Colunas
Grande risco
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Gostei da matéria sobre animais sem dono nas ruas e avenidas do Bairro Cônego e em toda a cidade, é um grande risco, e o poder público precisa tomar as providências. Valeu mesmo.
Sergio Pedretti
Vergonha
Concordo plenamente com a leitora Ana Luiza Freitas. O que está acontecendo na Av. Itália é uma vegonha. Segundo o secretário de Obras, as obras emergenciais foram feitas, mas agora é necessário a abertura de licitação para o complemento da obra. Isso é um verdadeiro absurdo. A temporada de chuvas está chegando e nenhuma solução foi apresentada. Será que vamos ter que esperar que a rua caia toda? Por que, nesta cidade, nada funciona? Nosso prefeito, em outros mandatos, sempre tentou levar nossa cidade para o futuro. No entanto, agora, parece que está engessado. O que está acontecendo? Será que a parceria com o PMDB é que está fazendo isso? Por favor vamos fazer esta cidade andar.
Marcelo Thurler Machado
Senhores, a carta em anexo é um desabafo. Se julgarem possível a sua publicação neste conceituado jornal, eu agradeceria muito.
Grata,Odette Gracine Tolledo
Morrer não é a escolha!
Há pouco tempo, nós, minha família e eu, perdemos uma pessoa muito amada. Ele era policial e morreu exercendo sua profissão. Era honesto! Era filho! Irmão! Marido! Sobrinho! Neto! Primo! Amigo! Cidadão! Policial! Enfim, uma pessoa igual a você e a mim. Bem, talvez não seja igual em todos os aspectos. Talvez você, assim como eu, não seja um policial.
Pouco depois do acontecimento, não diretamente, mas tivemos notícias da ocorrência de alguns comentários maliciosos sobre a causa da sua morte, o que, aliás, é recorrente quando um policial é morto, tais como: “...morreu porque devia estar envolvido com coisa errada..”. Comentários fundamentados apenas no fato de que ele era policial. Não havia, como não há, nenhuma dúvida quanto a correção de sua conduta. Morreu enquanto tentava cumprir seu dever de policial. Todos sabemos que em todas as profissões existem pessoas desonestas. Honestidade e desonestidade não são elementos inerentes a nenhuma profissão. São atributos do ser humano. Nós escolhemos o que queremos ser: honestos ou desonestos. A nossa profissão não detém o poder de mudar essa opção. Conceber a desonestidade de alguém somente pelo fato de este ser um policial, é, no mínimo, um ato de arrogância e prepotência. É um ato injusto.
Um outro comentário, não menos irresponsável, foi que ele “...escolheu isso...”, como se, ao escolher ser policial, escolhera também morrer aos 27 anos, de forma cruel e violenta. Meu sobrinho não escolheu morrer! Ele escolheu ser policial! A sua opção era pela vida. Ele era jovem, cheio de alegria, ideais e sonhos, com uma vida inteira pela frente. Tinha uma família que o amparava e o amava muito e demonstrava todo esse amor todas as vezes que estávamos juntos, nos aniversários, nos almoços de domingo, todas as vezes que nos abraçávamos com carinho. Definitivamente, morrer não era sua escolha, assim como, acredito, não o seja para todos nós. Considerar a morte uma consequência natural da atividade policial, é uma demonstração de falta de apreço pela vida humana e de profundo egoísmo e hipocrisia, de desprezo pela profissão de policial. É o mesmo que dizer que “conquanto não seja eu ou qualquer um dos meus entes amados, sejam todos policiais, sejam os escudos humanos que defendem a minha segurança e da minha família e pouco me importa se isto lhes custar a vida, afinal vocês é que escolheram ser policiais”.
Quando agimos com desprezo e indiferença a fatos como esse, achando natural a violência, estamos ajudando a alimentar a engrenagem que sustenta essa realidade de insegurança, crime e violência. A violência não escolhe vítimas. Policiais, idosos, crianças, ricos e pobres, todos estão expostos. As manchetes dos jornais comprovam isso todos os dias. E é essa realidade que está errada e que precisa ser mudada. Ela é incompatível com o direito a uma vida digna, à qual, todos nós, inclusive os policiais, temos o direito. E, além do direito, temos também o dever de defender, de buscar no nosso dia a dia. Todos nós, cada um de nós, dentro de nossas casas, em nosso trabalho, com nossos filhos, nossos amigos, vizinhos, desconhecidos, enfim, em todos as áreas de nossas vidas, precisamos agir com honestidade e responsabilidade. Cada atitude, cada palavra, cada pensamento faz diferença. É assim que as verdadeiras mudanças acontecem. Temos que mudar internamente e projetar essas mudanças sobre nossas vidas e sobre as vidas de todas as pessoas que cruzam nossos caminhos. Mesmo aquelas que, muito provavelmente, não encontraremos mais.
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