Sem vagas, sem saída

sábado, 13 de junho de 2015
por Jornal A Voz da Serra

AS RECENTES decisões da Prefeitura sobre a presença de ônibus intermunicipais no centro da cidade ainda estão causando impactos de toda sorte, transtornando a vida de usuários, levando inclusive o assunto à alçada judiciária. O polêmico assunto, embora seja defendido pela administração municipal, ainda não está plenamente resolvido, cabendo à justiça ainda dar o seu parecer.

PORÉM, mais importante que a modificação é constatar a dura realidade dos dias atuais, sendo um dos piores exemplos o transporte no município, onde sobram placas proibitivas e faltam vagas para os mais de 80 mil veículos emplacados na cidade. E o problema está longe de uma solução.

SEM vagas e contando com a dura vigilância contra infratores, as ruas se transformam num labirinto no qual motoristas não encontram saída. O jeito, infelizmente, é pagar – e caro – por uma vaga num estacionamento privado, deixando as ruas e avenidas para os funcionários públicos de todos os níveis, bancos, farmácias, supermercados, deficientes físicos, veículos de carga e um sem número de outros privilegiados.

NÃO resta dúvida que o ponto nevrálgico para quem quer vir de carro ao centro da cidade é a procura por vagas.  Moradores e turistas lamentam as dificuldades e pedem, há muitos anos, a necessária modificação para permitir um livre escoamento do tráfego, mas até agora a Secretaria de Mobilidade Urbana não realizou nenhuma mudança que viesse a favorecer os motoristas. Resultado: um trânsito bagunçado.

AS PLACAS de sinalização proibitiva ou restritiva se espalham com velocidade na cidade, retirando do cidadão o livre trânsito.  A solução encontrada pelos motoristas para as vagas gratuitas é chegar bem cedo ao centro da cidade, se quiser arrumar um lugar, mesmo sabendo que já encontram as vagas “cativas” de um sem número de moradores de prédios sem garagem, aumentando ainda mais o sufoco.

O TRÂNSITO tem sido o responsável pela bagunça generalizada nas grandes metrópoles brasileiras e o mal se alastra pelas pequenas e médias cidades, como Nova Friburgo. Buscar novas soluções antes que o mal se alastre e se enraíze, por enquanto, está somente nas cabeças dos motoristas. Nossas autoridades, infelizmente, ainda não acordaram para esta realidade, com prejuízos evidentes para toda a comunidade. Até quando?

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