Leitores - 02/06/2012

sexta-feira, 29 de junho de 2012
Vossa Excelência, o Povo de Friburgo Vossa Excelência o Povo de Friburgo quer e sua vontade deve ser obedecida! Esta vontade está nas mentes e nas bocas de todos os cidadãos: menos vereadores, mais qualidade! O Supremo Tribunal Federal já se manifestou sobre a validade da alteração, para menor, do número de parlamentares, se esta for aprovada até 30 de junho, antes das convenções partidárias. No mesmo sentido opinou o Tribunal Superior Eleitoral. Não por acaso, nos últimos dias, cidades como Ribeirão Preto e Jaboticabal, em São Paulo e Macaé no Rio de Janeiro, por pressão de suas populações, decidiram reduzir, já para as próximas eleições, o número de vagas de vereadores. Basta que a Câmara aprove em duas votações com intervalo de dez dias e até 30 de junho, uma das três emendas à Lei Orgânica que já foram propostas e que, respectivamente, reduzem o aumento de 21 vereadores já decidido, para 15 ou 13, ou mantém as atuais 12 cadeiras. Os atuais vereadores, principais interessados no número maior, dadas as facilidades que terão para se reeleger, já conseguiram adiar de 29 de maio para 1º de junho o início da apreciação e votação dessas propostas, atuando claramente contra a vontade popular. Vamos usar essa manobra a nosso favor. Devemos, todos, comparecer à seção do dia 01/06 às 18h na Câmara dos Vereadores e exigir respeito à vontade de Vossa Excelência, o Povo de Nossa Friburgo! Jorge Costa—cidadão friburguense. Agradeço antecipadamente. Jorge da Silva Costa Parque Dom João VI Como leitor e assinante desse jornal, gostaria de esclarecer que sou morador do bairro Parque Dom João VI e usuário constante (passo de quatro a seis vezes por dia) da “principal via do bairro, que liga Ponte da Saudade a Varginha”. Esclareço o seguinte: - O serviço feito não foi totalmente realizado, principalmente no trecho da Alameda do Curuzu até a Rua Perry Valentim, nem o asfaltamento (buracos enormes) e muito menos os muros de contenção do rio em frente à rua onde mora o nosso Prefeito, local em que já caiu um carro. A via está cada dia mais perigosa, pois a pista vai desmoronando, tornando-se estreita, numa curva, e só passa um veículo por vez; - O trecho que sai na estrada RJ-116, em direção ao centro, continua com buracos e muito irregular, pois só foi jogada uma leve camada de asfalto. Solicito seja confirmada a informação e repassada aos leitores para que não tenham uma ideia errada do que é ou não é feito em nosso bairro, tão abandonado pelas “autoridades”. Complementando meu e-mail de hoje, ratifico o que foi escrito por Everaldo Blaudt (Leitores, de 26 a 28 de maio de 2012) e convido o jornal a fazer uma reportagem sobre o assunto, para maiores esclarecimentos,  tendo em vista que a matéria foi produzida pela Secretaria de Comunicação Social da PMNF não retrata a realidade. Luiz Fernando Moura Teixeira PMERJ e PMNF É com muita satisfação que li a reportagem do A Voz da Serra sobre as blitzes do sossego, onde a Polícia Militar junto com a Sec. de Postura (PMNF) têm agido para que estabelecimentos comerciais respeitem a população. E que os barulhos que tiram o sossego dos cidadãos parem em nossa Cidade. Parabéns à Polícia Militar e à Sec. de Postura, são atitudes como essas, simples mas eficazes, que ajudam nossa população. Maycon B. de Almeida Concurso público 2007 Gostaria de saber o motivo de terem tirado do concurso público de 2007 as convocações feitas pelo atual prefeito Sérgio Xavier das listas de cadastro de reserva do concurso 2007. Alguém será que pode explicar? Muito obrigado, ficarei atento. Paulo Roberto Thalles Roberto: um show de incompetência, desleixo e desrespeito Há coisa de 1 mês, apareceu aqui em casa um CD do Thales Roberto, um cantor da linha gospel, mas com forte inclinação para o soul no estilo do James Brown. Aficionado que sou dessa linha melódica, a produção musical do moço, cujas obras eu ainda não tinha ouvido, caiu logo no meu gosto tanto quanto no da minha esposa. Dias depois, antes do Dia das Mães, chega a notícia de que o tal cantor viria