Vigília permanente

terça-feira, 12 de julho de 2016
por Jornal A Voz da Serra

A ESTIAGEM nesta época do ano, se de um lado torna a temporada mais atrativa para o turismo, transforma a fria estação num período de perigo para as nossas matas. Sem chuvas, o fogo se torna um inimigo natural, como ocorre anualmente, trazendo preocupação e aumentando os níveis de alerta contra as queimadas.

EM MUITAS edições, A VOZ DA SERRA noticia os focos de incêndio em nossas matas e, para não repetirmos os episódios do passado, a hora é de ficar atento, procurando as formas de minimizar tais ocorrências. Sem a conscientização da população, os riscos aumentam e uma pequena brasa de cigarro pode se transformar em tragédia de graves proporções. 

É MAIS que conhecida a ação danosa dos desmatamentos, que deixam marcas profundas na economia da cidade, afetando o turismo e toda a cadeia de comércio e serviços com prejuízos evidentes. Portanto, a prevenção do governo e das ONGs ambientalistas é fundamental, resguardando o nosso patrimônio natural para a qualidade de vida da população e receber os visitantes, reforçando os valores da preservação ambiental.

SE NÃO fosse a parceria com a comunidade, dificilmente o estado poderia cumprir a sua obrigação preservacionista na totalidade. São estas parcerias que movimentam uma grande rede de colaboradores e voluntários que se unem para prestar um auxílio distante do governo e das verbas públicas. São eles que salvam a cidade dos seus próprios desafios.    

AS QUEIMADAS oferecem um perigo físico de graves proporções. O descuido, o vandalismo e a irresponsabilidade de alguns agricultores ajudam a causar danos que não podem ser corrigidos pelos bombeiros nem pela Defesa Civil, acontecendo muitas vezes em locais de difícil acesso e, consequentemente, sem condições de controle e combate ao fogo. Este triste espetáculo não pode ser repetido novamente este ano.

JÁ FICOU provada a impossibilidade de se combater os focos de incêndio em toda a extensão do município com sua cadeia de montanhas muitas vezes inatingíveis. Qualquer tentativa é dispendiosa e requer equipamentos de combate ao fogo nem sempre disponíveis. Cabe, então, à comunidade fazer a sua parte, agindo preventivamente.

CABE AINDA ao governo tratar a questão com a prioridade devida, sinalizando para a população com políticas públicas consistentes, inclusive com punições exemplares aos infratores. Uma tarefa que não se extingue em apenas um ano e não depende de um só gestor. É função de toda a sociedade. 

 

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