Reforma tributária já

sexta-feira, 11 de setembro de 2015
por Jornal A Voz da Serra

O IMPOSTÔMETRO, medidor eletrônico de arrecadação tributária instalado na capital paulista pela Associação Comercial de São Paulo e pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, ultrapassou na última sexta-feira a marca de um trilhão e trezentos milhões de reais em impostos federais, estaduais e municipais, pagos pelos brasileiros desde o começo do ano.

O INDICADOR digital apresentado corre mais que os marcadores dos relógios de luz dos consumidores. Comparativamente o valor arrecadado daria para pagar 92.351 meses da conta de energia elétrica de todos os brasileiros. Enquanto o governo busca recursos para cobrir o déficit e o Brasil não realizar a sonhada reforma tributária, as desigualdades irão persistir, punindo o consumidor brasileiro com uma carga pesada de tributos. Fica impossível crescer com uma carga tributária dessas. 

OS EFEITOS da tributação, infelizmente, acontecem em todos os segmentos da sociedade, do doméstico ao industrial, penalizando a todos. Na liderança da carga tributária, o Estado certamente leva vantagem. Basta conferir uma conta de luz para saber, por baixo, o que o governo recolhe com os altos impostos.

A ELEVADA tributação das tarifas públicas não é suficiente para suprir as necessidades do governo, que tenta inclusive ressuscitar a famigerada CPMF para o caixa do Planalto. Comparativo feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostrou que a tarifa no Brasil é a segunda mais cara do planeta, perdendo apenas para a Itália, e quase 60% maior que a praticada nos Estados Unidos, a maior potência econômica do mundo. Alguma coisa errada está ocorrendo.

PARA SAIR da tirania dos tributos, o jeito é economizar e os consumidores brasileiros estão dando conta de que, agindo assim, entra mais dinheiro no bolso, já que o governo não é capaz de reduzir o seu ganho nem diminuir os seus gastos. Por conta da economia forçada, muita gente deixa de investir, fábricas não atualizam seus equipamentos antes de verificarem o impacto nos custos, ninguém quer gastar mais se arriscando a pagar mais impostos e o consumo diminui de forma geral. 

AS DIVERSAS facetas da economia friburguense, com forte vocação industrial, requerem medidas por parte dos poderes públicos que possam dar continuidade a este processo de desenvolvimento, compensando, de certa forma, o contribuinte. O crescimento das exportações e a consolidação das indústrias metal-mecânicas e de moda íntima são fortes indicadores para a ampliação de políticas de incentivo e promoção no município.

A REFORMA desejada pelas classes produtivas e pela população em geral precisa ser agilizada em nome do crescimento nacional. Caso contrário, o país ficará refém de políticas econômicas que impedem a expansão industrial, o aumento da renda do trabalhador e a elevação do consumo. Os candidatos a cargos eletivos em 2016 sabem disso e os eleitores devem procurar votar naqueles comprometidos com a questão, para o bem de todos.

 

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