase, pois dois eventos salvaram essas comemorações. Um por sua abordagem plural, a Mesa-redonda na Faculdade de Filosofia Santa Doroteia promovida pela Casa Suíça, pela FFSD e pela Associação Friburg-Nova Friburgo, com o Tema “Presença Negra em Nova Friburgo” e outra homenagem que excluiu por completo a participação dos negros na formação de nossa cidade, refiro-me ao vídeo apresentado pelo jornal da InterTV no dia do aniversário da cidade. Comecemos pela segunda homenagem, já que esta é mais instigante para a reflexão. O vídeo da InterTV apresentava como primeiro habitantes e colonizadores, os seguintes elementos: os índios, estigmatizados como canibais; os portugueses, primeiros colonizadores e os suíços, heróis do povoamento de nossa terra. Eu sei que é muito cômodo jogar o passado da escravidão fora, mas como construir ou reconstruir uma Nova Friburgo sem que o elemento negro esteja presente desde a sua fundação? Isso não é possível. O escravo foi a principal mão de obra utilizada no Brasil até a abolição, em 1888—e isso se aprende em qualquer sala de aula do Ensino Fundamental, ou pelo menos deveria ser ensinado. A matéria da InterTV é digna de pena. Muito mais do que escamotear o elemento negro da História de nossa terra, vejo que a equipe carece de profissionais competentes, para ao menos procurar uma consultoria com historiadores profissionais, negligenciando o fato de que a FFSD possui os mais gabaritados historiadores e pesquisadores para tratar a História de Nova Friburgo. É triste, que 124 anos após a abolição e só a três dias depois das comemorações do “13 de maio”, o negro tenha sido relegado ao plano do inexistente na construção das identidades participantes na colonização de nossa cidade. Mas os leitores devem estar se perguntando: e como foi o evento “Presença Negra em Nova Friburgo”? Os palestrantes presentes apresentaram a história de Nova Friburgo não apenas do ponto de vista acadêmico-científico, mas também através do olhar dos negros. Os suíços foram apresentados em sua dimensão histórica, como homens e mulheres que tiveram que se ajustar a ordem escravista presente no Brasil e em Nova Friburgo. Exemplo é o distinto médico João Bazet, que batizou entre 1820 e 1830, como proprietário, 13 escravos. Considero, portanto, que uma homenagem compromissada a História do município, não pode construir uma visão dos suíços como heróis mitificados, e sim, como homens e mulheres simples que para melhorar de vida, obtinham escravos de acordo com suas possibilidades. E, por fim, que não devemos “esquecer” nunca que o negro, uma das três principais matrizes étnicas formadoras do povo brasileiro, também aqui Nova Friburgo, figura, junto de suíços, portugueses, e alemães, como um dos personagens cujas trajetórias foram indispensáveis na construção da cidade que hoje conhecemos. Rodrigo Marins Marretto Secom esclarece Em resposta às mensagens publicadas nas edições dos dias 29 e 31 de maio, página 7, coluna Leitores On-Line, com os títulos “Baderna” e “Barulhos e bagunça”, de Marco Pina, referindo-se a Lumiar, o secretário municipal de Ordem Urbana, Hudson de Aguiar Miranda, informou que determinará uma força-tarefa no distrito, com apoio das equipes do Departamento de Posturas, Autran e Polícia Militar, para pôr fim ou pelo menos minimizar os problemas citados pelo leitor. Secretaria de Comunicação Social Rua Ubatuba—A epopeia (1) A Rua Ubatuba fica localizada no Cônego, subindo em direção ao Sítio São Luiz e depois entrando à esquerda na Rua Vereador Aristão Jaccoud. Moro nessa rua há um ano e meio e, desde que me mudei, me deparo com um problema sério e que precisa ter a devida atenção dos órgãos responsáveis: a falta de luz na rua. Logo que fixei residência em Friburgo, comecei a receber a conta de luz, pasmem, com a cobrança da Taxa de Iluminação Pública, mesmo que a via esteja às escuras desde então. Já estamos há um ano e meio sem iluminação pública, mesmo pagando por ela. Uma vergonha... Diante dessa dificuldade, procurei saber, logo que me mudei, das providências tomadas por quem me vendeu o imóvel, obtendo a resposta de que existia um processo iniciado na Prefeitura, em 2008, para a resolução do problema. Ou seja, houve a iniciativa para a correção do problema, mas não é razoável que a Prefeitura leve 4 (quatro) anos para instalar uma dúzia de lâmpadas (talvez menos) numa rua onde todos os postes estejam devidamente instalados e deixe às escuras várias famílias. O local, pela falta de luz, em alguns momentos, foi aproveitado, por pessoas estranhas àquela localidade, para a utilização de drogas e outras situações que nos deixam reféns em nossas próprias casas. Mais uma vez, faço um apelo ao Sr. Prefeito, a quem tenho grande respeito e tenho observado o esforço que tem feito para resolver os problemas de cada bairro, no sentido de que leve a iluminação pública à Rua Ubatuba, no Cônego. Amanda Fagundes Número de vereadores Gostaria de dar minha opinião, apesar de não morar mais em Nova Friburgo, e sim em Brasília. Com relação ao número de vereadores já acho um absurdo a quantidade que tem e não fazem nada pela comunidade friburguense. Carlos Pancho Soto Uma grande farsa Olá, sou leitor do Jornal A Voz da Serra e gostaria de sugerir um assunto para ser divulgado para toda a população, que é aquela famosa história dos 50%+1 dos votos anular uma eleição e abrir uma nova com novos candidatos. Essa é uma grande farsa que circula na internet e muitas pessoas mal-informadas acreditam que é possível. Em nossa cidade, como um grande número de eleitores estão insatisfeitos com as várias denúncias de corrupção, muitos eleitores estão decididos a votar nulo com o intuito de anular a eleição (ou pelo menos demonstrar sua indignação). Cabe ao jornal demonstrar para a população essa grande mentira, e reforçar o poder do voto consciente para que assim possamos reconstruir nossa cidade. Deixo claro que não participo de nenhum grupo político. Aguardo retorno, Renan Folly
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