à nossa cidade, e logo surgiu, na minha mente, a ideia de presentear a mãe da minha filhota com um programa: levar ambas ao show musical do Thalles; e, assim decidido, comprei os ingressos e, no dia marcado, lá fomos para o Country Clube de Nova Friburgo, onde o evento aconteceria. O convite rezava que o show começaria às 18:00, horário bem adequado, visto que, em se tratando de um show musical religioso, muitas famílias compareceriam com os filhos menores, como, de fato, aconteceu. Quando chegamos ao portão do clube às 18:30, ou seja, meia hora após a hora marcada, o som já rolava, e lastimamos o nosso atraso, mas, quando nos aproximamos do recinto onde o evento acontecia, notamos logo que não era o Thalles e a sua banda que tocavam; era uma outra equipe dirigida por um DJ, fazendo uma preliminar do show principal. A sensação de perda que tivemos na chegada deu lugar à alegre expectativa de ver o Thalles pintar no pedaço, o que—cogitamos—não tardaria a acontecer. Enquanto o cantor não aparecia, ficamos zanzando pelas imediações do salão, curtindo o som competente do DJ. O tempo foi passando e, lá pelas 19:30, surgiram rumores de que o Thales chegaria às 21:30. Imaginamos que, certamente, teria acontecido algum imprevisto com o cantor que justificasse um atraso de mais de 3 horas. A essa hora, porque o estômago começou a reclamar, fomos para a lanchonete do clube e, no balcão, fomos informados de que tínhamos que comprar tickets de alimentação na bilheteria. Fomos então em busca do tal guichê e, lá chegando, o que vimos foi de arruinar ânimo e apetite: uma fila absurdamente comprida esperando atendimento por uma dupla de bilheteiros-tartarugas. Enfim, depois de mais de 1 hora penando na fila, conseguimos os benditos e caros tickets. Para não alongar-me muito em detalhes do lanche, direi apenas que a latinha de Coca-Cola custava 4 reais; 1 garrafinha de água mineral, 3 reais, mesmo preço de 1 churro. Eu, que nunca havia entrado em fila para comprar coisa alguma em preço de promoção, amarguei mais de 1 hora numa, para ser virtualmente assaltado. De olho pregado no relógio, cujo ponteiro de minutos parecia não se mover, chegamos enfim às 21:30, e nada de Thalles aparecer. Às 22:00, com a aragem gelada varrendo o recinto semiaberto, algumas famílias que tinham levado suas crianças ao show começaram a bater em retirada. “Vou ficar só para ver que desculpa essa caricatura de James Brown vai nos dar quando chegar ao palco”—comentei com os meus botões. Finalmente, pouco antes das 23 horas, começaram a retirar do palco os trastes do DJ, para montarem os instrumentos da banda do Thalles, que só chegou ao local às 23:15, com a cara mal-oculta por óculos espelhados, cercado por um ajuntamento de seguranças. Não entendi a breguice dos óculos espelhados na cara do Thalles àquela hora avançada em ambiente mal-iluminado, mas entendi o porquê da quantidade de seguranças ao seu redor: certamente, o sujeito temia sofrer alguma reação mais vigorosa do público já exasperado com o abusivo atraso de quase 6 horas, um temor, aliás, vazio de razões, vez que, da plateia, composta, na esmagadora maioria, de evangélicos, dificilmente surgiria reação agressiva. O destrambelhado cantor chegou, mas não subiu ao palco, esperando terminar a correria nas afinações dos instrumentos, regulagem de som, testes e o diabo a quatro. Bem que podia, enquanto isso, subir ao palco para dar alguma satisfação ao público por conta do abusivo atraso de quase 6 horas, mas ficou lá na dele, curtindo a sua síndrome de pop-star. Vez que pressa é inimiga da perfeição, o resultado do tumultuado trabalho de afinações e regulagens de som deu para ser percebido logo quando o Thalles, depois de descartar-se dos óculos inspirados no seu colega Falcão, desandou no seu berreiro: estalos irritantes no som; o artista, com o volume de voz mal-regulado na mesa de som, sobressaía-se além da conta, disputando, com o baterista, o maior nível de decibéis. Tal era a devastação sonora do cantor e do batera, que, por impressão, se ficassem no palco ambos apenas, ninguém daria por