Um debutante e um time acostumado a decidir o título da Supercopa SAF. Um era favorito desde antes de a bola começar a rolar, enquanto o outro teve que provar para si próprio que poderia reagir depois do começo oscilante. De um lado aposta-se em grandes contratações, e do outro, reforços menos badalados se juntam a funcionários da empresa e outros que há algum tempo vestem a camisa. Realidades diferentes, mas um detalhe em comum além do sonho de dar volta olímpica: Tio Dongo e Vargem Alta não encontraram facilidades no último domingo, 3, no caminho até a grande decisão.
O duelo que definirá o campeão da Supercopa SAF de 2016 acontece no próximo domingo, 10, às 13h, também no estádio Marcio Branco, palco das semifinais. O dia será amplamente festivo, com diversas atividades programadas, a começar pelo jogo entre Tigres do Brasil x São Pedro, nas categorias sub-11 e sub-13. Paralelo, no campo society do complexo, em Stucky, acontece um torneio envolvendo garotos do sub-9 e sub-10 com a participação de quatro equipes. Ainda antes do início da decisão, haverá apresentações da Banda do Ponto de Cultura de Olaria e das ginastas do grupo Inec/Silvana Gym. Um domingo para toda a família friburguense.
Tio Dongo 3x1 Unidos da Ponte: virada pra final
Talvez consequência do nervosismo, talvez cautela ou estratégia. O fato é que no duelo entre Tio Dongo e Unidos da Ponte quem trabalhou mais durante os primeiros 30 minutos foram os maqueiros, acionados com frequência por conta das inúmeras faltas cometidas pelos dois times.
A partida bastante truncada era carente de emoção e criatividade, onde os chutes de longa distância e os levantamentos à grande área surgiam como alternativas. Mas foi com a bola rolando que as redes balançaram pela primeira vez, aos 35: Natan apareceu na grande área para colocar o Unidos da Ponte em vantagem. O gol não foi capaz de mudar o panorama da partida até o intervalo.
Na teoria, o Tio Dongo voltaria mais ofensivo para o segundo tempo. O time de Conselheiro Paulino não apenas confirmou a tese, como também foi letal ao contar com a inspiração de seu camisa nove. Logo aos cinco minutos, Paulo justificou a fama de artilheiro e empatou o placar. O equilíbrio se mantinha em campo, mas desta vez havia o diferencial: Paulo voltou a aparecer aos 14 minutos, e virou o marcador.
Animado pela rápida reação, o Tio cresceu no jogo e passou a dominar as ações. O Unidos da Ponte demorou a assimilar o golpe, e quando parecia recuperar parte da posse de bola, veio o golpe de misericórdia. Joheine fez bela jogada individual e marcou o terceiro em chute de fora da área. A equipe da Ponte da Saudade lutou bravamente até o final, mas a festa foi da torcida de Conselheiro Paulino.
Vargem Alta 1x0 Unidos do Alto: nada de facilidade...
Júnior, Da Silva, Edinho, Cabral... Em um passado não muito distante, essa poderia ser parte da escalação de algum time profissional. No entanto, o quarteto esteve em campo para defender o Vargem Alta, diante de praticamente 12 adversários. A presença marcante da torcida do Unidos do Alto parece ter motivado a equipe do Alto de Olaria, que procurava compensar a diferença de qualidade com disposição.
O alvinegro da zona rural mantinha a posse de bola, enquanto o rubro-verde priorizava a marcação. Para quebrá-la, o Vargem Alta utilizou o talento individual de um conhecido do torcedor friburguense: Lenilson fez bela jogada individual aos oito minutos e finalizou da entrada da área para abrir o placar.
Curiosamente, o gol incendiou a torcida do Alto, e a força das arquibancadas sustentava a pressão da equipe em campo. Foram pelo menos duas chances reais para o empate, com direito a uma bola no travessão, enquanto o Vargem Alta cadenciava o duelo.
As oportunidades criadas através da qualidade dos atletas poderia até mesmo dar a falsa sensação de domínio, mas o Unidos do Alto esteve vivo durante todo o tempo, embora a efetividade vestisse preto e branco. Aos 28 minutos, o goleiro do Alto trabalhou duas vezes de forma decisiva, e pouco depois, Edinho carimbou a trave. Ainda antes do intervalo, Cabral cobrou falta e obrigou o goleiro a fazer nova intervenção.
No segundo tempo, o panorama pouco mudou. O Unidos do Alto, em alguns momentos até mesmo abrindo mão da organização, partiu para cima. O Vargem Alta, através dos mais experientes, cozinhou o jogo. A cadência alvinegra era a arma contra a disposição adversária. Se alguém esperava facilidades pelo favoritismo na teoria, acabou surpreendido. Contudo, a equipe da zona rural conseguiu segurar o ímpeto do Alto e sustentou vantagem, construída ainda no início do primeiro tempo. Invicto, o Vargem Alta chega à mais uma decisão de Supercopa.
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