Saída pela educação

quinta-feira, 11 de junho de 2015
por Jornal A Voz da Serra
MESMO COM uma queda de 10,67% no número de inscritos em relação ao ano passado, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) quebra uma sequência de recordes registrada desde 2008. No ano passado, o sistema teve 9.490.952 candidatos pré-inscritos e 8.722.356 deles confirmaram a inscrição. O número não pode ser alcançado pelos pré-inscritos na atual edição, que é de 8.478 mil candidatos.
O ENEM ABRE aos estudantes brasileiros as portas da educação superior em mais de uma centena de instituições públicas, além de facilitar o acesso a programas como o Universidade para Todos (Prouni), o Ciências sem Fronteiras e o ingresso em vagas gratuitas de cursos técnicos oferecidos pelo Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec).

A educação é a única saída para a crise
TRATA-SE, portanto, de um dos maiores exames de avaliação do mundo, com perspectivas democráticas de acesso à educação superior para milhões de jovens que até há pouco tempo não tinham a mínima possibilidade de prosseguir nos estudos. No momento que o país atravessa mais uma crise econômica, a qualificação pela educação é uma saída possível, que precisa ser bem administrada pelo poder público. E também deve ser bem aproveitada pelos candidatos.

EM MANIFESTAÇÃO durante debate na sede da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em Paris, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reiterou que, em pleno ajuste fiscal, o governo federal continua determinado a garantir educação de qualidade. Dificuldades econômicas momentâneas não podem prejudicar a busca por educação de qualidade, num processo em que sistemas de avaliação como o Enem são fundamentais.

NO RIO DE JANEIRO as principais instituições de ensino superior do Estado, estão num período de paralisação, uma greve que reflete a dificuldade financeira por que passa a universidade pública no país. Um governo, que promete uma pátria educadora, no mínimo, tem que priorizar a educação, em meio aos profundos cortes por que está passando o orçamento público. Com o aumento crescente do desemprego, a educação é a saída possível que não podemos desperdiçar.

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