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História e memória
Muito bom o artigo da professora Janaína Botelho na edição da última quinta-feira, 16. Apresento alguns comentários, visando sempre o melhor para Nova Friburgo.
1 - Quanto ao 16 de maio de 1818: a professora bem que podia colocar alguns alunos em final da graduação para elaborar o TCC (trabalho de conclusão de curso) sobre este tema. Por exemplo: dos mais de cinco mil municípios brasileiros, quantos se encontram em situação semelhante? Fizeram deste limão uma limonada? A peculiaridade rendeu interesse de turistas e/ou de historiadores? No cantão de Friburgo na Suíça ocorre algo semelhante?
2 - Cão Sentado: É sinal dos tempos. Se não fosse assim o Corcovado e o Cristo Redentor não seriam símbolos da cidade do Rio de Janeiro. Como agora em São Paulo, o ícone é a ponte estaiada, deixando de lado o monumento do Ipiranga...
3 - Nativo índio, colonizador português, escravo africano, imigrante colono, imigrantes. O que a professora acha de incluir os austríacos no compartimento de não colônia (como os húngaros)?
4 - Comenda Barão de Nova Friburgo: não se trata de inconveniência. Com a fortuna iniciada no tráfico de escravos (usual na época), o Barão diversificou, trabalhando pesado com tino comercial/empresarial/administrativo e se tornando "Grande do Reino" por decreto de D. Pedro II, daí o seu título oficial "Barão com Grandeza". Os cafezais do barão se espalharam por Nova Friburgo, Cantagalo indo até São Fidélis. Sempre focado em Nova Friburgo, trouxe inúmeras melhorias para a cidade, contribuindo em muito para seu desenvolvimento. Incutiu nos filhos esta dedicação/atenção por Nova Friburgo, daí a ferrovia foi continuada após seu falecimento, algumas praças ganharam projeto paisagístico, e assim por diante. Acredito então que a Câmara quando dá a comenda está reconhecendo que o eleito tem algumas das qualidades que o barão teve com foco em Nova Friburgo.
Luciano Jacques de Moraes Jr., engenheiro civil aposentado, morador de Mury desde 2004 e assinante de A VOZ DA SERRA
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