O mesmo roteiro parece ter sido escrito para o Friburguense nas duas primeiras rodadas da Copa Rio. Se contra o Gonçalense o time não criou tantas oportunidades claras de gol como fizera diante do Bangu, ao menos teve posse de bola e volume de jogo. A semelhança? O Tricolor da Serra não transformou o domínio em gols, e acabou castigado por um adversário mais eficiente. A equipe de São Gonçalo, segura na defesa, teve a competência para marcar quando criou e ainda aproveitar os erros da defesa friburguense. O placar de 3x0 quarta-feira, 9, no estádio Moça Bonita, na Zona Oeste carioca, complica o time de Gerson Andreotti, que já liga o sinal de alerta na competição.
Com a vitória, o Gonçalense se isola na liderança do grupo A, com nove pontos conquistados em três partidas. O Resende bateu o Bangu em casa por 3 a 2, de virada, e também manteve os 100% de aproveitamento. No entanto, como jogou apenas duas vezes, soma seis pontos—três a mais que o adversário derrotado na quarta-feira. Para o Friburguense, o próximo compromisso contra o Resende, no dia 16, torna-se decisivo para seguir na briga por uma vaga na próxima fase da Copa Rio. O duelo com o alvinegro do Vale do Aço será às 19h30, no estádio Eduardo Guinle.
Frizão domina, mas sofre gol
Sem Jorge Luiz, o técnico Gerson Andreotti apostou em Damião, bastante elogiado pelas atuações no Torneio Otávio Pinto Guimarães. Desta forma, o lateral Felipe teoricamente ganharia mais liberdade para apoiar. Mas foi a movimentação da dupla Caíque e Jefferson que deu trabalho à defesa do Gonçalense nos minutos iniciais de partida. As condições ruins do gramado de Moça Bonita eram obstáculo para o bom futebol, mas ainda assim o Tricolor da Serra tentava manter a posse de bola e trocar passes. Da mesma forma, o time mandante demonstrava qualidade e chegou com perigo quando Nélio roubou de Cadão nas proximidades da grande área. O capitão tricolor conseguiu se recuperar a tempo e desarmou o jogador revelado no Flamengo. Aos sete minutos, Afonso evitou o gol no toque de letra de João após cobrança de escanteio.
Ao pressionar a saída de bola do adversário, o Friburguense dificultava as ações do Gonçalense. A partir dos 12 minutos, o time de Gerson Andreotti passou a ter o controle das ações e ganhou terreno no campo de ataque. Aos 23, Damião cobrou falta na direção de Caíque, e não fosse o desvio de Julio Cesar, a bola teria entrado. O Frizão rondava a grande área, mas finalizava pouco ao gol. O time de São Gonçalo teve excelente oportunidade aos 32 minutos, quando Amendoim invadiu a área, bateu forte e parou na defesa providencial de Afonso. Este parecia apenas um susto em meio à pressão serrana.
Através de bolas alçadas à grande área, o Friburguense por pouco não abriu o marcador. No entanto, como aconteceu em vários jogos no estadual deste ano e na partida de estreia na Copa Rio, o time de Andreotti não transformou domínio em gols. Na contramão, o Gonçalense foi competente para aproveitar a chance que teve, e abriu o placar aos 42 minutos com João.
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Dois dos jogadores mais experientes deram lugar a promessas no segundo tempo. Após período de empréstimo ao ADI, de Itaboraí, Léo assumiu a vaga de Sergio Gomes, enquanto Pierre substituiu Cadão. Exatamente pelos lados do campo o Friburguense buscava espaços na defesa do Gonçalense. Aos seis minutos, Bidu arriscou de longe e mandou por cima da meta. Pouco depois, Jefferson mandou rasteiro e Julio Cesar defendeu. As chances se multiplicavam e o Tricolor da Serra parecia se aproximar do gol de empate. A pressão resultou em finalização de Romulo, aos 18 minutos, afastada pela defesa. O roteiro do primeiro tempo foi repetido, e o Gonçalense, apesar de pressionado, acabou marcando: Sabão arrancou, passou por dois marcadores e ampliou o placar aos 20.
Imediatamente, o técnico Gerson Andreotti mandou Ziquinha a campo. Exposto aos contra-ataques, o Friburguense ofereceu espaços ao time de São Gonçalo, que soube explorar a velocidade dos atacantes. Sabão aproveitou a bobeada da defesa tricolor aos 21 minutos, passou por Afonso e tocou para marcar o terceiro. O gol esfriou completamente a reação tricolor. Sem a mesma criatividade as chances diminuíram, mas mesmo em menor quantidade ainda existiram. Ziquinha arriscou o chute aos 32 minutos e parou em Julio Cesar. O goleiro do Gonçalense também impediu a conclusão do ataque tricolor pelo alto, após levantamento aos 35. A boa trama entre Léo e Romulo terminou no cabeceio de Caíque, sem direção.
No lance seguinte, o time da casa só não ampliou por conta do excesso de capricho de Amendoim, que tentou tocar por cobertura e errou o alvo. Com poucos lances que merecessem destaque, os minutos finais se arrastaram com o Friburguense tentando o gol de honra. Porém, com muita disposição e pouca organização, o Gonçalense apenas esperou o tempo passar e confirmou mais uma vitória, a terceira em três jogos na competição.
Ficha Técnica
Gonçalense
3x0
Friburguense
Copa Rio 2015
3ª rodada – Grupo A
9/9/2015 – 15h
Estádio Moça Bonita, Bangu – RJ
Público: 150 pagantes / 180 presentes
Renda: R$1.350,00
Árbitro:
Simone Xavier da Silva
Assistentes:
Andréa Marcelina de Sá e Carine Belmont de Moraes
Gonçalense:
Júlio Cesar; Sales (Thiaguinho), Anderson, Anderson Penna e Alan; Dyeguinho, Gustavo, Nélio e William Amendoin; Sabão e João.
Técnico:
Mário Marques
Friburguense:
Afonso; Sergio Gomes (Léo), Cadão (Pierre), Diego Guerra e Felipe; Bidu, Damião, João Victor e Jeferson; Romulo e Caíque.
Técnico:
Gerson Andreotti
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