falta dos demais músicos. Thalles e o seu bando perderam, no som, de 10 a zero para a equipe do DJ que, no sacrifício, segurou a barra com competência até a chegada do pilantra, que acha muito natural deixar um público de mais de 2.000 pessoas amargando uma espera de 6 horas pelo início do show, sem direito sequer a um pedido de desculpas breve que fosse. Não sei até que hora seguiu o espetáculo ruidoso, porque, meia hora depois de o mesmo iniciado, saímos quase às carreiras do local, para prevenir danos maiores nos ouvidos e nos nervos. De tudo, restou a lição da constrangedora experiência: em show de Thalles Roberto não entro mais, nem que aconteça no Céu. Já, no Inferno, caso, por nem tão remota possibilidade, nos encontremos por lá, provavelmente irei por livre e espontânea ordem do Canhoto. Fazer o quê, se Inferno é lugar de sofrimento? Todavia, vez que aí a vingança há de ser livre, terei então, em compensação, a oportunidade de mirar, com tições de fogo, a sua cabeleira de Michael Jackson guri, para ver, no incêndio da sua juba ridícula, o resgate da dignidade que me roubou no vexatório espetáculo que trouxe a Nova Friburgo. Se eu errar o volumoso alvo por alguns centímetros, pode ser que, lá, os óculos cafonas lhe sejam mais úteis. Anselmo Cordeiro Temos muito que aprender Meus caros leitores, só escrevo para esta coluna fatos e coisas que vivencio ou que as pessoas me contam e provam; só assim faço minha parte em tentar tornar esta cidade uma cidade digna e que respeita as pessoas—e vou fazê-lo sempre. Vejam bem como as coisas me perseguem. Não me contaram, vivi este momento que foi muito triste e constrangedor pra mim, senti vergonha do que aconteceu: Estava na recepção de um hotel cujo nome não tenho nem coragem de mencionar, só sei que fica ali ao lado do Casarão do Pão, aquela padaria recentemente inaugurada que se acha no direito de colocar grades na calçada, só em Friburgo pode... Pois bem, como ia dizendo, neste hotel chegaram duas hóspedes, me parecem cariocas. Já chegaram reclamando do taxista que não fora nada educado com elas, lamentável. Ao chegarem à recepção do hotel, aí que veio meu constrangimento: entraram com duas malas pesadas e, pasmem os Srs., os funcionários do hotel foram de uma frieza total, não esboçaram qualquer sorriso, não mantiveram nenhum diálogo com as hóspedes, simplesmente lhes deram as chaves do apartamento. Mas o melhor não lhes deram, um sorriso, os votos de “sejam bem-vindas”, “como foram de viagem”... Nada, sequer aquelas malas pesadas foram carregadas pelo recepcionista; as próprias hóspedes levaram as malas para o apartamento. Sinceramente, fiquei vermelho de vergonha, pasmo de constrangimento. Me senti na obrigação de pegar aquelas malas, mas me contive e me retirei de tão envergonhado que estava... Será que estas senhoras terão coragem de voltar a este hotel? Eu não voltaria, devido à péssima impressão que tive! Gente, precisamos saber receber e respeitar o turista, tratá-lo com carinho, com dignidade, assim ele volta. Temos que entender que numa cidade que perdeu muitos atrativos, abandonada como está, só nos visitam turistas que realmente gostam da cidade... Gostaria muito que se fizesse uma campanha para saber receber o turista, que cada um de nós fosse um multiplicador de boas-vindas, de carinho e de afeto... A Câmara de Vereadores, preocupada, deveria estar com a cidade, poderiam fazer um trabalho melhor. Esta história de títulos de cidadania não é oportuna, ainda mais agora que poucos sentem orgulho de serem considerados cidadãos friburguenses; é apenas um meio de os vereadores se promoverem, e tenho certeza de que muitos destes títulos e comendas sequer são merecidos... Srs., se preocupem com o povo, com a cidade, façam com que ele saiba receber os turistas. Sabem, a cada dia que passa aumenta a minha desilusão com Nova Friburgo, tenho muito medo de que isso aconteça... Desilusão com a cidade... Tenho ou não tenho razão, hein, Rodolfo Abbud!... Como sofremos por essa cidade! Jorge Plácido Ornelas de Souza
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