No último dia 22, Dia Mundial da Água, a equipe do Projeto Florestar & Cia. esteve na Praça Lafayette Bravo, em Conselheiro Paulino, fazendo o trabalho de conscientização pelo uso racional da água. Foram distribuídas mudas nativas objetivando a manutenção de coberturas verdes em áreas urbanas, bem como próximas a mananciais ou pequenas nascentes. Também foram distribuídos panfletos alusivos aos cuidados quanto ao uso do recurso mineral. O coordenador do projeto Florestar & Cia., Luiz Latour, argumenta que água é um bem essencial para que o planeta enfrente os desafios das próximas décadas. Com o aquecimento global, recursos hídricos serão ainda mais fundamentais para que a produção de alimentos possa atender à população mundial, que deverá chegar a nove bilhões de habitantes.
Outro grande problema que ainda faz parte do dia a dia de milhares de pessoas é a falta de acesso ao saneamento básico e à água potável. Mas antes de tudo, é necessário fazer com que ela não falte, através de uma gestão hídrica mais consciente e sustentável.
Em Nova Friburgo, no último período de estiagem, não foi tão sentida a falta de água tão severamente como em outras regiões do país, porém todos devem mudar ou rever os conceitos sobre como usamos este recurso.
"Aproveitando o transcurso do Dia Mundial da Água temos que nos perguntar o que realmente estamos fazendo pela água, qual a nossa relação diária com essa matéria-prima, que é a base fundamental da vida. Parece que pouco foi feito realmente em prol da sustentabilidade e conservação da água no Brasil e no mundo durante a Década Internacional da Água 2005-2015, instituída pela ONU, que tinha como subtítulo Água, fonte de vida”, salienta Latour.
De acordo com o coordenador do Projeto Florestar & Cia., em crises hídricas como a atual, a população percebeu que o flagelo da seca, aparentemente tão distante, nos rincões do Nordeste, pode se tornar uma realidade cotidiana nos lares de outras regiões brasileiras. "É lamentável constatar que a consciência só aflora com o medo, seja este pela falta real da água na torneira, falta de energia ou medo de pagar um preço elevado, ou mesmo uma multa, por um consumo maior. Quando se faz um levantamento do preço médio da água tratada no Brasil vemos que esta é muito inferior aos praticados pela telefonia móvel, por exemplo. Porque então nos lugarejos distantes do país se tem telefone celular e não se dispõe sequer de água tratada e distribuída com boa qualidade, isso sem falar na ausência da coleta de esgoto, que é um risco real à saúde humana, além da falta de tratamento?”, questiona Luiz Latour.
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