Nova fórmula, 16 clubes e uma “segunda divisão” dentro da primeira. O campeonato carioca de 2016 começa no próximo dia 30, repleto de expectativas e incertezas. Através do Friburguense, Nova Friburgo terá novamente o seu representante na elite, e para, no mínimo, se manter por lá, o Tricolor da Serra terá uma tarefa árdua. Essa é a previsão do gerente de futebol do clube, José Siqueira. Com um formato diferente e menos jogos na fase inicial da competição, o dirigente afirmou que o erro deve ser zero. O dirigente, no entanto, exalta a preparação da equipe e aposta na manutenção do elenco para começar bem e trilhar um caminho de sucesso na competição.
“A expectativa é excelente, mas esse vai ser o campeonato mais difícil dos últimos anos. São poucos jogos para decidir sua vida, para passar para outra fase e não pode errar. Priorizamos uma manutenção, quando falamos disso não é só manter os jogadores que estiveram no último ano, mas um perfil que o clube já tem há muito tempo. Acho que a gente achou as peças certas na base e nas contratações”, acredita Siqueira.
Ele ressalta ainda que os destaques das divisões de base do clube terão oportunidades na temporada deste ano. “Estamos animados. A gente conseguiu fazer uma pré-temporada com bons treinamentos. Contratamos basicamente, dentro das posições, os jogadores que a gente precisava. Não trouxemos nenhum grande nome conhecido da mídia, como é a característica do Friburguense, mas pegamos reforços da molecada da base e mais cinco jogadores”, detalha.
Este ano, o campeonato carioca, a princípio, terá a “concorrência” da Primeira Liga, que contará com equipes do Rio de Janeiro (Flamengo e Fluminense), Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Totalmente contrário à realização do torneio, Siqueira afirma que o campeonato estadual é a maior fonte de renda das equipes de menor investimento do Rio de Janeiro. Ele ressalta ainda que o campeonato deveria ser valorizado pelos times grandes.
“Nós temos hoje um único produto que a gente considera que tenha receita e que faz manutenção do clube que é o campeonato carioca. A partir do momento que isso pode ser comprometido, principalmente para os clubes pequenos, existe uma preocupação. Dentro de um calendário que todo mundo reclama, que é altamente deficitário, onde a gente tinha que valorizar o nosso produto, ainda existe outro produto com clubes de dentro do seu estadual para competir. Acho que temos que rever o conceito. Por isso que no Rio falam muito da federação, mas acho que é muito a cabeça do dirigente, principalmente dos grandes clubes, que tem que ser revista. Estamos no processo de valorizar um produto e se cria outro, fica muito complicado”, avalia Siqueira.
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