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Leitores - 03/04/2012
sexta-feira, 06 de abril de 2012
Tristeza
Friburguense, hoje morando no Rio, vejo com tristeza a situação de minha terra. A recuperação da cidade e seus distritos caminha, se é que caminha, a passos lentos, o povo sobressaltado às primeiras gotas de chuva, a cidade feia, como que envergonhada da situação. Lendo hoje a edição de seu colega O Globo, um de seus cadernos relata a prosperidade de Jundiaí, rica cidade de São Paulo. Tem “apenas”1286 indústrias, 60 mil empregados, faturamento de 5 bilhões/ano. Entre elas, a menina dos olhos da cidade, a Foxconn, gigante chinesa que, associada à Apple, começará a produzir iPhones “made in Jundiaí”. Vou a minha querida Friba quase toda semana, e numa dessas idas soube do fechamento da Rendas Arp... Quantas famílias criaram seus filhos com a renda de seu trabalho ali? Há muitos anos passo em frente à Ypu e não entendo como aquele gigante fica parado, deteriorando-se, deixando apenas na lembrança de quem tem mais de 50 anos como eu, o movimento de milhares de operários que iam para o batente de bicicletas... Era bonito. E aí me ocorre a pergunta: porque o poder público não desapropria essas fábricas, faz contato com uma Apple, HP, Microsoft, ou seja lá de que ramo seja e lhes oferece em comodato por 50 anos com cláusula de mais 50 anos, ou para sempre, um bem que daqui a alguns anos será uma mera ruína a assombrar tantas pessoas que ali viveram boa parte de suas vidas, gerando riquezas para seus donos, que hoje devem continuar com boa situação—afinal no Brasil o industriário é quem paga o pato... Seria ótimo se nossos vereadores legislassem sobre isso. Davam uma pausa nos entendimentos para aumentar o número de cadeiras, e tratavam de coisa mais necessária, mais séria. Quem sabe? Vez por outra penso em deletar Friburgo de minha vida. Tenho mãe, irmãos e muitos amigos aí. Tenho também uma casa no Cônego que sempre pensei que se tornaria meu refúgio da velhice. Quando vejo minha terra tão desesperançada penso em desistir... Mas é só pegar a serra, sentir aquela brisa no rosto que só minha terra tem, recomeço a fazer planos. Mas precisamos fazer Friburgo voltar a ser o que era, alegre, culta, ordeira, hospitaleira.
Antonio José Pinheiro de Carvalho
Extra ordinário
Neste domingo (26/02), ao tentar fazer compras nos supermercados Extra, não consegui, por vários motivos. A máquina de moer carne estava quebrada (há quanto tempo?), sendo este o menor dos problemas enfrentados. A fila preferencial estava bastante concorrida com não idosos, não gestantes e não deficientes, embora houvesse alguns idosos na fila, que era bem longa. Além disso, não havia nenhum empacotador. O tempo de espera era de mais ou menos uma hora, já que quem empacotava era a própria operadora do caixa. Não havia ninguém para resolver os problemas, já que não cabia ao serviço de atendimento ao cliente esta tarefa, que acontece há muito tempo sem nenhuma melhora.
Isto em um domingo às 9 da manhã, no período de férias, quando o número de pessoas não era tão grande assim, já que o estacionamento não estava muito cheio e onde não havia, nem mesmo, atendimento no guichê, devido, acredito, à pouca procura.
Durante o tempo que permaneci na fila (20 minutos), esta pouco andou, fazendo com que eu e cerca de vinte outros clientes tenham deixado sua compras e ido embora revoltados. Fiz minha reclamação por escrito e verbalmente. Só fui embora após verificar que nenhuma medida foi tomada para resolver a insatisfação minha e das outras pessoas.
Este tipo de atendimento não pode acontecer em um supermercado do tamanho e da importância do Extra, que possui diversas lojas no Estado do RJ, e onde, acredito, não prestem um serviço deste nível.
