Wilson Féu estreia com vitória no MMA

Mais um nome de Nova Friburgo começa a trilhar o caminho do sucesso no esporte
segunda-feira, 06 de junho de 2016
por Vinicius Gastin
Féu ladeado pelos treinadores Kenneth Grey e Edric Orlando Martinez (Foto: Facebook)
Féu ladeado pelos treinadores Kenneth Grey e Edric Orlando Martinez (Foto: Facebook)

 Mais um nome de Nova Friburgo começa a trilhar o caminho do sucesso no MMA. Este, no entanto, é mais do que conhecido do público friburguense. Detentor de títulos diversos no jiu-jitsu e famoso por dividir os conhecimentos em projetos sociais, Wilson Féu deu um novo passo na carreira. Em sua estreia na nova modalidade, o lutador de Nova Friburgo derrotou o americano Andrew Sosa por finalização, O combate, válido pelo Cage Wars, foi realizado na madrugada do último sábado, 4, no Laredo Internacional Fair Ground, no Texas, Estados Unidos.

De fato o evento não possui o mesmo glamour do UFC e do WSOF, mas impõe aos atletas situações tão desafiadoras quanto. Féu, por exemplo, aos 37 anos de idade, encarou um adversário 12 anos mais jovem, especialista em boxe. No fim das contas, prevaleceu a experiência e o jiu-jitsu do friburguense, que não deixou a diferença de idade refletir na parte física, tampouco dentro do cage. Com contrato em vigor por um ano com a organização, Féu tem programadas mais três lutas para os próximos meses.

“Agradeço especialmente à Stam, Caminhos Dourados, ao Serginho da Doce Mania e A VOZ DA SERRA pelo suporte de sempre. Agradeço também ao Team Warrior, em especial ao mestre Grey e ao sensei Edrick Martines, além do treinador de boxe Marcus Nunes. Meu adversário era forte com a mão direita. Sinalizei que iria para a trocação e trabalhei o meu jiu-jitsu. Peguei as costas dele fazendo uma variação para a montada e outra variação com triângulo partindo para o armlock. Sei que tenho que melhorar muito, mas estou no caminho certo. Um grande abraço à toda família friburguense que torce por mim, em especial ao meu filho Matheusinho e à minha esposa Aline Féu”, disse o lutador friburguense.

O combate

No início do combate, praticamente uma inversão de valores. Motivado pela estreia, Wilson Féu parecia um garoto, e partiu para cima de Andrew Sosa. Buscando os chutes e alguns socos, o friburguense logo tentou impor a sua especialidade, o jiu-jitsu, e não demorou muito para tentar a queda algumas vezes. Contudo, as tentativas foram evitadas pelo americano no primeiro round.

No segundo, Féu manteve a intensidade, e encurralou Sosa no cage. Rapidamente,o atleta friburguense levou o combate para o chão — até com certa facilidade — e pôde, desta forma, ficar à vontade para desfilar todo o repertório de golpes. Foi questão de pouco tempo para Wilson Féu encaixar a posição de forma correta e finalizar o combate com um armlock (chave de braço).

Da Marinha aos EUA

Nascido em Nova Friburgo, Wilson Féu tem 37 anos de idade, e há três, mora no Estados Unidos. No país norte-americano desenvolve diversos projetos, e trabalha no aperfeiçoamento pessoal em outras modalidades. Começou no jiu-jitsu aos 18 anos, enquanto servia a Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro. Durante anos conciliou a arte marcial com outras profissões, como guarda municipal e técnico em enfermagem. Dentre muitos outros títulos, recentemente sagrou-se bicampeão do North American Granpling Association, o Naga, em San Antonio, Texas.

Como professor de jiu-jitsu, desenvolveu projetos como o Mais Educação, na Escola Municipal Patrícia Jonas Santana, no bairro Bela Vista, e o projeto Féu Family, que ensina as técnicas do jiu-jitsu a crianças carentes do município. Dentre outros projetos, desenvolve trabalhos em academias nos Estados Unidos e treina outras modalidades das artes marciais, como o taekwondo.

Féu também dá aulas em Arkansas, onde mora, no projeto "Jiu-jitsu para todos”, na School for the Blind, escola para deficientes visuais de North Little Rock.

"O objetivo é incentivar esses jovens e adolescentes a praticar esportes. No meu caso, trabalhamos o jiu-jitsu. Para ter um bom desenvolvimento, adaptei um pouco as regras. Desta forma, eles podem aprender o básico do jiu-jitsu brasileiro”, conta Féu.

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TAGS: MMA | artes marciais
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