Leitores - 04/10/2012

quinta-feira, 04 de outubro de 2012
Sitio São Luiz! Sr. secretário de obras do Cônego, seria possível uma providência quanto aos inúmeros buracos no acesso ao Sítio São Luiz? Realmente está insuportável a situação da localidade.Maycon Barrozo de AlmeidaCarreatas!As carreatas dos candidatos à próxima eleição deveriam ser regularizadas pelos tribunais eleitorais, estabelecendo regras para que acontecessem, acabam sendo uma faca de dois gumes para os políticos que as promovem, tanto pode promovê-los como atrapalhá-los, pois vejo muita revolta dos menos favorecidos ante o desfile de carros de luxo, enfim, dos carros de um modo geral, pois constituem uma demonstração de poder e ostentação, tornou-se um competição cada um querendo colocar o maior número de veículos nas ruas que o seu adversário, gerando nos humildes uma certa humilhação, já participei de algumas e pessoas falavam disso.     Deveria se proibir que circulassem pelo centro da cidade, pois temos um trânsito já confuso, caótico, a bagunça fica ainda maior, pois não temos gerência de trânsito, situação mais crítica ainda quando resolvem parar no centro da cidade, param em fila duplas caminhões e carros, fica intransitável, por isso gostaria que se proibissem principalmente que estacionassem no Centro... Aliás, carreata não elege ninguém, quem elege é o voto... Se permitidas, que não se permita que estacionem! Concordam comigo?Jorge Plácido Ornelas de Souza Carnaval fora de épocaAlguém já disse que a eleição é um dos maiores (se não o maior) exemplos de democracia. Uma festa mesmo. Durante a campanha, principalmente, agora, faltando pouco mais de 15 dias, carreatas, bandeiras, panfletos, cartazes nas ruas—com ou sem gente por perto—e uma infinidade de enfeites se intensificam, adornando as manifestações políticas nos quatro cantos do país. Serão escolhidos cerca de 5.600 prefeitos e outros milhares de vereadores e o fato poderia se constituir numa autêntica festa da democracia, não fosse o que muitas vezes se esconde por trás de toda essa espetacularização. O aumento do nível de corrupção e o desperdício de dinheiro, pois este ano surgirão no cenário mais vereadores após a aprovação da Emenda Constitucional 58/2009, o desejo que a maioria dos políticos tem de se servir dos instrumentos que um mandato proporciona e, algo tanto quanto grave, que é a indiferença em relação aos verdadeiros problemas vividos pelo povo. Povo este que “veste a camisa”, segura a bandeira e, depois, já no dia 8 de outubro, após a ressaca eleitoral (se o seu candidato ganhou, bebe pra comemorar e se perdeu, pra esquecer), vê-se sem a menor perspectiva. A mesma de quando aderiu à campanha para ganhar uns trocados. Mas toda esta espetacularização não é à toa. Na verdade, ela é criada propositadamente para chamar a atenção dos eleitores, seja para que este tenha opções mais “interessantes” na hora de escolher seu (dele) candidato, seja para ludibriá-lo com um festival panfletário do qual o desperdício, a poluição sonora e visual, bem como outros elementos desse período, sirvam de instrumentos a favor dos políticos. De fato, tudo isso se configura como a carnavalização da democracia, a qual os candidatos, muitas vezes, não estão preocupados com os problemas vividos pelo cidadão, mas sim com a quantidade de votos que poderão angariar para si e, assim, conquistar o cobiçado cargo público. Expostos como verdadeiras celebridades pelos meios midiáticos, os candidatos surgem nas suas megalomaníacas campanhas, similares aos destaques dos carros alegóricos que desfilam nas escolas de samba, enquanto o povo, infeliz e lamentavelmente, vem em alas de adoração, alienando-se. A cada novo discurso proferido em comícios, a cada papel entregue, nas carreatas pra lá e pra cá, parece que uma nova chama se acende no íntimo social. Mesmo desacreditado com a postura política do país, a qual durante décadas teve, e ainda tem, a corrupção como válvula propulsora, a população busca nas alegóricas manifestações políticas o fio de esperança para que as mazelas que os assolam sejam, de uma vez por todas, sanadas. Para que isso aconteça é importante que os próprios políticos se desnudem dos enfeites que encobrem suas verdadeiras identidades e se mostrem para o povo, não como entidades celestes salvadoras da pátria, repentinamente, mas sim como humanos comprometidos com os problemas sociais e dispostos a resolvê-los sem pretensões subliminares. E o povo, neste sentido, deve amadurecer, deixando de esperar por um herói sebastianista, não se deixando levar pela pirotecnia que o período eleitoral insiste em proporcionar. Talvez, assim, alguns dos inúmeros males que assolam o povo possam ser paulatinamente solucionados. Ainda bem que, em muitas cidades, existem candidatos, se não cândidos, na acepção da palavra, pelo menos bem-intencionados a fazer o melhor.João Dirennajornalista e psicólogo
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