Gustavo P. Faria
Acupuntura
Srs, estarrecido, li nos jornais a notícia relativa à decisão do Supremo Tribunal delegando apenas a Médicos a prática da acupuntura.
Trata-se de um óbvio corporativismo, pois a medicina atual—com minúscula—não é capaz de curar. Os “ilustres profissionais” de Medicina limitam-se apenas à prescrever, de acordo com um Vade Mecuum ou compêndio, editado por laboratórios de produtos farmacêuticos, receitas que favorecem aos fabricantes e que são quase iguais para todos os pacientes. Estes profissionais, que se julgam acima da média do ser humano normal, e “sacrificados” pelos anos de estudos, sequer olham seus pacientes nos olhos. Sequer os tocam, consultam e prescrevem com um laptop! Números, apenas isto.
Então surgem terapias, alcunhadas de “alternativas” pelos brilhantes profissionais de medicina. Torcem o nariz, não aprovam, criticam, relegam ao plano da sandice, das lendas, um tratamento onde o profissional conhece seu paciente, tem relacionamento com ele, tão verdadeiro quanto possível. Coisa de pessoa para pessoa. Quando a Homeopatia começou a ter projeção e a ser procurada pelos pacientes, era considerada placebo—os Conselhos e outros órgãos de protecionismo imediatamente perceberam o filão comercial, um nicho de mercado, e, da mesma forma de hoje, restringiram apenas aos médicos a ministração da Homeopatia, transformando assim, uma forma de tratamento humana num procedimento burocrático, estéril, distante e que não consegue curar porque o sistema, criado por laboratórios, gira em torno da dependência criada por medicamentos—normalmente caríssimos. Não há interesse na cura. Paliativos, nada mais. Não é mais cabível a noção pseudocientífica de que o ser humano é apenas um aglomerado de órgãos. A medicina atual recusa-se a acatar qualquer menção àquilo que não é “científico”, ou seja, nega-se o caráter humano do próprio ser humano.
Gostaria de perguntar: o que sabe um ilustre Esculápio sobre Acupuntura? Nada!
Gostaria de perguntar: o que sabe um ilustre Esculápio sobre Homeopatia? Nada!
Pudera, depois da Faculdade não têm mais tempo para estudar, pulando de um hospital ao outro par manter o alto status ao qual se veem obrigados.
São abordagens totalmente diferentes, além de a Medicina Chinesa basear-se em fatores que a medicina ocidental nega. Então conclui-se que o que existe é apenas protecionismo, corporativismo, comércio, nada mais! A tendência é extirpar uma prática Médica que tem uns 3000 anos de existência em detrimento de uma medicina que não cura, porque os “pobres médicos” não terão tempo de se dedicar a uma abordagem filosófica tão complexa e distante de sua pobre realidade.
É absolutamente revoltante, hipócrita, a aprovação de tal medida, provavelmente resultante de lobbies. Mais uma estarrecedora demonstração de abuso de poder e desmando que assola o país. Sorte nossa—ou azar—é que no Brasil nada é levado a sério e as Leis não são cumpridas. Que ver qual fiscalização vai impedir que as pessoas tenham acesso a um tratamento ao menos humano e que produz resultados. Isto por que existe procura, existem resultados, existem melhoras, existem benefícios outros que não sustentar laboratórios em nome de uma não cura. Nenhum conselho pode impedir! E os mercenários da pratica médica ocidental sabem disto!
Revoltante e indigno, assim como tudo mais neste país.
Eduardo Lima
Secretaria Cônego/Cascatinha
Os moradores do Alto Caledônia vêm através desta agradecer ao subadministrador da Secretaria do Cônego/Cascatinha, Sr. Eugênio Domingues dos Santos, e aos seus dedicados colaboradores pelo pronto atendimento às suas urgentes, justas e necessárias reivindicações quanto à capina da Estrada Ayrton Senna, nossa principal via de acesso. Aproveitamos a oportunidade para também agradecer a avaliação que já está sendo executada na referida estrada quanto aos buracos provocados pela soltura de paralelepípedos.
Mauricio Knust

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