Professores suspendem greve até resposta de Bravo a contraproposta

Categoria vai propor correção real dos pisos salariais e pagamento de reajustes retroativos. Aulas voltam ao normal nesta quarta
quarta-feira, 23 de maio de 2018
por Alerrandre Barros (alerrandre@avozdaserra.com.br)
Centenas de profissionais da educação votaram pela suspensão da greve no Jamil El-Jaick (Foto: Alerrandre Barros)
Centenas de profissionais da educação votaram pela suspensão da greve no Jamil El-Jaick (Foto: Alerrandre Barros)

Professores e profissionais de apoio da rede municipal de educação de Nova Friburgo decidiram nesta terça-feira, 22, pela suspensão da greve, após aprovarem uma contraproposta de reajuste salarial que será encaminhada nos próximos dias ao prefeito Renato Bravo. A categoria volta às atividades nesta quarta-feira, 23.

“A suspensão não significa que a greve acabou. Estamos em estado de greve até resposta do prefeito à contraproposta. Queremos continuar a negociação com o governo e fazer os ajustes necessários a proposta apresentada por ele”, disse o diretor do Sepe, sindicato da categoria, Angelo Jachelli.

A íntegra da contraproposta só será divulgada pelo Sepe depois que for entregue ao governo. Isso deve acontecer nesta quarta, 23. A VOZ DA SERRA apurou, porém, que a categoria vai propor correção real dos pisos salariais e pagamento de reajustes retroativos, entre outras pautas. O auditório do Colégio Estadual Jamil El-Jaick, no Centro, lotou, novamente, durante a assembleia do sindicato.

Na última segunda-feira, 21, o governo avaliou que boa parte da categoria teria aceito a proposta inicial. Isso porque, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Educação, somente 18% das 124 escolas e creches da cidade estavam totalmente paralisadas no início desta semana. Para o Sepe, porém, a greve teve mais de 50% de adesão durante o período de paralisação.

A greve foi deflagrada no último dia 14. No dia seguinte, em meio a festa do bicentenário da cidade e manifestações, Bravo ofereceu aos funcionários do apoio reajuste de 5% sobre o piso de R$ 807 mais um complemento que elevaria o salário para R$ 960, garantido o reajuste anual, de acordo com a inflação, além do pagamento de abono e outros adicionais (periculosidade, insalubridade e penosidade) e hora extra.

Para os professores das séries iniciais, Renato afirmou que vai pagar, pela primeira vez na história do magistério na cidade, o piso nacional da categoria, em duas parcelas: a primeira em junho deste ano e a segunda em junho de 2019. Acrescentou que será feita a equiparação dos funcionários de 30 horas com os professores do segundo segmento do ensino fundamental.

Bravo afirmou ainda que o pagamento do adicional de qualificação, que em muitos casos estavam parados, começou a ser regularizado em dezembro de 2017. O prefeito disse que não poderá atender a pauta de um terço da carga horária dos professores para preparação das aulas, porque, teria que contratar cerca de 470 novos professores, mas não tem recursos para isso.

Renato também prometeu se reunir com sindicatos e conselhos de classe para, juntamente com a Câmara Municipal, retomar as discussões sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários para todos os servidores de Nova Friburgo. Como nem todos os itens da proposta do prefeito agradou a categoria, a greve foi mantida até aprovação de contraproposta nesta terça-feira, 22.

 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS: Greve | Educação
Publicidade