Leitores - 01/09/2012

sábado, 01 de setembro de 2012
O apito do trem Recentemente participei na SEF do lançamento do livro O Apito do Trem, de Ordilei Alves. Na ocasião foi oficializado em Nova Friburgo o núcleo de Preservação e Revitalização Ferroviária. Louvo a atitude destas pessoas que lutam bravamente pelo sucesso das ferrovias no Brasil, que luta e que dificuldade, num país que desde o governo JK as ferrovias foram esquecidas e abandonadas, deu-se total e irrestrito apoio a indústria automobilista... Num país em que se chegou a ter mais de 50.000 km de ferrovias, hoje não chega a 10.000 km. Lembram de 1964 quando nossos trens em vez de serem modernizados foram extintos? Sob o pretexto, escrito em grandes placas: "desativação de ramais ferroviários antieconômicos". Como esta frase me marcou... hoje temos poucos trens de passageiros ou turísticos no Brasil, e se ainda existem é devido a pessoas como o Ordilei... Nesta palestra senti a dificuldade destas pessoas ao querer fazer alguma coisa pelos trens... Se antes tínhamos o Trem de Prata, tínhamos o Vera Cruz, hoje não existem mais... depois que privatizaram as ferrovias, então, nem se fala, predominou o lucro, só temos trens de carga... Quando comparamos nossa malha ferroviária com os Estados Unidos e Europa então, dá vontade de chorar... Por que lá deu certo e aqui não?... Quando um país chega a comprar trens enferrujados da China, esquecendo a mão de obra brasileira que daria empregos e trabalho, é desesperador, ainda mais sabendo que o Brasil chegou a exportar vagões para o metrô de Nova York... O que falar de um país maior produtor de minério de ferro, que exporta o ferro a U$130 e importa os trilhos a U$1000? No mínimo uma vergonha, um descaso com a economia e o trabalhador brasileiro... Hoje nossos filhos não sabem nem o que é uma locomotiva a vapor. Uma foi deixada na praça em Friburgo, tinha o número 116, logo em seguida foi cortada, desmontada, fruto da insensibilidade humana. Hoje pelo que soube está num sítio ou fazenda em Lumiar, não sei se abandonada ou exercendo alguma função a que nunca fora destinada. Tenho grande admiração pelo Ordilei e por todos aqueles que participaram deste encontro, sei das muitas dificuldades que encontram por fazerem parte de uma missão tão nobre. Tomara que consigam instalar em Nova Friburgo um Museu do Trem, como todos eles desejam e nós também desejamos como ferroviaristas (aquele que gosta, ama o trem). Pelo que sei já existe um acervo muito bom, e tomo a liberdade de solicitar, pedir a todos aqueles que têm alguma coisa, seja o que for, que possa ajudar na recuperação, no resgate da memória ferroviária, que doe, que nos ajude.... Vamos deixar nossa "Memória afetiva" falar por nós! Jorge Plácido Ornelas de Souza Herói nacional Enquanto americanos têm Capitão América, ingleses, James Bond e japoneses, o Nacional Kid, todos saídos de um bom livro de ficção ou páginas de gibi, o Brasil tem um herói de verdade. Trata-se do ministro Joaquim Barbosa, do STF, que, a exemplo do procurador-geral da República, Roberto Gurgel (outro heroico o brado retumbante) vem pedindo a condenação de todos envolvidos com o Mensalão. Com ele, caiu na rede é peixe. Não importa se é bagrinho ou tubarão. De pé—como deve se comportar um representante do povo e guardião da Constituição Federal—, resistindo durante quase todo tempo aos problemas de coluna e, supostamente, à outras tentações, o ministro-relator defendeu que a corrupção tem de ser combatida com extremo rigor. Quem comete crimes de lavagem de dinheiro, peculato, improbidade, corrupção ativa ou passiva, sejam políticos ou não, influentes ou não, devem perder mandatos, devolver o que “roubaram” e ir pra cadeia. E é assim que deve ser. É o que espera a grande maioria da sociedade. A mesma que sofre com os péssimos serviços públicos, doentes mortos por falta de atendimento, as notas baixas no Ideb, os baixos salários de aposentados e pensionistas e tudo mais que o dinheiro público desviado ocasiona. João Direnna Psicólogo e jornalista Animais Gostaria de saber quais foram os motivos que a Secretaria de Educação realmente alega para jogar na rua uma cachorrinha que estava abrigada e bem-cuidada (leia-se amada, vacinada e vermifugada pelos professores) por todos da Escola Municipal Maximilian Falck, ela estava lá há mais de um ano, adorava a todos, pais, alunos e professores. Era um mascote e xodó de todos, tinha sua casinha montada com muito amor e carinho, comida e água. Alegaram que ela constituía um problema pois poderia morder algum aluno, em mais de 1 ano nunca ameaçou ninguém. Só deu carinho e amor a todos. Agora, por ordem da Secretaria de Educação, está jogada na rua, sua casinha (de madeira) foi destruída. Se ela foi retirada pelo por ordem do poder público deveria ser colocada em uma clínica para animais. Mais uma que o Poder Municipal apronta contra a vontade da população! Eduardo Trigo Dragagem dos rios  Tornou-se evidente e estritamente necessário a dragagem de nossos rios, principalmente após aquele fatídico 12 de janeiro, daí em diante já tivemos várias promessas de dragagem mas nada foi feito, apenas somas em dinheiro e papelada, promessas não cumpridas, reuniões e mais reuniões, de ação, de concreto nada tivemos... tivemos sim épocas de estiagem ideal e propícia para que nossos rios fossem limpos, fossem desassoreados, mas nada foi feito... recentemente foi anunciado pelo governo que nada seria feito pois não tinha dinheiro, faltava verbas; enfim, fora cancelada as dragagens dos rios, foi constrangedor e desagradável para todos nós, principalmente aqueles que residem em regiões ribeirinhas que sabem a extrema necessidade desta limpeza dos nossos rios... não sei se sob pressão, ou outro motivo qualquer, novamente é anunciado que este serviço será feito, apareceram verbas, enfim temos dinheiro, só promessas e de promessas já estamos fartos... mas o mais absurdo é que está sendo prometido para que se inicie estas obras em novembro, em novembro, isso mesmo, pasmem os srs., quando já estaremos na época das chuvas torrenciais que ocasionam a cheia dos rios... parece que propositadamente para que se tenha desculpas da impossibilidade da execução das obras... mais uma vez fomos passados pra trás, mais uma vez o povo foi enganado, não se espantem se em novembro alguém gritar por socorro, pedir ajuda, já com água no pescoço, justamente porque estas providências de desassoreamento e limpeza dos rios  e de suas margens não foram executadas... enquanto isso se investe milhões em obras da copa e olimpíadas, em viagens para a França, conforme foi amplamente anunciado... enquanto isso meu povo, este povo humilde e sofrido destas brenhas  que os suíços ousaram arar, se desesperam, entram em pânico a qualquer indício de chuvas... e não é pra menos, passar o que esta gente sofrida passou... ninguém merece! A impressão que tenho é que nenhum governante tem noção do que é perder casas, perder vidas, do que realmente uma enchente pode causar, parece que nada toca o coração duro e insensível destas pessoas... alguns foram até acusados de desvio de verbas, precisa mais? Desviar verbas que seriam para socorro deste povo despedaçado, ferido, maculado, por uma implacável tragédia! Pelo amor de Deus gente... não aguento mais tanto descaso, tantos absurdos! Jorge Plácido Ornelas de Souza
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